segunda-feira, março 30, 2009

conversas com banda sonora


confesso que já tinha perdido a esperança de ouvir boa música nas raras vezes em que saio à noite. era já uma resignação ter que "levar" com música de discoteca em pubs ou selecções musicais de duvidosa qualidade, que englobam quase sempre canções que passam a toda a hora nas rádios nacionais (a propósito, é obrigatório passarem aquela música dos the scripts - the man who can't be moved - a toda a hora? é que já chateia). outra coisa que me irrita solenemente é colocarem sempre a música demasiado alta, como se se tratasse de uma discoteca. ora, se o cliente quer ir a uma discoteca, vai a uma. querendo ir a um pub, uma pessoa dá a entender que não quer passar o tempo todo a gritar aos ouvidos do companheiro do lado para se fazer entender e que quer apenas um local aprazível, com música de fundo, para conversar enquanto se bebem umas bebidas.
por isto tudo, pela lufada de ar fresco que representou, destaco a minha mais recente saída nocturna. o bar escolhido foi, como costuma ser quase sempre, o grão mestre, em viseu, um espaço acanhado, com poucas mesas, mas que me "caiu no goto" logo nas primeiras vezes que lá fui. na passada sexta-feira, ou, melhor dizendo, sábado, passou a constar definitivamente no topo da minha lista dos lugares de eleição da noite viseense. e porquê? porque eu e o meu amigo pudemos conversar calmamente, sem ser aos berros, e, principalmente, porque do cardápio musical apenas constou... radiohead. em duas horas e meia, sensivelmente, ouvimos uma "playlist" de vários discos da banda, como "pablo honey", "the bends", "ok computer", "kid a", "amnesiac" e "hail to the thief". só do último disco, "in rainbows", não tivemos direito a ouvir alguma música. obviamente, não nos esquecemos de elogiar a escolha musical, tão habituados que estamos a ouvir má música em locais do mesmo género. a conversa, embalada por tão agradável banda sonora, desenrolou-se de tal forma que nem demos pela passagem do tempo. só quando nos avisaram que o estabelecimento ia fechar é que demos conta das horas (4 horas). saímos de lá de "barriga cheia", não pelo que bebemos, mas por tudo o que conversamos (afinal, são 30 anos de amizade!) e por tudo o que ouvimos.
como há uns dias fiz uma lista das minhas músicas preferidas dos U2, numa altura em que a rádio comercial dedicava um fim-de-semana inteiro à banda de bono vox, vou aproveitar agora também para fazer o mesmo com uma das minhas bandas de eleição, por sinal uma das que ainda me falta ver ao vivo: os radiohead. aqui fica o meu "top 15" da banda de thom yorke (e teve mesmo que ser "top 15"; era impossível escolher apenas 10 músicas):

1. street spirit (fade out) - (the bends)
2. exit music (for a film) - (ok computer)
3. fake plastic trees - (the bends)
4. sail to the moon - (hail to the thief)
5. nice dream - (the bends)
6. knives out - (amnesiac)
7. nude - (in rainbows)
8. how to disappear completely - (kid a)
9. where i end and you begin - (hail to the thief)
10. let down - (ok computer)
11. wolf at the door - (hail to the thief)
12. no surprises - (ok computer)
13. creep - (pablo honey)
14. we suck young blood - (hail to the thief)
15. thinking about you - (pablo honey)

é claro que ainda faltam aqui muitas músicas fantásticas, como "prove yourself" (pablo honey), "black star" (the bends), "high and dry" (the bends), "sulk" (the bends), "paranoid android" (ok computer), "airbag" (ok computer), "lucky" (ok computer), "the tourist" (ok computer), "pyramid song" (amnesiac), "there there" (hail to the thief), "weird fishes/arpeggi" (in rainbows) e "videotape" (in rainbows). mas não cabiam cá todas, obviamente.

domingo, março 29, 2009

nós é mais bolos...





(e ainda falta um, o bolo que levamos na sexta-feira de manhã para a escola do pedro).
aqui estão os bolos, à volta dos quais se cantaram os parabéns. por ordem cronológica, o primeiro bolo (o único que não tem foto neste post) foi o que levamos para a escola do pedro, feito pela paula. no intervalo da manhã, a professora e a auxiliar cortaram e dividiram o bolo pelos colegas dele, depois de cantarem (pela primeira vez) os "parabéns a você". antes de almoçarmos com o pedro e de o deixarmos novamente na escola, fomos a uma pastelaria de viseu comprar mais um bolo, para o jantar dessa noite, com família e amigos. portanto, até agora, temos dois bolos: saímos de casa, às 9 horas, com uma caixa de bolo, voltamos a casa, uma hora depois, com outra caixa com um bolo. depois do almoço, fomos ao hospital de viseu, onde trabalha uma senhora com excelsas qualidades ao nível da gastronomia e doçaria, buscar mais dois bolos, feitos pela dita senhora, um para o pedro, outro para a mariana. voltamos a entrar em casa, de tarde, agora com duas caixas de bolos. os vizinhos, por esta altura, não deviam estar a perceber nada. antes de rumarmos ao atl, para a festa da mariana com os seus colegas, ainda fomos buscar mais um bolo (de gomas), para depois distribuir pelos amiguinhos dela. já vamos, então, em cinco bolos. depois da festa da mariana, que correu lindamente, viemos os quatro para casa, para começar a preparar o jantar para 16 pessoas. nessa noite, cantaram-se os parabéns ao pedro e à mariana, colocando-se as velas (de 10 e de 4) no mesmo bolo (o tal que tínhamos comprado na pastelaria de manhã). contas feitas, na sexta-feira "gastámos" quatro bolos.
no sábado estava marcada a festa para os mais novos, os convidados do pedro e da mariana. do dia anterior ainda tínhamos um dos bolos (o do pedro) que a referida senhora do hospital tinha feito. como estas coisas têm que ser totalmente equilibradas, faltava-nos um bolo, para a mariana. então, lá foi a paula fazer mais um bolo, o sexto em dois dias. quando se cantaram os parabéns no sábado à tarde, cortamos então os últimos bolos. a festa arrastou-se pela noite dentro, sempre na maior boa disposição, que nem o empate de portugal contra a suécia conseguiu estragar.
hoje, domingo, foi o dia da "ressaca", depois de dois dias de muita alegria, festa e animação, mas também de muito cansaço. ao todo, contabilizando os alunos da escola, do atl, a família e os convidados, foram cerca de 70 as pessoas envolvidas nesta "maratona" de dois dias de festa de aniversário. uma grande "produção", com vários dias de planificação, que resultou de uma forma verdadeiramente gratificante para nós e para os aniversariantes. durante estes dois dias, bastava olhar para a cara deles para vermos verdadeira satisfação e alegria. tanto para eles, como para nós, passar estes dias rodeado de família e amigos foi o mais importante. para nós foi especial e inesquecível. espero que este nosso sentimento tenha encontrado reciprocidade nos nossos convidados e nos nossos familiares. da nossa parte, um grande muito obrigado pela vossa presença e, desde já, aqui fica o convite para o próximo ano. com mais bolos... claro.

sexta-feira, março 27, 2009

27 de março x 2

quis o destino, e uma pontaria incrível, que os meus dois filhos nascessem no mesmo dia, embora com seis anos de diferença. 27 de março é, sem dúvida, o dia mais importante do ano, tanto para mim como para a minha mulher. faz hoje 10 anos que fomos pais pela primeira vez. o pedro nasceu às 3h15 do dia 27 de março de 1999, mas devia ter nascido no dia 26. a minha mulher deu entrada no hospital de viseu às 9h00 desse dia, uma sexta-feira, lembro-me perfeitamente porque nesse mesmo dia, ainda de manhã, apanhei uma multa de estacionamento. quase dezoito horas depois da entrada no hospital, ou seja, das 9 da manhã de sexta até às 3 da manhã de sábado, o pedro continuava sem vontade de "sair", até que o obstetra se decidiu pela cesariana. a minha mulher, já farta de sofrer, agradeceu a todos os santinhos. despedi-me dela com um beijo na testa e voltei a transmitir-lhe toda a minha confiança. lembro-me depois de ter esperado, sozinho, nos corredores do hospital, à espera de ouvir um choro. o silêncio imperava àquela hora e facilmente se daria conta de alguma "novidade". só que eu... não dei. de tantas voltas que dei naqueles corredores, perdi o momento em que as enfermeiras saíram do bloco com o pedro, levando-o para a enfermaria. só quando elas voltaram é que lhes perguntei se a minha mulher já tinha dado à luz. elas responderam que sim, que já estava lá em cima (no sexto andar) e que vinham buscar a minha mulher para a levarem igualmente para cima. ainda meio ensonada, com a anestesia, ela estava, de alguma forma, aliviada e muito feliz. quando chegamos à enfermaria, fui eu o primeiro a ver o pedro. estava de olhos abertos e não chorava. quando entrei no quarto, ele olhou para mim, de olhos esbugalhados. entretanto, chegou a enfermeira, que pegou nele e o levou até à minha mulher. o que se seguiu ficou-me para sempre registado na memória: a minha mulher, ainda deitada, pegou nele e deu-lhe um beijo na face, dando-lhe as boas vindas ao mundo. eu ainda estive uns minutos com os dois, extremamente babado e orgulhoso, mas depois, basicamente, as enfermeiras mandaram-me embora, porque era tarde (4 da manhã) e havia que respeitar o descanso e o sossego das outras mamãs e dos seus bebés. horas depois, no trabalho, contava os segundos para a saída, para poder voltar a ver o meu filho e a minha mulher. tive então, finalmente, oportunidade para pegar no pedro ao colo pela primeira vez. o peso da responsabilidade que senti naquele momento ainda continua bem presente hoje, dez anos depois.
foram momentos únicos e inesquecíveis, vividos da mesma forma... seis anos mais tarde. com a mariana correu tudo de uma forma perfeita. o único aspecto que não correu como estava previsto foi... a data de nascimento, que estava marcada inicialmente para uma semana depois. mas a mariana, ao contrário do irmão, queria vir ao mundo o mais rapidamente possível. assim, no dia 27 de março de 2005, a mariana nasceu, sem dar muita "luta", às 17h00. a minha mulher ainda ficou no bloco operatório cerca de duas horas, tempo em que usufruí da minha filha, acompanhado por um casal amigo. eles ainda hoje se recordam de uma frase que eu lhe disse na altura: "já sabes, discotecas só a partir dos 33 anos". o pedro, que fazia seis anos nesse dia, ficou contente com a chegada da irmã, mas essa festa de anos, à noite, com família e amigos, como sempre, foi um pouco estranha, sem a presença da mãe. foi o seu último aniversário "a solo". a partir daí, foi sempre a dividir. e este ano não será diferente. aliás, será diferente num aspecto: a mariana, este ano, está pela primeira vez tão radiante como o irmão por fazer anos. já anda a falar neste dia há muito tempo, no dia em que vai fazer 4 anos e "vai ficar grande", segundo ela.
assim, hoje, mais logo portanto, dar-se-á início aos festejos, que no ano passado duraram 3 dias. de manhã, bolo de aniversário do pedro na escola; à tarde, bolo de aniversário da mariana no atl; à noite, jantar com família e amigos e, sim, acertaram, mais bolos de aniversário. no sábado, de tarde, festa de aniversário para os convidados do pedro e da mariana, em casa, com mais "parabéns a você" e bolos de aniversário. portanto, estamos a falar de muitos bolos, sempre a dobrar, o que em termos financeiros é equivalente ao pib da somália. dá uma trabalheira do catano, é verdade, mas é tão gratificante vê-los felizes. e, afinal, é só uma vez por ano...

quem é esta actriz?

quinta-feira, março 26, 2009

box-office poison


o novo filme de woody allen, que vai ser rodado em londres no verão, já contava com vários nomes sonantes: anthony hopkins, naomi watts, josh brolin, freida pinto e antonio banderas. agora, foi confirmado mais um nome, nicole kidman, que tem somado recentemente vários "flops" comerciais: "bewitched" (2005), "fur - an imaginary portrait of diane arbus" (2006), "the invasion" (2007), "the golden compass" (2007) e "australia" (2008". espero que o novo filme de woody allen não engrosse esta lista...

quarta-feira, março 25, 2009

1200 posts


enquanto tiver nuvens a pairar sobre a cabeça, a afectar os meus estados de alma, este blogue será sempre um imenso céu para encher de palavras, imagens e sons.

a simplicidade dos afectos



"you are my sister", de antony and the johnsons

You are my sister, we were born
So innocent, so full of need
There were times we were friends but times I was so cruel
Each night I'd ask for you to watch me as I sleep
I was so afraid of the night
You seemed to move through the places that I feared
You lived inside my world so softly
Protected only by the kindness of your nature
You are my sister
And I love you
May all of your dreams come true
We felt so differently then
So similar over the years
The way we laugh the way we experience pain
So many memories
But theres nothing left to gain from remembering
Faces and worlds that no one else will ever know
You are my sister
And I love you
May all of your dreams come true
I want this for you
They're gonna come true (gonna come true)

terça-feira, março 24, 2009

a quique in the balls

há um aspecto positivo, para os sportinguistas (e até para os portistas), em toda esta grande bronca que foi a final da taça da liga e a vergonhosa arbitragem de lucílio baptista. com o título que o benfica ganhou, e que fizeram questão de ostentar ontem durante as infelizes declarações do seu director de comunicação (não haveria alguém com um cargo mais importante na direcção do benfica para falar sobre o jogo? luís filipe vieira? rui costa? eusébio? diamantino? chalana? vata?), certamente que quique flores ficará, pelo menos, mais um ano a orientar o clube. e isso são excelentes notícias para nós, sportinguistas. assim, para o ano, só teremos que nos preocupar com o fc porto na luta pela título.

segunda-feira, março 23, 2009

"lost" - quinta temporada


estreia amanhã, no canal fox, às 21h20, a quinta temporada da série "lost", um dos programas televisivos mais viciantes de todos os tempos. obviamente, a não perder...

o nó na garganta

é da natureza do ser humano nunca estar contente a cem por cento, porque há sempre aquela sensação de que está a faltar algo. quando estamos com a família, sentimos falta dos amigos; quando estamos com os amigos, sentimos falta da família. o ideal seria colocar toda a gente a residir na mesma mansão (porque tinha que ser uma mansão) e tentar conciliar o tempo de forma a passar tempo de qualidade com uns e outros. não sendo possível fazer isto (especialmente a parte da mansão), e especialmente quando alguns amigos estão longe, estaremos sempre expostos à chamada situação do "nó na garganta". as despedidas matam-me, é um facto, sinto que nunca estou preparado convenientemente para elas. na sexta-feira passada voltei a confirmar isto mesmo. a idade não me tornou numa pessoa mais madura ou mais calejada, antes pelo contrário, fez aumentar os meus índices de "lamechice". cada despedida minha está muito próxima daquelas que as mulheres dos pescadores lhes fazem quando estes vão para o mar, nunca sabendo se regressam. à medida que a idade avança, maior é o medo da morte, do inesperado, do incerto, por isso, na sexta-feira, despedi-me da minha família com tudo isso na cabeça (os pescadores, as mulheres deles e o incerto. incerto esse que a professora do 4º ano do meu filho escreveria "inserto". mas adiante). um adeus português tem sempre uma carga dramática superior a um "ciao", um "goodbye ou um "adieu". é um adeus, que diabo, não é um "até logo" ou um "até amanhã". para mim, será sempre um adeus e eu tenho que o revestir de toda a solenidade possível, porque nunca sei se será mesmo o definitivo. sim, eu sei, sou pessimista na mesma medida em que o tony ramos tem pelo no peito, mas o meu lema sempre foi este: "estar preparado". quando entrei no comboio, depois de me despedir da minha família, mentalizei-me, e nunca consigo evitar estes pensamentos, são mais fortes do que eu, que nas próximas três horas poderia acontecer algo e que eu teria que estar preparado para qualquer eventualidade, até mesmo para esse facto inédito de uma mulher atraente se sentar ao meu lado, algo que nunca aconteceu (raios partam a minha sorte!). gosto de ser eu a controlar o meu próprio destino, por isso não gosto de ser "conduzido". não se trata de confiar ou não nas capacidades das outras pessoas, porque confio, é certo, em duas ou três, mas é uma questão de mentalidade, algo que nunca vai mudar na minha vida. portanto, na impossibilidade de ir eu a conduzir o comboio (e a minha mãe, mesmo sabendo disso, bem me disse para ir devagar, como diz sempre), coloquei-me então na mão de outra pessoa. como aprecio bastante andar de comboio (para quando, meu deus, a chegada do comboio a viseu, para eu não ter que ir a nelas apanhá-lo?), a viagem faz-se lindamente, com phones nos ouvidos e livros, jornais ou revistas para ler. quando se chega, à felicidade do reencontro com um amigo junta-se a enorme distância da família, de quem se começa a sentir saudades. mas para podermos ter umas coisas temos que nos privar de outras. a noite correu muito bem, como já referi noutro post, mas à medida que a partida voltava a aparecer no horizonte, começava a formar-se um novo nó na garganta. agora a situação invertia-se. quando o comboio me fez perder de vista a minha família a dizer-me adeus sabia que, apesar da tristeza que sentia, haveria de estar poucas horas mais tarde com um amigo, que tanto fez para que eu me pudesse deslocar a lisboa, tratando de praticamente todos os pormenores. isso é de amigo, daqueles que não se querem, nunca, perder. relações de amizade como esta têm que ser alimentadas, de vez em quando, mesmo que nos custe "deixar" a família por uns momentos. por isso, quando chegou a hora de deixar o amigo, rumo à família, o nó na garganta voltou a formar-se, mesmo que interiormente estivesse contente por estar a caminho do "meu cantinho familiar". também nos custa deixar os amigos, com quem passamos excelentes momentos, de cumplicidade, companheirismo e pura amizade. custa mais ainda quando não sabemos quando os voltaremos a encontrar (em alguns casos), sendo impossível agendar uma outra noitada, uma ida ao cinema, a um concerto, etc.. no meu caso é assim. eu, que gosto de ter sempre tudo organizado e planeado ao pormenor, tenho sempre que viver com esta resignação, de nunca saber como e quando vou poder estar com os meus amigos. por isso, quando me separo deles, sinto o mesmo nó na garganta das despedidas que não gosto de viver. é uma ambivalência sentimental que se desaperta no momento em que chegamos e somos recebidos com um sorriso e um aperto de mão ou com beijos e abraços apertados dos filhos e da mulher. e como é diferente o nosso estado de espírito quando chegamos, em contraponto com o nó na garganta quando partimos.

números da alma



o "nuvens da alma" existe há 3 anos e 3 meses, sensivelmente, tendo sido "criado" no dia 10 de janeiro de 2006, mas o seu autor (essa besta) apenas colocou um contador de visitas no blogue há 2 anos, mais precisamente no dia 15 de março de 2007. de lá para cá registaram-se os números que o quadro acima exibe. na semana passada, este blogue teve a sua melhor semana de sempre, com 427 visitas. o melhor mês foi janeiro de 2008, com 1335 visitas, mas creio que este corrente mês de março vai conseguir ultrapassar essas fasquia. estamos a 23 de março e este mês já regista, até agora, 1230 visitas. como a "average week" tem 227 visitas, facilmente o record será quebrado. o dia de maior tráfego, 23 de janeiro de 2008, com 100 visitas, esteve muito perto de ser batido na semana passada, onde se registaram, em dois dias seguidos, 18 e 19 de março, 99 e 92 visitas, respectivamente. obviamente, o país de onde surgem mais visitantes é portugal, com 63.5% (que correspondem a 15.492 visitantes), mas o brasil surge em segundo lugar com uns impressionantes 25.7% (6281). os estados unidos aparecem em terceiro lugar, com 2.65% (647), e a frança em quarto, com 1,05% (257). todos os outros países não chegam ao um por cento. nesse lote encontram-se países tão interessantes como o sudão, as bermudas, senegal, vietname, madagascar, guiné-bissau, burkina faso, sri lanka, paquistão, barbados, namibia, guadalupe, bangladesh e umas espantosas 15 visitas do irão. ao todo, foram 104 os países de onde já recebi visitas. curioso é verificar que, nas "keywords", ou seja, as palavras de procura que trouxeram visitantes ao "nuvens", a lista é comandada por "frases", seguida de "parvas". só depois vem "nuvens" e "alma". em quinto lugar surge um espantoso "comodismo", título de um post deste blogue, que trouxe já 520 visitantes a este cantinho, ultrapassando nos últimos tempos a palavra "filmes", que durante muito tempo estava nessa posição. como se sabe, e este blogue também não foge à regra, as mulheres portuguesas são sempre alvo de muita procura na net. na minha lista de mulheres mais procuradas, ainda nas "keywords", surge em primeiro lugar marta leite castro, seguindo-se sónia araújo, catarina furtado, luciana abreu (porquê, meu deus, porquê?!), raquel matos cruz (ainda mais difícil de entender) e diana chaves. em termos de mulheres estrangeiras aparecem nomes como jessica alba, kate beckinsale, monica bellucci, penélope cruz e eva green. depois, dada a recorrência destes temas no blogue, temos ainda "house", "friends", "sopranos", "música", "viseu", "piódão" e "eva nice dream". quanto aos blogues que direccionam mais cibernautas para este cantinho, prefiro mantê-los no anonimato, não vão eles ficar chateados com tal "distinção".
e basicamente é isto: o extreme tracking contabilizou, em 739 dias, 24.376 visitas (32218, se incluirmos os "reloads").
o mais "engraçado" é que, noutro contador, o site meter, cuja conta criei em fevereiro de 2008, estes números são largamente ultrapassados, praticamente em metade do tempo. senão atentem no segundo quadro. no total são 30.384 visitas, com 42.221 páginas vistas. a média diária, aqui, é de 59 visitas, enquanto no extreme tracking é de 32. no site meter, o melhor mês foi abril de 2008, com 5.249 visitas e 6.918 páginas vistas. portanto, em quem confiar: nas 1335 visitas (o melhor mês) do extreme tracking ou nas 5.249 visitas do site meter? e a média de visitas do blogue será de 32 ou de 59 visitas por dia? enfim, seja ela qual for, sinto-me bastante satisfeito com estes números. muito mesmo! portanto, um grande e sincero MUITO OBRIGADO a todos aqueles que frequentam estas nuvens.

sábado, março 21, 2009

parabéns lucílio!


mais uma grande exibição de melhor árbitro português... era mais do que óbvio, quando soube que o árbitro da final da taça da liga seria lucílio baptista, que o sporting não ganharia o jogo. quando pereirinha marcou, fiquei alerta, sabia que vinha lá "borrasca". e o que se passou a seguir? foi isto: cada vez que um jogador do benfica caía, era falta. sempre! foi sempre a empurrar o sporting para trás. livres atrás de livres (que é uma das formas que o benfica tem de marcar golos; a outra... é de penalty), faltas atrás de faltas, etc.. até que aconteceu o que se previa: o benfica não estava a conseguir marcar golo através dos livres, tinha que ser através de penalty. e lucílio, como bom benfiquista que é, lá arranjou o penalty da ordem. reyes marcou, novamente, ao sporting (parece que só marca mesmo ao sporting. 3 golos esta época!). incrível como se transforma um jogo perfeitamente controlado pelo sporting, a ganhar e a comandar claramente o jogo, num lance. o auxiliar não assinalou nada. assinalou lucílio. ele estava a ver o tempo a passar e a sua equipa não conseguia marcar. por isso, assinalou penalty e deve ter saltado de alegria por dentro. só faltou ir a correr abraçar o reyes depois de este ter empatado o jogo.
depois disso, com os leões reduzidos a 10 jogadores, era claro que o jogo estava decidido: ou o benfica ganhava ou a final decidir-se-ia através das grandes penalidades. como sportinguista, já estou mais do que habituado a perder nas grandes penalidades, tal como no ano passado, na primeira edição da taça da liga, portanto, para mim a vitória do benfica era um dado mais do adquirido quando pedro silva foi expulso e reyes marcou o golo do empate. o sporting não tem sorte, pronto, acabou. não tem sorte nas grandes penalidades, não tem sorte com os jogadores que escolhe para marcar as mesmas (postiga, rochemback, derlei), não tem sorte com árbitros, etc.. é a nossa sina! este ano não se pode fazer mais nada. acabou! vamos tentar, pelo menos, manter o segundo lugar. ainda é a única coisa pela qual podemos lutar. e vamos fazer figas para que não apanhemos novamente o burgesso, o inergúmeno, a besta, o imbecil, o palhaço do lucílio baptista nos nossos jogos, porque a missão dele, agora, será levar, ao colo, novamente, o benfica ao segundo lugar. pelo menos...

p.s. - alguém me explica por que raio o jogo foi disputado num dos estádios com pior relvado que há neste país? o jogo foi mau, mas acredito que não seria tão mau se fosse disputado num relvado em condições.

"transacções"


fui ontem a lisboa ver "transacções", ao teatro maria matos, numa viagem "relâmpago" à capital, onde não cheguei a estar 15 horas. a peça, pelo que já tinha visto e lido, não seria algo que me cativasse imediatamente, por uma catrefada de argumentos, mas tem esse simples facto de ter catarina furtado no papel principal. a ideia de estar sentadinho a olhar durante quase duas horas para ela já seria algo que despertaria a minha atenção. com a ajuda de dois incansáveis amigos (até ao pormenor da localização dos lugares), essa ideia tornou-se realidade. vi a peça, numa sala muito despida (não estaria nem meia casa), com toda a atenção, sabendo de antemão que não ia gostar de ver a catarina furtado com aquela franjinha. o resto, em relação à catarina, não me desiludiu, ostentando várias peças de roupa, sempre bastante, como não poderia deixar de ser, generosas em relação ao seu corpo. a peça em si é um pouco entediante e excessivamente longa. catarina furtado é loren, uma marchand de arte, que vê num quadro de pollock, que um milionário quer vender a todo o custo, uma possibilidade de fazer o negócio da sua vida. para tal, vai auscultando os interessados, que nesta peça assumem a forma de dois casais (antónio durães e mafalda vilhena; e joaquim horta e marta furtado) e uma negociadora empresarial (lígia roque). o marido de loren (carlos gomes), pressiona-a a obter dividendos daquele negócio em poucas semanas, farto de suportar as elevadas despesas da mulher. o que se segue é uma espécie de pingue-pongue entre loren e os licitadores, com espaço para uma análise psicológica a cada um deles e dos seus problemas pessoais, nomeadamente como casais. loren, sentindo a corda a apertar cada vez mais no seu pescoço, começa então a sujeitar-se a alguns devaneios dos seus clientes, tendo sempre como interesse superior conseguir uma licitação de 20 milhões de dólares pelo quadro de pollock.
no final, fica-se com uma estranha sensação de alívio, pelo facto de a peça ter, finalmente, terminado. no meu caso, essa sensação teve um sabor agri-doce, porque também significava a despedida de catarina furtado do palco, ela que tão bons momentos me tinha proporcionado. mas a retirada dos actores de palco não foi, afinal, a última vez que a vi. depois de termos ficado meia hora no bar do teatro, quando nos preparávamos para sair... passamos por ela, que falava simpaticamente com dois casais (provavelmente a elogiarem a sua actuação, tal era a cara de satisfação e o sorriso rasgado que ostentavam). um breve olhar trocado com ela, de uns 2 segundos, enquanto passávamos por eles, foi o meu momento alto da noite. provavelmente, valeu mais do que a peça em si...
quando nos embrenhamos na noite, sabíamos que seria quase impossível conseguirmos fazer uma "directa" (algo que eu não fazia desde os meus tempos de estudante), porque tinha comboio para cima às 08h30. a verdade é que conseguimos. até deu para encontrar uma amiga, que não via há 2 anos, a alessandra, uma das italianas que esteve a estagiar no jornal onde trabalho. ela agora está por lisboa, durante 3 meses, no instituto italiano, igualmente em estágio. foi bom revê-la, partilhamos muitas risadas, conseguindo criar um intercâmbio luso-italiano, em que nós ficamos a saber muito mais de italiano e ela de português (há dois anos ela não conseguia praticamente falar português; agora fala muito melhor e a conversa fluiu naturalmente). parabéns alessandra! bom resto de estágio e muito obrigado pelos elogios feitos a viseu (especialmente a comida de viseu), a lisboa e a portugal.
ver nascer o dia em lisboa foi uma experiência interessante, tal como havia sido a noite até aí. apesar da não ter dormido nem um minuto, já sabia que no comboio não iria conseguir pregar olho, como sempre. assim, tal como fiz quando fui para "baixo", meti os phones e vim a ouvir as músicas que tinha seleccionado na véspera, aproveitando para colocar a leitura em dia.
em maio, repete-se tudo novamente. desta vez com a ida ao coliseu, para ver antony and the johnsons.

quinta-feira, março 19, 2009

pai

lembro-me da primeira bicicleta que tive, era verde e tinha um banco comprido, com encosto; lembro-me de te chateares muito comigo quando me ensinaste a andar de bicicleta, porque eu não me endireitava em cima dela; lembro-me de ir contigo aos jogos de futebol, de me trazeres batatas fritas ou amendoins do bar ao intervalo; lembro-me de teres ficado chateado comigo quando fui ter contigo, ao café onde trabalhavas, empunhando um pau com um saco de plástico verde, dizendo "pote, pote, pote", tu que querias que eu fosse benfiquista como tu; lembro-me de ter mudado de escola primária três vezes porque tu procuravas sempre um emprego melhor para nos poderes oferecer outro nível de vida; ainda hoje guardo aquele carrinho, um dodge vermelho e branco, da matchbox, que me trouxeste de coimbra quando foste tirar a carta de condução e chegaste às tantas da madrugada; no dia seguinte levei o carro para a escola e pensei em ti o dia todo (sim, nessa altura os brinquedos ainda tinham algum significado, porque eram tão raros); lembro-me de que fazia tudo para não te desapontar; lembro-me que não te pedia brinquedos, como as outras crianças pediam, porque sabia que não os podias dar; mas lembro-me que um dia, sem te pedir nada, chegaste a casa com um computador spectrum 78k e me deste uma alegria enorme, tal como tinhas dado quando me ofereceste a minha primeira bicicleta; ensinaste-me a conduzir, fizeste-me ver que tinhas total confiança em mim e foi a melhor forma de me ensinares a ser responsável e a retribuir o teu voto de confiança; eu cresci sempre ao teu lado e tentei ganhar o mesmo respeito e orgulho que eu tinha por ti, tentei sempre não defraudar as expectativas que tinhas para mim; vi-te subir na vida, passar de empregado a proprietário, ganhar o respeito de toda a gente com o teu trabalho.

ao longo de tudo isto, senti-me sempre orgulhoso de ti. tal como ainda me sinto hoje. ofereceste-me as mais sólidas bases que se pode ter. devo-te tudo, a ti e à mãe! por isso espero, ainda hoje, que sintas orgulho em ser meu pai, porque eu sinto muito orgulho em ser teu filho!

(março de 2007)

R.I.P.


infelizmente, está confirmada a morte da actriz natasha richardson. a família da actriz divulgou hoje, ao fim da tarde, um pequeno comunicado: "liam neeson, his sons, and the entire family are shocked and devastated by the tragic death of their beloved natasha. they are profoundly grateful for the support, love and prayers of everyone, and ask for privacy during this very difficult time."
natasha richardson nasceu a 11 de maio de 1963, em londres. faleceu hoje, dia 18 de março, com 45 anos de idade. deixa dois filhos, de 12 e 13 anos, fruto do seu casamento com liam neeson, em 1994.

quarta-feira, março 18, 2009

natasha richardson


a actriz natasha richardson, de 45 anos, mulher de liam neeson, filha de vanessa redgrave e irmã de joely richardson, sofreu uma queda, na segunda-feira passada, enquanto praticava esqui, sem capacete de protecção, em mont tremblant, nos arredores de montreal, no canadá. aparentemente, depois da queda, a actriz referiu ao instrutor de esqui que estava bem, chegando mesmo a rir-se do facto. o instrutor chamou imediatamente ajuda, apesar de tudo, e a actriz foi levada de volta para o seu quarto, sem sinais visíveis de qualquer lesão na cabeça resultante da queda. cerca de uma hora depois, a actriz começou a queixar-se de uma forte dor de cabeça. foi chamada uma ambulância ao local, que a transportou para o hospital local, sendo mais tarde transferida para o hospital sacre-coeur, em montreal. o estado crítico de natasha richardson levou a que a família decidisse transferi-la para nova iorque, para estar mais perto da família. liam neeson, que se encontrava a filmar em toronto, foi rapidamente para junto da mulher, em montreal. ontem à noite, tanto a fox news como o new york post confirmaram que a actriz se encontrava em estado de morte cerebral, uma informação que ainda não foi confirmada por nenhum dos hospitais em que a actriz foi observada. ainda não houve nenhuma declaração oficial da família da actriz, nem do hospital onde está internada, mas os rumores continuam. hoje, a revista people publicou declarações de amigos da actriz, em que se revela que esta se encontra realmente em morte cerebral: "there is no chance,” a family friend told PEOPLE on tuesday night. “it is a fact that her heart is beating but she is brain dead.” o site TMZ confirmou há momentos que natasha richardson já se encontra em nova iorque, publicando inclusivamente detalhes sobre a viagem de ambulância do aeroporto até ao hospital lenox hill: "she was "unconscious," her pupils "non-reactive," her skin was "pale" and she was suffering from "major head trauma". liam neeson held her hand the entire time and caressed her face as he sat in silence." aquele site refere igualmente que os médicos que acompanharam natasha richardson na viagem de avião até nova iorque referiram aos membros da equipa médica que estavam a postos na ambulância para a transportar para o hospital que a actriz se encontrava em morte cerebral.
natasha richardson entrou em filmes como "nell", com jodie foster, "the parent trap", com dennis quaid, e "maid in manhattan", com jennifer lopez e ralph fiennes. a actriz inglesa atingiu a sua maior notoriedade quando venceu um "tony", em 1998, na peça "cabaret", interpretando sally bowles.

esta é para o ricardo...


esta modelo é filha de quem?

breves cinematográficas

- "toy story 3" tem estreia prevista para junho de 2010. tom hanks e tim allen continuam a dar voz a woody e a buzz lightyear. o filme terá realização de lee unkrich e argumento de michael arndt;
- a série televisiva "mac gyver", que foi cancelada em 1992, depois de várias temporadas, vai ter adaptação cinematográfica. a estreia está igualmente marcada para 2010;
- faleceu o actor ron silver, com 62 anos, sucumbindo a um cancro do esófago. entrou em filmes como "timecop", "reversal of fortune" e "ali", mas foi na televisão que atingiu maior notoriedade, nomeadamente com a sua participação na série "the west wing", entre outras, como "veronica's closet", "chicago hope" e a mini-série "billionaire boys club", pela qual recebeu uma nomeação para os emmys. em 1988 recebeu um tony pela sua actuação na peça "speed-the-plough", de david mamet;
- o filme "transformers: revenge of the fallen", realizado por michael bay, o segundo filme do franchise "transformers", vai estrear em junho deste ano. mesmo antes da sua estreia e dos consequentes resultados de bilheteira, a paramount e a dreamworks já anunciaram a estreia do terceiro filme para julho de 2011;
- o próximo projecto de adam sandler vai contar com um elenco de peso, em termos de actores cómicos: chris rock, david spade, rob schneider, kevin james, colin quinn, maya rudolph e o próprio sandler. depois de já ter tido como "love interests" actrizes como kate beckinsale, jessica biel, emmanuelle chriqui, paz vega e keri russell, adam sandler irá ter agora como esposa salma hayek;
- o novo filme de quentin tarantino chama-se "inglourious basterds" e tem estreia marcada para agosto deste ano. no elenco conta com nomes como brad pitt, diane kruger, mike myers e eli roth;
- a estreia do novo filme de animação da dreamworks, "monsters vs. aliens" está marcada para o dia 27 deste mês. as vozes vão estar a cargo de reese witherspoon, hugh laurie, kiefer sutherland, seth rogen, stephen colbert e will arnett, um verdadeiro elenco de luxo;
- clint eastwood contratou o próprio filho, scott reeves, para entrar no seu novo e ambicioso projecto, baseado na vida de nelson mandela. o filme ainda não tem nome definitivo mas sabe-se que se baseia no livro "playing the enemy: nelson mandela and the game that made a nation", de john carlin. matt damon e morgan freeman (este interpretando mandela) são os nomes mais sonantes do projecto. anthony peckham é o responsável pelo argumento do filme, que está a ser rodado na áfrica do sul, prevendo-se que seja um dos fortes candidatos aos óscares do próximo ano;
- a sequela de "iron man", com estreia marcada para maio de 2010, vai contar com mais dois nomes sonantes no elenco, para além de robert downey jr., gwyneth paltrow e don cheadle. o reabilitado mickey rourke e a curvilínea scarlett johansson já confirmaram a sua presença em "iron man 2", novamente realizado por jon favreau;
- o novo filme de woody allen, depois de "whatever works", com larry david, será rodado em londres, onde o realizador filmou "match point", "scoop" e "cassandra's dream". no elenco já estão confirmados os nomes de anthony hopkins, josh brolin, naomi watts, freida pinto e antonio banderas.

terça-feira, março 17, 2009

desafios

meus amigos, têm aqui mais uns quantos desafios de memória. joguem limpo, sem atingir a face, nada de socos abaixo da cintura ou pontapés nas canelas. arrancar braços é opcional. devido à grande contestação verificada, os queques dan cake e os sumos capri-sonne saíram de cena. agora os prémios, até nova sugestão, são scones quentinhos e chocolate quente. tudo muito quentinho porque parece que vem lá o frio outra vez. para meu azar, e para variar, o tempo começa a piorar precisamente na sexta-feira. bolas...

quem é este cantor?


não liguem à mulher...

quem é este cantor?

quem é esta actriz?

quem é este actor?

quem é este actor?

quem é esta actriz?

quem é este actor?

quem é esta actriz?

letizia? qual letizia?


volta sempre, raina! é sempre agradável verificar que o principal bloco informativo da televisão estatal "perde" 20 minutos em reportagens sobre... a beleza dela, que até faz parar o trânsito, segundo um oportuno rodapé do "telejornal". e meu deus, como parecia embevecido o nosso josé rodrigues dos santos!... qual crise, qual carapuça. com a raina em portugal, todos os dias, ninguém se lembrava disso. já foi embora? tragam-na de volta, por favor. os noticiários, sem ela, não têm piada nenhuma... hoje, às 20h00, lá vou estar à frente do televisor, à espera do "best of" da visita da rainha da jordânia a portugal. e não espero menos de trinta minutos. ela merece!

segunda-feira, março 16, 2009

quem é este actor?


esta é de grau de dificuldade mais elevado...

quem é este actor?

colectânea musical de março

dia de trabalho normal. 9 horas da manhã. ligo o pc. meto a password. clico duas vezes na pasta "música". meto os phones na cabeça. clico no "reproduzir todos". depois sim, estou pronto para começar a trabalhar. por estes dias, estas músicas têm sido essenciais e costumam passar pelos meus phones várias vezes ao dia:

1. skin of the night - M83
2. send in the clowns - mark kozelek
3. walking for two hours - the twilight sad
4. cold desert - kings of leon
5. we own the sky - M83
6. half asleep - school of seven bells
7. llovizna - mafalda veiga
8. manhattan - kings of leon
9. too late - M83
10. bedtime lullaby - mark kozelek
11. this one's gonna bruise - beth orton
12. you, appearing - M83
13. kim and jessie - M83
14. talking with fireworks - here, it never snowed - the twilight sad
15. and she would darken the memory - the twilight sad
16. concrete sky - beth orton
17. blueberry pancakes - fink
18. mapped by what surrounded them - the twilight sad
19. troubles what you're in - fink

domingo, março 15, 2009

"body of lies"


cá está um filme pelo qual eu não dava duas bananas. aluguei-o porque a "oferta" não era muito grande. por norma, não gosto muito deste tipo de filmes, se bem que já tinha ficado bastante impressionado com "syriana", por exemplo. para além disso, nunca fui grande fã nem de russell crowe nem de leonardo di caprio. tudo somado, não faço ideia por que raio fui alugar o filme. ainda por cima, coloquei o filme no dvd às duas da manhã, sabendo que, mais tarde ou mais cedo, iria adormecer. portanto, o que se passou a seguir não deixou de constituir uma grande surpresa para mim. fiquei de tal forma "agarrado" ao filme que nem uma hora depois de ele ter acabado eu consegui adormecer, tal era a adrenalina e a agitação provocado por "body of lies" (por sinal, um título bastante "comercial" e "catchy" para um filme tão inteligente e sofisticado. di caprio e crowe são, efectivamente, grandes actores e neste filme estão soberbos, ajudando a criar um ambiente de tensão permanente na tentativa de captura de um líder terrorista "à la osama bin laden", que está por trás de vários atentados na europa. o enredo, assim descrito, parece não trazer nada de novo e soa demasiado a familiar, mas a complexidade da história, os recuos e os avanços na investigação, a forma como ed hoffman (crowe), um agente veterano da cia, "conduz" o seu agente no terreno, roger ferris (di caprio), a milhares de quilómetros de distância, e, sobretudo, tal como se escreve no cartaz do filme ("trust no one. deceive everyone"), a questão da confiança, de saber em quem confiar ou não, num mundo de mentiras, interesses políticos e financeiros. a realização de ridley scott é competente e virtuosa, dirigindo duas grandes estrelas de hollywood de forma exemplar, num filme maioritariamente rodado em marrocos e em riade, capital da arábia saudita.
no final do filme, pelos bons momentos proporcionados (e não foi para isso que o cinema foi inventado?) e pelo conjunto de sensações provocadas, lembrei-me de um outro filme de acção pelo qual também me "encheu as medidas": "heat", de michael mann, com um elenco notável: robert de niro, al pacino, val kilmer, jon voight, tom sizemore, ashley judd, amy brenneman e natalie portman. estive várias vezes para me levantar, naquela hora a seguir a "body of lies" em que não consegui adormecer, para ir à sala buscar o "heat". de vez em quando, especialmente porque não é costume, sabe bem ver um bom filme de acção!

sábado, março 14, 2009

top 10 dos U2

a propósito do lançamento do novo disco dos U2, a rádio comercial resolveu dedicar um fim-de-semana inteiro à banda irlandesa. ao todo, vão ser 48 horas a passar unicamente músicas da banda de bono. hoje, apanhei um top 10 das melhores músicas da banda, votadas pelos ouvintes daquela rádio, com o qual não concordei minimamente. sendo assim, e como sou um adepto de todo o tipo de listas, aqui fica o meu top 10 dos U2:

1. stay (faraway so close)
2. with or without you
3. bad
4. the unforgettable fire
5. new year's day
6. pride (in the name of love)
7. where the streets have no name
8. until the end of the world
9. ultraviolet (light my way)
10. red hill mining town

como "suplentes", ainda apontaria "please" (muito melhor na versão ao vivo do que a versão do disco), "the fly" e "sunday bloody sunday". como podem ver, a música mais recente destas treze é "please", que pertence ao disco "pop", de 1997, o que equivale a dizer que os U2, para mim, não fazem nada de jeito desde essa altura, o que é pena. mas também, sejamos francos, já tinham feito muita coisa boa até 1997.

sexta-feira, março 13, 2009

como se mata uma língua

é fascinante constatar que as pessoas que lidam diariamente com os meus filhos, seja na escola ou no atl, não sabem falar correctamente. é fascinante fazermos os possíveis em casa para que eles falem em bom português, corrigindo-os quando é necessário fazê-lo, e depois, quando os vamos buscar àquelas instituições, ouvimos, em meia dúzia de minutos, dezenas e dezenas de "agressões" à língua portuguesa. ele é "ouvistes", "pedistes", "vistes", "eles há-dem ver", "esteja-mos", "ganhe-mos"... é um fartote. qualquer dia ainda começam a pensar que quem fala mau português somos nós, lá em casa, tal é a quantidade de gente que os rodeia que fala da mesma maneira, ou seja, mal. os papéis afixados nas paredes dessas instituições são outro pesadelo. geralmente, não há um único que não tenha um erro ortográfico. o mais frequente é o "ás" em vez de "às", como em "a reunião vai ter lugar "ÁS" 14h30". é sempre, não falha. mas há mais: "maioritáriamente", "convoca-mos", etc.. então quando o problema chega aos professores o caso é ainda mais grave. a professora da 4ª classe do meu filho, que já vem do ano passado, dá sempre o mesmo erro ortográfico aquando das notas no final de cada período. escreve ela que "a caligrafia do pedro é muito INSERTA". uma vez ainda se desculpa, podia ter sido distração, mas três vezes...
obviamente, culpo os directores das escolas e dos atl's que contratam pessoal sem se darem ao trabalho de aferirem se essas pessoas falam e escrevem correctamente. é que, por amor de... seja lá quem for, essas pessoas vão passar o dia com crianças. que aprendizagem lhes vão dar? se as crianças ouvem "ouvistes", vão dizer sempre "ouvistes". se ouvem "há-dem", vão dizer sempre "há-dem". é que são oito horas por dia, cinco dias por semana, a ouvir isto, e as crianças, nesta idade, assimilam tudo o que ouvem e como são pessoas adultas a dizer elas acreditam que é mesmo assim que se fala. felizmente não aconteceu com o meu filho, que já vai fazer 10 anos, nem agora com a minha filha, quase a completar 4, porque tanto eu como a minha mulher temos essa preocupação de os corrigir, sempre tivemos e iremos ter, e eles confiam em nós e não se deixam influenciar por mais ninguém. agora, quando ouço outros pais, quando vão buscar, como eu, todos os dias, os seus filhos ao ATL, a dizerem "então, que fizestes hoje?" ou "que filme é que vistes?" perco totalmente a esperança. algo está mal, certamente.
como pai, acho isto terrível, uma péssima forma de introduzir as crianças no mundo escolar, quando passam o dia com pessoas que não sabem falar, basicamente. o problema passa, de geração em geração, e ninguém evolui neste aspecto. chega a ser assustador. creio que daqui a uns 20 anos vão ser mais as pessoas que falam mal do que as que falam bem. e depois vão ser as que falam bem as recriminadas... é triste!

quinta-feira, março 12, 2009

"a minha família"


lá venho eu, mais uma vez, dar a mão à palmatória e reconhecer que se andam a fazer coisas interessantes em matéria televisiva neste país, nomeadamente na rtp. é claro que podem sempre dizer que a rtp tem outros meios, tem o estado a passar os cheques, etc., algo que não acontece nas outras estações. depois de ter elogiado o "conta-me como foi", primeiro, e depois a série "pai à força", hoje venho reconhecer que dou fortes e sonoras gargalhadas com "a minha família". e dou mesmo com a minha família, porque cá em casa todos gostamos da série. versão portuguesa da série da bbc, que passa há oito anos na televisão inglesa, criado pelo americano fred barron (que escreveu para "seinfeld" e "the larry sanders show"), "a minha família" começou logo a ganhar pontos na escolha dos actores. fernando luís é o patriarca da família, um dentista e um pai frustrado, a viver uma crise de meia-idade. confesso que gosto do actor desde "médico de família" e, sobretudo, porque estou habituado à voz dele em dezenas de filmes infantis. o seu desempenho nesta série é vital, porque praticamente tudo gira à volta da sua interpretação. a sua interpretação marca o ritmo da série, servindo de "role model" aos actores mais jovens (os seus filhos na série). rosa vila é a esposa, que tem enormes parecenças físicas com a actriz que desempenha o mesmo papel na série da bbc (zoe wanamaker). totalmente desastrada como doméstica, especialmente na cozinha, a matriarca da família tenta gerir os constantes conflitos entre os filhos (e estes com o pai), representando o lado mais ponderado e calmo, em contraponto com o nervosismo e a ansiedade do marido. obviamente, também tem os seus momentos de humor, mas não tantos como os do filho mais velho, interpretado por carloto cotta, que é simplesmente hilariante. tal como na série original, este é o papel assumidamente mais cómico. kris marshall foi o actor que deu vida ao papel nas primeiras três séries em inglaterra e eu lembro-me bem que me fartava de rir com as suas idiossincrasias. aqui, na versão nacional, carloto cotta não fica muito longe desse registo, provocando as gargalhadas mais sonoras aqui em casa. é de longe o personagem preferido do meu filho. sara barradas, mais conhecida pela sua participação em "morangos com açucar", é a "madura" rita, de 16 anos, mas com inteligência e matreirice suficiente para manietar os pais. o seu registo é bem conseguido, ela é uma espécie de consciência moral, se bem que interesseira, lá em casa, mas a sua personagem, tal como a do irmão mais novo, interpretado por tiago mesquita, apenas pontualmente tem direito a uma piada, que estão a cargo, maioritariamente, dos três membros mais velhos da família.
hoje deu o terceiro episódio. eu já tinha gostado do primeiro e do segundo, mas para poder transmitir uma opinião mais sustentada resolvi fazer "a prova dos nove" com este terceiro episódio, e ele não me deixou ficar mal. foi talvez o melhor até agora. espero que a série continue neste ritmo e que a rtp saiba proteger da melhor forma o produto (que já foi gravado, creio eu, há um ano e meio). a quinta-feira é um excelente dia e o horário não poderia ser melhor. já a série "pai à força" teve menos sorte com a sua colocação nas sextas-feiras à noite. devido a jogos de futebol, a série não passou durante duas semanas.
por último, refira-se que "a minha família" tem realização de jorge marecos duarte e adaptação de joão tordo e paulo lourenço.

quarta-feira, março 11, 2009

o peso da idade

um tipo sabe que está a ficar velho quando vai jogar futebol e todos os jogadores com vinte e poucos anos nos tratam por você...

quem é este actor?

quem é esta actriz?


relembramos que o prémio agora, em vez dos queques e do capri-sonne, são scones quentinhos e chocolate quente.

terça-feira, março 10, 2009

afinal... são sete

não tenho mais palavras...

afinal... são seis

mas que raio de jogador faz um penalty tão estúpido como o que fez pedro silva? inacreditável... estes jogadores mereciam estar todos a passar pelo mesmo que os jogadores do estrela da amadora, que, acredito, até fariam melhor figura do que estas múmias que estão a fingir que estão a jogar futebol hoje em munique.
sinceramente, se paulo bento não se demite depois de mais uma humilhação, sobretudo a este nível, com repercussões por toda a europa, não tem vergonha na cara. isto é inadmissível. incrível como ele não anteviu este panorama, de nova goleada. ao menos que entrasse com 3 centrais e 2 trincos, ao menos jogava para perder por poucos e admitia isso publicamente. assim, com mais estes seis golos, não há desculpa.
se o sporting não fosse a munique só perdia 3-0... teria sido preferível...

a famosa "chapa 5"

quarta vez que o sporting "encaixa" cinco golos esta época. mesmo assim, ainda bem que o bayern abrandou, ou melhor, fez sair os melhores jogadores ao intervalo, caso contrário, por esta altura, o resultado seria de 10-1. não tenho dúvidas nenhumas! polga e tonel estão a fazer, juntamente com rui patrício, o pior jogo da vida deles. aliás, a defesa do sporting parece uma cambada de amadores, basta reparar no primeiro, segundo, terceiro e quinto golo do bayern (até dá vontade de rir o lance em que polga e rui patrício chocam, permitindo o golo de podolski. já para não falar no auto-golo de polga).
resumindo: um incrível erro de casting este sporting nos oitavos-de-final da liga dos campeões.

vá lá...

30 minutos decorridos. está 1-0, mas o resultado mais justo, nesta altura, seria 4-0...

guarda-redes?

já se sabia que ia ser difícil o sporting fazer boa figura e limpar a imagem em munique na segunda mão dos oitavos-de-final da liga dos campeões. mas caramba, depreendo que, quando houver um remate à baliza, o guarda-redes deva, pelo menos, tentar defender a bola. o que se viu, ao fim de oito minutos, foi o bayern marcar, no primeiro remate que fez à baliza, num lance em que rui patrício entendeu por bem não tentar defender a bola. vinha muito de força, podia-se aleijar, o menino... incrível. com isto, e pela equipa que paulo bento apresentou, estou preparado para levar meia dúzia hoje.

domingo, março 08, 2009

o mestre


óscares: diane keaton - "annie hall" (1977); dianne wiest - "hannah and her sisters" (1986); dianne wiest - "bullets over broadway" (1994); mira sorvino - "mighty aphrodite" (1995); penélope cruz - "vicky cristina barcelona" (2008).
nomeações: geraldine page - "interiors" (1978); maureen stapleton - "interiors" (1978); mariel hemingway - "manhattan" (1979); judy davis - "husbands and wives" (1992); jennifer tilly - "bullets over broadway" (1994); samantha morton - "sweet and lowdown" (1999).

woody allen especializou-se, entre muitos outros aspectos, em escrever excelentes papéis para as actrizes dos seus filmes. a lista em cima publicada revela que já foram várias as actrizes a receber o devido reconhecimento pelas suas interpretações em filmes do realizador, tanto nas categorias de "actriz em papel principal" como "actriz em papel secundário". penélope cruz foi a última a agradecer ao génio nova-iorquino o papel que este lhe atribuiu, que lhe valeu um óscar de melhor actriz secundária. neste dia internacional da mulher achei interessante fazer este "levantamento".
em termos de óscares, apenas em 1977 a academia reconheceu o enorme talento de woody allen, com o filme "annie hall", que venceu nas categorias de "melhor filme", "melhor realizador", "melhor actriz em papel principal" e "melhor argumento original". apesar de ter vencido o óscar de melhor realizador e de melhor argumento original, allen perdeu para richard dreyfuss ("the goodbye girl") o óscar de melhor actor em papel principal, categoria em que também concorria nesse ano com richard burton, marcello mastroianni e... john travolta ("saturday night fever"). refira-se, no entanto, que woody allen não marcou presença nessa edição dos óscares, preferindo tocar clarinete com a sua banda.
no total, woody allen venceu até hoje três óscares: um como realizador ("annie hall") e dois como argumentista ("annie hall" e "hannah and her sisters"). no entanto, foi nomeado para muitos outros. foi nomeado para "melhor realizador" pelos filmes "interiors" (1978), "broadway danny rose" (1984), "hannah and her sisters" (1986), "crimes and misdemeanors" (1989) e "bullets over broadway" (1994). como argumentista, para além dos dois óscares, recebeu nomeações pelos filmes "interiors" (1978), "manhattan" (1979), "broadway danny rose" (1984), "the purple rose of cairo" (1985), "radio days" (1987), "crimes and misdemeanors" (1989), "alice" (1990), "husbands and wives" (1992), "bullets over broadway" (1994), "mighty aphrodite" (1995), "deconstructing harry" (1997) e "match point" (2005). no total, foi nomeado por 21 vezes: 14 como argumentista, seis como realizador e uma como actor. para além das actrizes citadas no topo deste post, também michael caine recebeu um óscar de melhor actor secundário pelo filme "hannah and her sisters". foram igualmente nomeados martin landau, por "crimes and misdemeanors", chazz palminteri, por "bullets over broadway" e sean penn, por "sweet and lowdown".
ao longo dos anos, woody allen sempre desconsiderou os prémios e as nomeações da academia de hollywood, nunca marcando presença nas cerimónias anuais, nem mesmo em 1977, quando "annie hall" foi consagrado. o realizador só por uma vez quebrou esta "regra", ao subir ao palco na edição de 2002 dos óscares para apresentar uma montagem de excertos de filmes rodados em nova iorque, ao mesmo tempo que apelou aos produtores para continuarem a rodar os seus filmes naquela cidade, apesar dos ataques terroristas de 9 de setembro. no fundo, tratou-se de uma homenagem a nova iorque e quem melhor do que woody allen para a fazer.

"quem é quem" gigante


meus amigos, fui aos arquivos e resolvi enfiar quase todas as fotos antigas que tinha num único post. para tentarem adivinhar façam-no fila a fila (da 1 à 4, a contar de cima para baixo), da esquerda para a direita, por favor. a imagem pode ser aumentada, se tiverem dificuldades. são treze nomes que eu quero. puxem lá pela cabeça...

sexta-feira, março 06, 2009

jackpot

com um jackpot de cem milhões de euros no euromilhões uma pessoa é mesmo obrigada a jogar, por descargo de consciência. desperdiçar uma oportunidade de ganhar, num só dia, muito mais do que aquilo que se vai ganhar numa vida inteira a trabalhar é uma parvoíce. sobretudo se pensarmos como é simples habilitarmo-nos a todo esse dinheiro: um tipo dirige-se ao balcão de um café, pede uma bica curta (pedido que nunca é respeitado, trazem sempre um balde de café) e uma caneta para preencher o boletim que está ali mesmo ao lado, à mão de semear. é só colocar lá umas cruzes, pagar e já está, estamos habilitados. não é preciso ir para filas, ficar meia hora à espera para meter o boletim, a aturar o cheiro a suor das outras pessoas, os constantes empurrões de pessoas para quem conquistar dois centímetros na fila é uma vitória pessoal e um objectivo de vida, pessoas essas que praticamente estão a respirar para cima do nosso pescoço e que, vá-se lá saber porquê, estão sempre com uma tosse desgraçada (calha-me sempre um assim, ou uma, que as mulheres também são tramadas quando estão nas filas, sempre à procura de uma nesga para nos conseguirem passar à frente). gosto particularmente quando entram depois de mim e em vez de se colocarem atrás de mim, põe-se ao meu lado. depois sinto-os a olhar de lado para mim, como se me estivessem a estudar ou a ver se tenho cara de lorpa suficiente para eles me passarem à frente. a fila vai andando e lá permanece a pessoa ao meu lado. depois surge sempre a tal questão dos vinte centímetros, fazem sempre os possíveis para se adiantarem, porque, dessa forma, ficam com a sensação de que estão à frente e que vão ser atendidos primeiro do que eu. quando a pessoa que está à minha frente (ou à nossa frente) acaba de ser atendida, lá vem a inevitável pergunta do balconista: "quem está a seguir?". é nessa altura que a pessoa que fez questão de ficar ao meu lado, em vez de ficar atrás, como costuma acontecer quando se formam filas, "atira o barro à parede" e, como tem os tais vinte centímetros de avanço, que são vitais nestas coisas, julga que será atendida primeiro do que eu e "chega-se à frente". geralmente são pessoas idosas, é um facto, que sabem perfeitamente que entraram depois de mim, mas apelam ao sentimentalismo dos mais novos, ou à paciência. geralmente, deixo-os atingir o seu objectivo, sem reclamar, cedendo naturalmente a vez. já quando são "chico-espertos", da minha faixa etária ou mais novos, fico piurso e aí vem ao de cima o pior de mim, usando e abusando do sarcasmo e da ironia. só me acalmo quando recebo um pedido de desculpa. uma vez, num clube de vídeo, "explodi" mesmo.
mas voltando ao euromilhões. como não faço a mínima ideia qual seria a minha reacção a uma possível vitória, logo eu que nunca acerto um número sequer, sempre gostaria de ficar a saber. seria assim uma espécie de experiência, só naquela de experimentar, vá. pronto, se puder ser hoje à noite, tanto melhor. único totalista? 100 milhões de euros? como é que eu vim parar ao hospital? e por que raio estou a soro?

as dez jornadas que restam

a dez jornadas do final da liga sagres, e para quem se interessa por estas coisas, aqui ficam os jogos que faltam realizar a cada um dos três principais pretendentes ao título, da 21ª à 30ª e última jornada:
fc porto - leixões (fora); naval (casa); vitória de guimarães (fora); estrela da amadora (casa); académica (fora); vitória de setúbal (casa); marítimo (fora); nacional (casa); trofense (fora) e sp. braga (casa).
jogos potencialmente mais complicados (4): leixões (fora); vitória de guimarães (fora); marítimo (fora) e sp. braga (casa).
benfica - naval (fora); vitória de guimarães (casa); estrela da amadora (fora); académica (casa); vitória de setúbal (fora); marítimo (casa); nacional (fora); trofense (casa); sp. braga (fora) e beleneneses (casa).
jogos potencialmente mais complicados (4): naval (fora); marítimo (casa); nacional (fora) e sp. braga (fora).
sporting - paços de ferreira (casa); rio ave (casa); leixões (fora); naval (casa); vitória de guimarães (fora); estrela da amadora (casa); académica (fora); vitória de setúbal (casa); marítimo (fora) e nacional (casa).
jogos potencialmente mais complicados (3): leixões (fora); vitória de guimarães (fora) e marítimo (fora).
refira-se que enquanto fc porto e benfica têm cinco jogos em casa e cinco fora até ao final da liga, o sporting tem seis jogos em casa e apenas quatro fora. em teoria, tem menos jogos complicados do que os seus adversários. mas é claro que isto é apenas teoria...

seinfeld reunited


jerry seinfeld, julia louis-dreyfus, jason alexander e michael richards vão aparecer em vários episódios, interpretando-se a eles próprios, na sétima série de "curb your enthusiasm", criada e protagonizada por larry david, co-criador da aclamada sitcom "seinfeld", juntamente com jerry seinfeld. será a primeira vez que o quarteto se reúne depois do final de "seinfeld", em 1998. tanto julia louis-dreyfus como jason alexander já tinham entrado em episódios de "curb your enthusiasm", em séries anteriores, tal como jerry seinfeld, que fez um cameo no final da quarta temporada, mas esta será a primeira vez em que os quatro vão contracenar juntos em onze anos.
larry david criou com jerry seinfeld uma das séries de maior sucesso de sempre da televisão americana. foi produtor executivo até à sétima temporada, altura em que saiu, alegando fadiga, regressando na nona e última temporada da série. foi sempre visto como uma das principais mentes criativas responsáveis pelo sucesso de "seinfeld", nomeadamente na personagem george costanza, que herda muitas das suas idiossincrasias. em 2000 criou, produziu e protagonizou "curb your enthusiasm", para o canal hbo, que já venceu um emmy e um globo de ouro. na série, larry david é... larry david, um multi-milionário, graças a "seinfeld" (algo que ele não gosta particularmente de se gabar mas a que recorre quando precisa de algum "favor" ou de reconhecimento), semi-retirado do panorama artístico, socialmente inadaptado, egocêntrico, obstinado e com um temperamento especial, características que fazem com que se meta em situações pouco vulgares, em que geralmente é vítima das próprias circunstâncias. já foram vários os actores que participaram em "curb your enthusiasm", como eles próprios. ted danson, wanda sykes, richard lewis, martin scorsese, alanis morissette, hugh hefner, david schwimmer, ben stiller, mel brooks, stephen colbert, dustin hoffman e sacha baron cohen. no elenco fixo aparecem, para além de larry david, cheryl hines, jeff garlin e susie essman.
refira-se ainda que larry david será o protagonista do novo filme de woody allen, intitulado "whatever works", que tem estreia marcada para 22 de abril, no tribeca film festival. este filme é o primeiro que o realizador roda em nova iorque em quatro anos, depois de "match point", "scoop" e "cassandra's dream", em londres, e de "vicky cristina barcelona, em barcelona. "whatever works" conta ainda no elenco com evan rachel wood, patricia clarkson, henry cavill, kristen johnson, michael mc kean e ed begley jr.. entretanto, o próximo filme de woody allen, que irá ser rodado no segundo semestre de 2009, em londres, conta já com vários nomes: anthony hopkins, josh brolin, freida pinto (de "slumdog millionaire"), naomi watts e antonio banderas.

quinta-feira, março 05, 2009

os homens e a lista de compras

há uma qualquer força cósmica que faz com que eu, sempre que vou sozinho às compras lá para casa, cometa sempre algum erro de palmatória. até em coisas simples, como ir buscar uns raminhos de salsa ao mini-mercado, em que eu, em vez de tirar os ramos por inteiro de um molho atado, parti-os ao meio e trouxe só a parte de cima dos ramos da salsa. quando a minha mulher me pede para ir comprar alguma coisa, porque lhe é de todo impossível ir (só mesmo assim), todo eu tremo de medo, porque já sei que algo vai correr mal. ou trago pacotes de leite mais caros do que o habitual (nem que a diferença seja de cinco cêntimos ela repara sempre), ou em vez de escolher fiambre da pá trago da perna (raios me partam se algum dia vou conseguir distinguir estas variedades), ou escolho dois frangos crus que estão mal depenados (mas alguém se preocupa com isto quando está a escolher dois frangos crus? se estão dentro de um saco é porque estão bons para vender...). o pior mesmo é quando tenho como "missão" comprar fruta. é completamente impossível eu acertar em alguma coisa neste departamento. se compro bananas, estão muito verdes. se escolho tangerinas ou laranjas, não prestam porque são muito ácidas e sempre que alguém mete um gomo à boca faz mais caretas que o jim carrey. maçãs, peras, kiwis, ameixas, diospiros, tudo sempre verde ou, por incrível que pareça, maduro demais.
as mulheres, quando vão às compras, têm um comportamento diferente. enquanto nós procuramos demorar o menor tempo possível, geralmente agarramos no primeiro produto que encontramos, as mulheres, não querendo generalizar, sabem que mesmo uma lista de meia dúzia de items exige pelo menos uma hora, porque têm que analisar e comparar tudo: ingredientes, preço, a relação quantidade/qualidade, as calorias, o dia em que o produto foi embalado, quando acaba a validade do mesmo, onde foi produzido, qual era o nome de cada uma das vacas que deram o leite, apalpam a fruta toda para ver se está madura ou verde (ficam meia hora a apalpar fruta. eu vi e posso comprovar tudo isto), provam as uvas, provam as azeitonas, só não provam o camarão porque os senhores não deixam, dão-se ao cuidado de ver, quando escolhem frango cru, se ele está bem depenado ou não, perguntam sempre na charcutaria qual é o fiambre mais fresco e sabem exactamente a diferença entre o da pá e o da perna. mas o pior mesmo é a secção da roupa, que é sempre percorrida de uma forma minuciosa, ao detalhe, até ao último cinto ou par de meias nos expositores. então a facilidade com que elas se descalçam e experimentam umas sandálias ou sapatos é assustadora. nem quero pensar na quantidade de pessoas que já tinha metido ali os pés naqueles mesmos sapatos. é assustador. aliás, quando vou com a minha mulher, o que felizmente hoje em dia é muito raro (já vão perceber porquê no próximo parágrafo), àquela secção, sinto que sou a única pessoa calçada no meio de uma dúzia de mulheres descalças dispostas a experimentar tudo o que houver para experimentar em matéria de calçado. sinto sempre que não há espelhos suficientes para aquela gente toda. elas até fazem fila para se verem ao espelho. o mais engraçado, e é nisto que a minha mulher é especial neste aspecto, é que ela experimenta, gosta, pede-me opinião, eu aprovo (faço tudo para sair dali o mais rapidamente possível), ela descalça-se, volta a calçar os sapatos que trazia, arruma o calçado que experimentou, gostou e que tinha recebido a minha aprovação e quando eu lhe pergunto por que não os leva (depois de termos perdido largos minutos com aquilo tudo), ela responde, simplesmente, "não, deixa estar", ou então "não levo porque daqui a uns meses começam os saldos e compro-os por metade do preço". pronto, lá reviro eu os olhos mais uma vez, sempre com a sensação de que nunca mais na vida vou conseguir recuperar aqueles 45 minutos.
antigamente, ir às compras com a minha mulher era uma aventura, perdia a conta aos suspiros e à quantidade de revirar de olhos. hoje, sempre que vamos os quatro às compras, felizmente, e realço o felizmente, fico com a minha filha na secção dos livros ou com o meu filho na secção dos brinquedos e deixo-a ir à vontade apalpar fruta durante meia hora. é muito mais reconfortante. primeiro porque tenho total confiança na capacidade de apreciação e no juízo de valor da minha mulher na escolha dos produtos, por todas as razões acima discriminadas; e depois porque, assim, já não vou cometer nenhum erro nas compras. por falar nisso, este texto surgiu porque a minha mulher me telefonou, pedindo-me para passar pelo continente e comprar dois frangos crus. pelo sim, pelo não, vou levar a minha lupa, para ver se os galináceos estão efectivamente bem depenados. não quero arriscar desta vez.

lucidez

Miles Raymond: Well, the world doesn't give a shit what I have to say. I'm not necessary. Had. I'm so insignificant I can't even kill myself.
Jack: Miles, what the hell is that supposed to mean?
Miles Raymond: Come on, man. You know. Hemingway, Sexton, Plath, Woolf. You can't kill yourself before you're even published.
Jack: What about the guy who wrote Confederacy of Dunces? He killed himself before he was published. Look how famous he is.
Miles Raymond: Thanks.
Jack: Just don't give up, alright? You're gonna make it.
Miles Raymond: Half my life is over and I have nothing to show for it. Nothing. I'am thumbprint on the window of a skyscraper. I'm a smudge of excrement on a tissue surging out to sea with a million tons of raw sewage.
Jack: See? Right there. Just what you just said. That is beautiful. 'A smudge of excrement... surging out to sea.'
Miles Raymond: Yeah.
Jack: I could never write that.
Miles Raymond: Neither could I, actually. I think it's Bukowsky.

excerto de um diálogo do filme "sideways" (2004), realizado por alexander payne, com o sempre brilhante paul giamatti (miles), thomas haden church (jack), virginia madsen e sandra oh.

quarta-feira, março 04, 2009

o que se ouve por cá


"alpinisms" - school of seven bells

as cartas de amor

(vou começar este post como se tivesse 78 anos. ora, reparem nas primeiras três palavras... ah, e também sou dos poucos bloggers que iniciam um texto com frases entre parêntesis).
no meu tempo, escrever uma carta para a namorada era algo que se fazia com tempo, dedicação e paciência. não era algo que se fizesse em dois minutos, tinham que estar reunidas várias condições: casa vazia, uma música calminha de fundo, uma caneta em bom estado e papel em quantidade suficiente, não fosse a inspiração bater e não haver folhas para a "despejar". depois, o simples facto de se escrever à mão fazia com que nos esmerássemos na letra, na apresentação da carta, na caligrafia e ortografia, tentando não dar erros, porque era sempre complicado apagar e ficava sempre mal um enorme borrão no meio da carta. portanto, havia muita meticulosidade, tanto no que se dizia como na maneira como se escrevia. tudo tinha que sair perfeito, para impressionar a namorada. lembro-me de estar a escrever e de estar, ao mesmo tempo, a tentar imaginar a reacção da pessoa que ia ler aquelas palavras, as sensações que lhe ia arrancar, as lágrimas que ela poderia derramar... sim, eram outros tempos. até a carta ir para o marco de correio passava por várias etapas: dobrar meticulosamente a carta para caber no envelope, escrever com cuidado a morada do destinatário, para ela não ir parar a marrocos, fechar bem o envelope, eu utilizava cola, sempre me dava mais garantias, comprar e colar bem os selos (uma vez os selos descolaram-se, mas a carta foi lá parar na mesma. grandes correios portugueses...) e, por fim, introduzi-la no marco de correio. no final, ficava sempre uma sensação de satisfação, porque sabia que aquelas minhas palavras iriam ser lidas no dia seguinte e que eram, apesar da distância que nos separava, um pedaço de mim que a minha namorada ia receber. depois, era sempre muito gratificante quando vinha a resposta. receber uma carta era um bálsamo, um enorme beijo virtual em forma de envelope que se soltava quando se abria a caixa do correio. lembro-me de guardar bem a carta, preferindo lê-la quando tivesse realmente tempo para me debruçar sobre cada palavra nela incluída. e como me sabia bem ler uma carta da minha namorada, saber que ela tinha tido a mesma dedicação que eu ao escrevê-la e que guardou um pedaço do seu dia para me dedicar umas palavras. sim, eram outros tempos... mas não há muito tempo atrás. tudo isto que eu descrevi até agora passou-se há 15 anos. os meus primeiros anos de namoro foram assim, de carta em carta, até aos encontros ansiados e tantas vezes descritos nas cartas trocadas. e como sabiam tão bem esses reencontros, depois desses autênticos "preliminares" em forma de envelope.
hoje, duvido que ainda se namore assim. depois do telemóvel, sms, internet, messenger, hi5, skype a afins deve ter ficado tudo um pouco mais frio e menos sentimental. já ninguém se deve sentar a escrever uma carta. já ninguém deve comprar envelopes ou selos. agora é tudo por mail, por messenger ou por telemóvel. a preocupação com a caligrafia e a ortografia perdeu-se, aliás até é "cool" junto da malta jovem escrever coisas como "qq", "tb", "bjs" ou "pk", sempre se esconde a verdadeira realidade, que é a de não saber escrever verdadeiramente.
irrita-me que vá acontecer o mesmo com os meus filhos, quando passarem por esta fase. daqui a 10 anos ainda vai ser pior, ou seja, já nem devem existir selos, nem envelopes, nem marcos do correio. as saudades serão mitigadas com mensagens do género "tou xeio de saudds tuas mor", enviadas por telemóvel em cinco segundos, quando há uma nesga de tempo, assim do género de uma ida à casa de banho. se não houver nada para ler enquanto se lá está, leva-se o telemóvel e manda-se a mensagem. assim não se perde tempo valioso.
escrever uma carta, no meu tempo, demorava pelo menos uma hora; agora qualquer mensagem de amor demora um minuto; daqui a 10 anos, durará cinco segundos. será possível medir a intensidade dos sentimentos da mesma forma?
no meu tempo é que era...

terça-feira, março 03, 2009

em piloto automático

caros leitores:
enquanto este blogue não volta ao normal, ou seja, aos textos e reflexões puramente imbecis sobre o quotidiano e a pesca de baleias em alto mar, vou tentando entreter-vos com estes passatempos para tentarem adivinhar as celebridades. já sabem, estão em jogo três pacotes de capri-sonne de maçã e outros tantos queques de laranja da dan cake, cuja validade, infelizmente, acabou em 1992. é basicamente o mesmo que ter convidados em casa e não ter nada no frigorífico para lhes oferecer, nem para beber, nem para comer, a não ser metade de um cachorro e um pacote aberto de batatas fritas. e quando digo aberto vocês chegam facilmente à conclusão de que as batatas estão todas moles e nem estalam quando se metem na boca, tornando-se numa textura dura e muito difícil de mastigar. é que nem amendoins com casca há... nem tremoços. por isso, caros leitores, tenham paciência, sentem-se um bocado na sala, vejam um bocado de televisão, que eu vou só ali ao lado ao mini-mercado comprar alguma coisita para mastigarem. tenham só um bocadinho de paciência. pode ser? olha, até está a dar o "telerural"! porreiro. grandes quim e zé... em relação ao passatempo propriamente dito, os tais snacks, vou dar-vos algumas pistas, isto antes que o ricardo apareça e resolva tudo isto em 3 segundos e leve os capri-sonnes e os queques todos: o actor não é o leonardo di caprio; o cantor não é o andrea bocelli; e a cantora, apesar de se notarem algumas semelhanças óbvias, não é a tracy chapman. pronto, com isto vocês chegam facilmente às respostas. ok? estamos entendidos? vou lá então ao mini-mercado. alguém tem 10 euros que me empreste?

quem é esta cantora?

quem é este cantor?

quem é este actor?

llovizna


Llovizna - Mafalda Veiga

uma pessoa sabe que está realmente mal psicologicamente quando ouve uma música da mafalda veiga e chora como um perdido. "llovizna" é uma música do primeiro disco da cantora, que eu comprei em vinil, e já não a ouvia há uns vinte e tal anos. ouvi hoje e não consigo deixar de a ouvir, apesar de me pôr a chorar em dois minutos. sempre! curiosamente, por estes dias, não suporto a mafalda veiga. mas esta música sempre me "atingiu", o que é que eu hei-de fazer!?

segunda-feira, março 02, 2009

"when harry met sally" - 20 anos


"when harry met sally", realizado por rob reiner, estreou em 1989, com billy crystal, meg ryan, bruno kirby ("You made a woman meow?") e carrie fisher nos principais papéis. 20 anos depois ainda faz parte dos meus filmes preferidos, sendo, certamente, um dos que vi mais vezes até hoje. recordar estes diálogos entre as personagens principais, a viagem de carro até nova iorque, o encontro acidental no aeroporto, as relações falhadas de ambos, o nascer de uma (verdadeira) amizade, apesar da teoria de harry, entre um homem e uma mulher, a noite em casa de sally, o posterior constrangimento, a ruptura e, finalmente, a corrida de harry ao som de "it had to be you", quando finalmente chega a uma conclusão: "I came here tonight because when you realize you want to spend the rest of your life with somebody, you want the rest of your life to start as soon as possible". inesquecível, sem dúvida!

Harry Burns: You realize of course that we could never be friends.
Sally Albright: Why not?
Harry Burns: What I'm saying is - and this is not a come-on in any way, shape or form - is that men and women can't be friends because the sex part always gets in the way.
Sally Albright: That's not true. I have a number of men friends and there is no sex involved.
Harry Burns: No you don't.
Sally Albright: Yes I do.
Harry Burns: No you don't.
Sally Albright: Yes I do.
Harry Burns: You only think you do.
Sally Albright: You say I'm having sex with these men without my knowledge?
Harry Burns: No, what I'm saying is they all WANT to have sex with you.
Sally Albright: They do not.
Harry Burns: Do too.
Sally Albright: They do not.
Harry Burns: Do too.
Sally Albright: How do you know?
Harry Burns: Because no man can be friends with a woman that he finds attractive. He always wants to have sex with her.
Sally Albright: So, you're saying that a man can be friends with a woman he finds unattractive?
Harry Burns: No. You pretty much want to nail 'em too.
Sally Albright: What if THEY don't want to have sex with YOU?
Harry Burns: Doesn't matter because the sex thing is already out there so the friendship is ultimately doomed and that is the end of the story.
Sally Albright: Well, I guess we're not going to be friends then.
Harry Burns: I guess not.
Sally Albright: That's too bad. You were the only person I knew in New York.

Sally Albright: Amanda mentioned you had a dark side.
Harry Burns: That's what drew her to me.
Sally Albright: Your dark side?
Harry Burns: Sure. Why? Don't you have a dark side? I know, you're probably one of those cheerful people who dot their "i's" with little hearts.
Sally Albright: I have just as much of a dark side as the next person.
Harry Burns: Oh, really? When I buy a new book, I read the last page first. That way, in case I die before I finish, I know how it ends. That, my friend, is a dark side.

[Harry and Sally discussing orgasms]
Sally Albright: Most women at one time or another have faked it.
Harry Burns: Well, they haven't faked it with me.
Sally Albright: How do you know?
Harry Burns: Because I know.
Sally Albright: Oh. Right. Thats right. I forgot. Youre a man.
Harry Burns: What was that supposed to mean?
Sally Albright: Nothing. Its just that all men are sure it never happened to them and all women at one time or other have done it so you do the math.

"Harry Burns
: You take someone to the airport, its clearly the beginning of the relationship. That's why I have never taken anyone to the airport at the beginning of a relationship.
Sally Albright: Why?
Harry Burns: Because eventually things move on and you don't take someone to the airport and I never wanted anyone to say to me, How come you never take me to the airport anymore?
Sally Albright: Its amazing. You look like a normal person but actually you are the angel of death".

Sally Albright: Well, basically it's the same dream I've been having since I was twelve.
Harry Burns: Which is?
Sally Albright: Okay, there's this guy...
Harry Burns: What does he look like?
Sally Albright: I don't know, he's just sort of faceless.
Harry Burns: Faceless guy, okay.
Sally Albright: He RIPS off my clothes.
[pause]
Harry Burns: And?
Sally Albright: That's it.
Harry Burns: That's it? Some faceless guy rips off all your clothes, and THAT'S the sex fantasy you've been having since you were twelve?
Sally Albright: Well sometimes I vary it a little.
Harry Burns: Which part?
Sally Albright: What I'm wearing.

Sally: He just met her... She's supposed to be his transitional person, she's not supposed to be the ONE. All this time I thought he didn't want to get married. But, the truth is, he didn't want to marry me. He didn't love me.
Harry: If you could take him back now, would you?
Sally: No. But why didn't he want to marry me? What's the matter with me?
Harry: Nothing.
Sally: I'm difficult.
Harry: You're challenging.
Sally: I'm too structured, I'm completely closed off.
Harry: But in a good way.
Sally: No, no, no, I drove him away. AND, I'm gonna be forty.
Harry: When?
Sally: Someday.
Harry: In eight years.
Sally: But it's there. It's just sitting there, like some big dead end. And it's not the same for men. Charlie Chaplin had kids when he was 73.
Harry: Yeah, but he was too old to pick them up.

Harry Burns: How long do you like to be held after sex? All night, right? See, that's your problem. Somewhere between 30 seconds and all night is your problem.
Sally Albright: I don't have a problem.
Harry Burns: Yes, you do.

Harry Burns: I've been doing a lot of thinking, and the thing is, I love you.
Sally Albright: What?
Harry Burns: I love you.
Sally Albright: How do you expect me to respond to this?
Harry Burns: How about, you love me too.
Sally Albright: How about, I'm leaving.

Harry Burns: I love that you get cold when it's 71 degrees out. I love that it takes you an hour and a half to order a sandwich. I love that you get a little crinkle above your nose when you're looking at me like I'm nuts. I love that after I spend the day with you, I can still smell your perfume on my clothes. And I love that you are the last person I want to talk to before I go to sleep at night. And it's not because I'm lonely, and it's not because it's New Year's Eve. I came here tonight because when you realize you want to spend the rest of your life with somebody, you want the rest of your life to start as soon as possible.