quinta-feira, abril 29, 2010

"core of nature" - midlake

"rulers, ruling all things" - midlake

"bright star", de jane campion


BRIGHT STAR

Bright star, would I were stedfast as thou art--

Not in lone splendour hung aloft the night
And watching, with eternal lids apart,
Like nature's patient, sleepless Eremite,
The moving waters at their priestlike task
Of pure ablution round earth's human shores,
Or gazing on the new soft-fallen mask
Of snow upon the mountains and the moors--
No--yet still stedfast, still unchangeable,
Pillow'd upon my fair love's ripening breast,
To feel for ever its soft fall and swell,
Awake for ever in a sweet unrest,
Still, still to hear her tender-taken breath,
And so live ever--or else swoon to death.

JOHN KEATS

segunda-feira, abril 26, 2010

as prioridades do cotonete

"José Eduardo Bettencourt assistiu ao empate de ontem do Sporting em Leiria durante a festa do 18.º aniversário do Núcleo Sportinguista de London, cidade canadiana a cerca de 200 quilómetros de Toronto, capital da província de Ontário. O presidente dos leões esteve atento até perto do final da primeira parte e vibrou com o golo de Liedson, mas, ainda antes do intervalo, começou a actuação da cantora Mónica Sintra, que lhe roubou uns minutos de atenção (...) Na análise ao encontro frente ao U. Leiria, Bettencourt lamentou as oportunidades falhadas. «Não vi com muita atenção, mas pareceu-me que este resultado é manifestamente injusto, porque os jogadores deram tudo», sublinhou.
(in "a bola", de hoje)

chegamos ao ponto em que até a música pimba de mónica sintra distrai o presidente do clube de assistir aos jogos do sporting. realmente, nem sei o que será, nesta altura, mais vergonhoso: ser apanhado a ver um jogo do sporting ou a assistir a uma actuação de mónica sintra. mas caramba, o homem foi eleito presidente do clube com uma esmagadora vantagem sobre o seu opositor nas eleições do ano passado. o mínimo que se lhe poderia exigir era que visse a equipa a jogar (se é que se pode chamar isso ao que a equipa faz em campo). foram as férias no brasil, na altura crucial da temporada, em que o sporting enterrou toda e qualquer hipótese de salvar a época, as constantes viagens aos núcleos sportinguistas além fronteiras, a contratação de costinha, que caiu em alvalade de pára-quedas, o "vai-não vai" de carlos carvalhal, a indefinição sobre o novo treinador, villas boas "vem-não vem", o caso izmailov, o caso vukcevic (um dos melhores jogadores do plantel estranhamente "encostado" por carvalhal. lá está, não é representado por jorge mendes), os cerca de 50 jogadores que são dados como certos no sporting na próxima época, a contratação de um treinador que pouco ou nada entusiasma os sócios, adeptos e, aposto, os próprios jogadores do clube, a crescente importância de jorge mendes no sporting, que vai fazer com que um dos melhores jogadores da equipa, que não é igualmente representado pelo agente, izmailov, saia no final da época, o penoso arrastamento da equipa pelos relvados neste agoniante final de época. a assistir a tudo isto, josé eduardo bettencourt não parece minimamente preocupado, como se não tivesse sido mandatado pelos sócios para gerir o rumo do clube. diz ele que "ninguém morre por uma época má". pois não, mas o clube vai morrendo aos poucos enquanto o senhor bettencourt ouve mónica sintra cantar "afinal havia outra". e havia mesmo. outra alternativa. chamava-se paulo pereira cristóvão...

quinta-feira, abril 22, 2010

acts of man - midlake



um perfeito exemplo do que é o som dos midlake. "acts of man" é a música de abertura do disco "the courage of others", lançado em fevereiro deste ano.

o que se ouve por cá


pois é, são os tais ciclos. há alturas em que, à falta de melhor, uma pessoa se vira para a música como o fernando mendes para um prato de comida. apetece descobrir novas sonoridades, investigar as letras das músicas, vibrar com uma canção que depois nos fica na cabeça durante dias, como foi (e continua a ser) o caso de "once we walked in the sunlight", dos papercuts, que já coloquei no blogue. antes disso, deste novo ciclo, a minha assolapada paixão, num regresso ao início dos anos 90, pelos cranes. durante duas semanas não ouvi outra coisa. recordar temas como "far away", "future song", "fragile", "flute song", "tomorrow's tears" e "sunrise", bem como descobrir temas que desconhecia, como "paris and rome", todas elas músicas deliciosamente deprimentes, inebriaram-me de tal forma que já ouvia a voz de alison shaw em todo o lado.
lentamente, fui saindo dessa letargia "craniana", que ainda não passou totalmente, e decidi então desbravar caminho, à procura de coisas novas para adorar. o meu guia foi, como costuma ser, o site all music, que indica sempre, em todas as bandas, as influências e os artistas similares. fui por aí. comecei com uma banda chamada rogue wave, com o disco "out of the shadow". músicas simples, de consumo rápido e fácil apreensão. um pouco parecido com bandas como great lake swimmers ou noah and the whale. é bom, sim senhor, mas passados poucos dias já nos enchemos. passei então para os papercuts. apreciador do disco anterior desta banda, "can't go back" (2007), a banda liderada por jason robert quever não defraudou as expectativas no novo registo discográfico, lançado em abril de 2009. "you can have what you want" é o nome do disco, que começa precisamente com a acima referida música "once we walked in the sunlight". melhor arranque seria difícil de imaginar. o all music diz que os "papercuts make the kind of albums that are easy to ignore or write off as simple and unchallenging indie pop". lá está, enquanto os rogue wave nada tinham de "challenging", os papercuts criam ambientes mais intimistas e muito mais eloquentes instrumentalmente. "the smooth textures and gentle surfaces of the production, the breezy melodies of the songs, and the quiet sweetness of jason quever vocals and lyrics don't overwhelm or stand up and demand attention; instead they kind of seep into the pleasure center of your brain if you want them to". sim, e eu quero! e o disco é, de facto, muito bom. e, acima de tudo, é daqueles que não enche imediatamente. ouve-se com satisfação várias vezes. passa, dessa forma, com distinção, o teste da saturação. "quever keeps things pretty obscure and hinted at; he's not beating you over the head with any great statements. again, he's letting the message sneak into your brain quietly and wrapping it in lovely arrangements that would sound good no matter what he was singing about". exactamente.
na apreciação a este disco dos papercuts (a propósito, não se esqueçam igualmente de ouvir, se tiverem para aí virados, o tal disco anterior, "can't go back", que também é muito bom), surge uma comparação com bandas como grandaddy e midlake. como não conhecia esta última banda, decidi investigar. e reparem só na quantidade de bandas que eu aprecio que surgem na lista das bandas similares: shearwater, the flaming lips, fleet foxes, sparklehorse, iron & wine, papercuts e grandaddy. se a minha curiosidade já era grande em relação a estes midlake, então com estas referências todas ainda maior ficou. na discografia aparecem três discos: "bamnan and slivercork" (2004); "the trials of van occupanther" (2006) e "the courage of others" (2010). ouvi os três e, sinceramente, qual deles o melhor?! fiquei imediatamente rendido à potência daquele som e à voz de tim smith, embora as músicas custassem a entrar no ouvido, na mesma medida de "veckatimest", dos grizzly bear. do primeiro disco, o all music diz: "bamnan and slivercork sounds like a group of musicians trying to remake "pet sounds" and "sgt. pepper's lonely hearts club band" with toy instruments on a portable cassette recorder, that is, with even more impressionistic lyrics. it's a pose that requires the listener to be in on the joke. and now that you've been forewarned, you can go ahead and appreciate it for its offbeat charm". no segundo disco, uma clara viagem aos anos 70: "nothing that you'll be singing in the shower for days at a time, but each song goes down smoothly and they add up to make the trials of van occupanther a very pleasant, maybe even exciting in a restrained way, listening experience. you'll certainly find yourself reaching for it more often than you might expect; indeed, it has lasting power that many records that sound so good on first listen lack. midlake might be stuck in the '70s, but they make it sound like the best place on earth". o mais recente disco dos midlake, lançado em fevereiro deste ano, merece a seguinte apreciação: "tim smith and his crew of laid-back balladeers have created another mesmerizing, smoke-filled work of quiet beauty that may not exactly improve on "the trials of van occupanther", but does refine and focus their sound".
em suma, os midlake estão naquela categoria de bandas do género dos grizzly bear. ao início, o som até pode parecer um pouco estranho e custa a entrar no ouvido; mas quando se absorve o conteúdo e se vão, aos poucos, decorando as músicas, o alinhamento e as letras, é muito mais gratificante estes três discos. "challenging" indeed...

quarta-feira, abril 21, 2010

bandits - midlake

van occupanther - midlake



"let me not get too consumed with this world,
sometimes, I just wanna go home
and stay out of sight for a long time"

terça-feira, abril 20, 2010

once we walked in the sunlight - papercuts

Papercuts - Once We Walked in the Sunlight from Yours Truly on Vimeo.

sempre a descer

paulo bento.
carlos carvalhal.
paulo sérgio.
sempre a descer...
depois de terem surgido, como hipóteses para treinar o sporting, nomes como manuel josé, lazlo boloni, domingos paciência, andré villas boas, abel braga, paul le guen, jean tigana, manuel cajuda, scolari e pekerman, o escolhido foi... paulo sérgio. a direcção do sporting parece ter feito uma "birra" e optou por um dos poucos nomes de treinadores que ainda não tinham sido veiculados pela imprensa como hipótese viável para treinar o clube.
analisemos então esta contratação (que eu ainda espero que seja desmentida a qualquer momento): paulo bento orientou o sporting durante 4 anos. antes de o seu modelo de jogo se tornar irritantemente repetitivo, venceu duas taças de portugal e duas supertaças. lançou vários jogadores das camadas jovens (nem sempre com sucesso), deixou fugir alguns deles (varela, por exemplo) e estabeleceu uma relação conturbada com a arbitragem, o que lhe valeu inúmeros castigos. a sua saída acabou por ser natural, tal era o desgaste da sua imagem perante os sócios e adeptos do clube. a equipa jogava mal, a época foi mal estruturada, o plantel era claramente desequilibrado (ainda o é), não admirando que rapidamente o sporting ficasse fora da corrida pelo título. saindo paulo bento, surgiu uma oportunidade para um treinador "pegar" na equipa, começar a lançar bases para a próxima época, de forma a evitar os erros cometidos na preparação desta. depois de muitos nomes aventados, surgiu, um pouco a medo, carlos carvalhal em alvalade. percebeu-se, imediatamente, que a direcção tinha escolhido um homem de transição, alguém que serviria apenas para acabar a época em curso. carvalhal não desperdiçou a oportunidade de orientar um "grande" do futebol português e decidiu aceitar as condições que lhe ofereceram, sabendo, claramente, que a sua saída no final da época seria inevitável. ao longo do "reinado" carvalhal, saiu sá pinto e entrou costinha, o novo director desportivo. chegaram jogadores como mexer (que ainda ninguém viu jogar), joão pereira, pedro mendes e sinama pongolle (este também pouco mais jogou do que mexer). de resto, a inconstância da equipa em termos exibicionais continuou idêntica, a defesa continuou a mostrar a mesma inconsistência, o meio campo só começou a cristalizar com a entrada na equipa de pedro mendes e o ataque foi sobrevivendo à custa da inspiração de liedson, saleiro (quando estava para aí virado) e yannick (que só esteve para aí virado uma ou duas vezes). postiga e pongolle foram, e são, cartas fora do baralho, apesar de o francês ser o jogador mais caro de sempre da história do clube. se paulo bento teve problemas com vukcevic, carvalhal também os teve. stojkovic também não contou para carvalhal. ou seja, o treinador de continuidade fez claramente justiça ao seu epíteto. limitou-se a continuar o trabalho de paulo bento, apanhando, pelo meio, várias goleadas em jogos vitais (fc porto, benfica) e perdendo jogos decisivos para o campeonato (sp. braga), para além das humilhantes derrotas caseiras com união de leiria e académica. portanto, carvalhal fez... o que se esperava dele. nenhum adepto esperaria muito mais de um treinador habituado a orientar equipas do meio da tabela ou que lutam para fugir à despromoção. sai, assim, vergado às suas próprias limitações como treinador. o que ficam são longos sete meses de... nada. sete meses que deveriam ter sido aproveitados para estruturar, preparar e planificar a próxima época, de preferência já com o treinador que iria assumir o comando técnico da equipa nessa próxima época. mas nada disso foi feito...
agora, a três jornadas do final do campeonato, surge o nome do novo treinador: paulo sérgio. ora bem, à primeira vista, as diferenças entre este e carlos carvalhal não são muitas. ambos antigos jogadores, têm quase a mesma idade, sempre orientaram equipas do meio e do fundo da tabela e nunca tinham tido a responsabilidade de treinar um "grande" do futebol nacional. é claro que, agora, podem sempre dizer que jorge jesus também não tinha grande currículo quando chegou ao benfica e agora vai ser campeão. tudo bem, aceito a observação, mas jesus usufruiu de condições que poucos técnicos em portugal alguma vez tiveram, porque contratou quem quis, como e quando quis, o dinheiro nunca foi problema. paulo sérgio não vai ter, de certeza absoluta, as mesmas condições. não vai chegar a alvalade a exigir que lhe comprem o lampard, o messi, o rooney, o vidic, o casillas e o maicon. por isso, e regressando à terra, paulo sérgio vai ter exactamente os mesmos problemas que teve paulo bento, no final do seu "mandato", e carlos carvalhal. ou seja, vai ter que fazer uma rápida "limpeza de balneário", abdicando de "pesos mortos" como caneira, pereirinha, adrien, postiga, polga, tiago, abel, andré marques, grimi e ricardo baptista. por mim, até poderiam englobar neste "pacote" os nomes de saleiro e yannick. dos restantes, fala-se muito das prováveis saídas de miguel veloso, vukcevic e joão moutinho. quem fica então? rui patrício (à falta de melhor), tonel, carriço, joão pereira, pedro mendes, izmailov, matias fernandez, liedson e sinama pongolle. dez jogadores!!! dez!!! o sporting tem, agora, três meses para preparar a próxima época, sabendo que vai haver mundial pelo meio e que terá vários jogadores em competição. por isso, a aposta em paulo sérgio compreende-se apenas por um prisma. é um técnico que conhece bem o futebol português. contratar um treinador estrangeiro nesta altura seria bastante pior. mas, diga-se, existem no mercado, igualmente, vários treinadores que conhecem bem o futebol nacional. muitos deles com currículo superior ao de paulo sérgio. estou a lembrar-me de domingos paciência, por exemplo. a sua vinda para o sporting poderia desbloquear a vinda de alguns jogadores bracarenses para o sporting, como rodriguez, evaldo ou mossoró. assim, com paulo sérgio, só espero que o mesmo aconteça em relação a jogadores como andrezinho, nilson, gustavo lazzaretti e targino. nuno assis e desmarets têm 32 e 30 anos, respectivamente, mas também gostaria de os ver no sporting. afinal, pedro mendes e liedson são dos jogadores mais velhos do actual plantel leonino e são, indiscutivelmente, os melhores.
num mero exercício especulativo, juntando todos estes jogadores, com saídas e entradas no final da época, teríamos o seguinte onze leonino:
nilson; joão pereira, daniel carriço, gustavo lazzaretti e andrezinho; pedro mendes, izmailov, matias fernandez e nuno assis; liedson e sinama pongolle (sim, acredito que ele, na próxima época, vai vingar). no banco teríamos opções credíveis como rui patrício, tonel, grimi (como suplente até se aguenta), desmarets, targino, yannick e saleiro.
resta saber se paulo sérgio terá "pulso" para o elevado grau de responsabilidade que lhe vai ser atribuído na próxima época. carlos carvalhal, ao menos, já tinha a "bagagem" desta época para levar para a próxima. paulo sérgio parte do zero, sabendo que vai ser sempre olhado com desconfiança pelos jogadores. um treinador com outro estatuto, com outra experiência, com outro currículo, espicaçaria muito mais os jogadores. veja-se o que sucedeu com a chegada de carlos carvalhal. o plantel, se já estava de rastos psicologicamente, ainda ficou pior. agora que, pelos vistos, já estavam a começar a ficar habituados a carvalhal, ele sai... e entra outro treinador com poucos créditos. enfim, é mesmo sempre a descer...

segunda-feira, abril 19, 2010

é o apocalipse!...

hélder postiga marcou, MESMO, um golo... juro que não estou a brincar. primeiro golo da época, à 27ª jornada...
amanhã vão começar a chover sapos, de certeza.

cranes


1. far away
2. future song
3. fragile
4. flute song
5. jewel
6. sunrise
7. tomorrow's tears
8. adrift
9. cloudless
10. paris and rome

quarta-feira, abril 14, 2010

far away - cranes



There she goes
Far, far far away
There she goes
And everything she once had is gone
Everything she had, everything she loved
Everything that made her glad
Everything she loved is gone

There she goes, there she goes
And nothing seems to matter now
And all her things are scattered everywhere
And then from nowhere come these tears
Never ceasing, never ceasing
There she goes, there she goes
Once lit a star that shone
Watched 'til it all was gone

sábado, abril 10, 2010

before sunrise


jesse: I feel like this is, uh, some dream world we're in, y'know.
celine: yeah, it's so weird. It's like our time together is just ours. It's our own creation. It must be like I'm in your dream, and you in mine, or something.
jesse: And what's so cool is that this whole evening, all our time together, shouldn't officially be happening.
celine: Yeah, I know. Maybe that's why this feels so otherworldly.

categoria: filmes que vão subindo (ainda mais) na nossa consideração com o passar dos anos.
"before sunrise" (1995). realizado por richard linklater e protagonizado por ethan hawke e julie delpy.

sexta-feira, abril 09, 2010

robin williams ao vivo


o melhor remédio contra depressões e afins. é impossível assistir a este dvd e ficar mais de 10 segundos sem rir. já andava há algum tempo a "namorar" este dvd, hoje comprei-o finalmente. será muito útil naqueles dias sombrios e taciturnos, em que a escuridão ameaça instalar-se. robin williams, esse grande e multifacetado actor, em toda a sua virtuosidade cómica, num regresso, 16 anos depois, ao espectáculo de stand-up. já tinha colocado neste blog alguns excertos deste mesmo espectáculo, retirados do you tube. se quiserem ter uma ideia do que é este dvd, basta escreverem "robin williams" na barra de pesquisa, aqui mesmo do lado direito, e procurarem nas respostas que vão aparecer os referidos clips do you tube. robin williams é impagável, hilariante, magnífico... um dos grandes vultos do humor a nível mundial.

i will sing you songs - my morning jacket



I will sing to you of greater things...
Money, gold, and diamond rings
Just don't make it last any longer than it has to
Stories of the greater things...
Fill your heart and soul with beer (tears)
Just don't make it last any longer than it has to
I will sing to you of greater things...
Money, gold, and diamond rings
Just don't make it last any longer than it has to
Stories of the greater years...
What's in here won't disappear
Just don't make it last any longer than it has to

i came to hear the music - bonnie prince billy



I came to hear the music
I came to hear the sound
The music, God knows it brings me down
A long, long road
From now to then
I know your song
Sing it again

Cause there's so many things I don't believe I understand
How the days turn into weeks, turn into months
The year's become a moment in the ever changing sand
Did God make time to keep it all from happening at once?
All at once

I came to love the music
Before I came to be
To know the music
Before it came to me

A long, long time ago
I dont know when
We sang a song
Along with the wind

And there's so many things I don't believe I understand
Why the days turn into weeks, turn into months
And the year's become a moment in the ever changing sand
Yes, God made time to keep it all from happening at once
All at once

high - the blue nile



I don't wanna wake ya
When ya sleeping so quiet
The motorcycle going by outside
Are we the same?
Caught at the lights
Why are we going home with our lies?

In the bowling alleys
In the easy living
Something good got lost along the way

We could be high
We could be higher
We could be high
Yeah yeah
I wanna make you understand
We could be high

Look at the morning people
Going to work and fading away
Look at the morning people
Going to work and fading away
Why don't we stop the traffic?
Why don't we stop the traffic?
Look at the morning people
Going to work each day

We could be high
We could be high
Yeah yeah yeah
We could be high
Yeah yeah
We could be high
Yeah yeah yeah

In the bowling alleys in the morning papers
Something good got lost along the way
We could be high
Yeah yeah yeah

High
Yeah yeah yeah
We could be high
Yeah yeah
We could be high
Yeah yeah yeah
I wanna make you understand
We could be high
Yeah yeah

helicopter - red house painters



helicopter falls to my calm virgin island
it said i want to show you new clouds
and new sky
from shore to sun
we'll soar like one brave martyr pilot
so that i can know you
outside our cold-winded earth
feel part of your desolate pain
taste what has made you grow
at once with your oddness
you enlighten my slow unnurtured brain
be mine for a day
let your lids shut out that bad focus
to die in a storm
holding you in my last hour
our burning flesh will blow over
some nightmare sea
daylight won't find a trace
where heaven finds us
living eyes won't find a sign
where peace will hear our prayers

quinta-feira, abril 08, 2010

a música coloca tudo em perspectiva


have you forgotten - red house painters
her eyes are underneath the ground - antony & the johnsons
here to go - idaho
helicopter - red house painters
high - the blue nile
holes - mercury rev
i came to hear the music - bonnie prince billy
i gaer - sigur ros
i was a cloud - shearwater
i will sing you songs - my morning jacket
i would never - the blue nile
i'm sorry - red house painters
in the morning of the magicians - the flaming lips

sábado, abril 03, 2010

...

pudesse eu, com um simples toque, restabelecer toda a tua força, oxigenar-te a alma e o corpo, dar-te tudo aquilo que já não terás oportunidade de recuperar. ontem senti-me novamente pequeno ao teu lado. dei-te dois beijos na face, abracei-te, senti a tua agonia, apesar de quereres demonstrar-me que estavas preparado para tudo. eu entendi a tua intenção, não querias que me assustasse ainda mais do que já estava; mas eu não fui assim tão forte, quebrei logo à primeira palavra pronunciada. quando te deixei, assim, daquela forma, mergulhado na impotência da irreversibilidade do momento, senti-me enfraquecer aos poucos, a cada segundo, a cada passo. não consegui, depois, imitar-te na tua imagem de coragem, no teu exemplo de não quereres transformar algo mau em algo ainda pior. ao teu lado, fui filho; ao lado dos meus filhos, fui pai, apenas alguns minutos depois. tu conseguiste aguentar o que sentias; eu não. não consegui disfarçar a torrente de emoções que me inundava. creio que ela sempre esteve cá dentro, juntamente com o galopante medo de perder quem se ama, quem se respeita, quem nos deu tanto, tanto, tanto...
à noite, ao jantar, o lugar que sempre ocupas na mesa estava vazio. só podia estar. aquele que sempre se senta à tua frente na mesa sentiu essa mesma falta. foi então a vez dele ceder e de derramar grossas lágrimas pela tua falta. como eu as entendi. afinal, ele é meu filho e tem sérias dificuldades em esconder o que lhe vai pela alma. foi um jantar de família diferente, tal como vai ser amanhã, dia de páscoa, dia que para mim nunca teve significado algum, para além do facto de significar mais uma reunião familiar à mesa, aquela mesa em que sempre te sentas à cabeceira, com o teu primeiro neto à frente.
pudesse eu resgatar-te dessas quatro paredes, desse teu isolamento forçado, longe daqueles que te amam e que exigem a tua presença. não sendo possível, podes contar com todos nós amanhã, para te levarmos tudo aquilo a que tens direito. se puderes vir para casa connosco, então sim, será o melhor dia de páscoa de sempre!...

"community"


esta série de dan harmon, co-criador do programa "the sarah silverman program", conta com as interpretações de joel mc hale, gillian jacobs, danny pudi, alison brie, donald glover, yvette nicole brown, john oliver (do programa "the daily show", com jon stewart) e o regresso das cinzas de um grande comediante: chevy chase (aqui deliciosamente hilariante). chase já tinha entrado em três episódios da segunda temporada de "chuck" e em dois episódios de "brothers & sisters"; agora, pela primeira vez na sua carreira, aceitou um papel numa sitcom, persuadido pela qualidade dos textos de dan harmon. a série, que em portugal é transmitida pelo canal sony entertainment television, estreou nos estados unidos em setembro, registando bons valores de audiência. antes da sua estreia televisiva, o episódio piloto de "community" esteve disponível durante algum tempo no facebook. inicialmente contratualizada para 22 episódios, a nbc encomendou mais três episódios em janeiro deste ano, esticando a primeira temporada até aos 25 episódios. no início de março, a nbc anunciou que "community" iria ter uma segunda temporada. para saber mais sobre esta série, visite este site. se a quiser ver, passa às sextas-feiras, às 22h45, no sony entertainment television. acreditem que não se vão arrepender de passar os olhos por lá. recomendo vivamente.