sábado, maio 29, 2010

fade out



So this is goodbye,
So this is how you say it
These are the words
It's the voice you're using
It's the picture you've seen

So this is goodbye,
So this is how you say it
This is the time it takes you
Didn't take you a lot, now did it?
Didn't hurt you a lot, now did it?

So this is goodbye,
So this is how you spell it
Where you place it in your mouth
What happens if I didn't hear you?
What happens if it wasn't serious?

Well I was around
Maybe it was you I came to see
Maybe it was you who invited me
I remember your eyes were on me
I remember your eyes were on me

Goodbye

o síndrome miles raymond

falha-se o momento, perde-se a oportunidade... e o mundo avança, sem piedade, sem contemplações. mais uma ruga, mais 134 cabelos brancos, mais uma colecção de frases que deveriam ter sido proferidas em determinado momento mas que só nos surgem horas depois. a vida é construída de pequenos nadas, em que até uma mera palavra, dita no momento exacto e com a respectiva eloquência, pode fazer toda a diferença, seja no emprego, na vida pessoal, familiar ou numa colectividade recreativa e social. até pode ser uma palavra tão simples como "sim", "não" ou "trombocitopenia". a questão é dizê-la quando realmente interessa, quando ela pode fazer toda a diferença. acumular sentimentos, remoer amarguras sem as extravasar, reviver momentos passados ao segundo, analisando todas as palavrinhas, vírgulas e pontos finais, é tão saudável como andar de bicicleta nas minas da panasqueira. por mais "programados" que estejamos para enfrentar determinado momento das nossas vidas, quando ele surge parece que o nosso cérebro ganhou uma aridez nunca antes vista. a lógica é a mesma de um hotel ter um dia semanal de descanso. não há nenhuma lógica que explique como é que se pode estar preparado para algo, às vezes com o diálogo já todo decorado e na ponta da língua, e depois, quando é realmente a valer, ficar petrificado e com as cordas vocais entrelaçadas. o momento está lá, os intervenientes também, mas a conversa programada dilui-se como o pó de uma saqueta de alka-seltzer num copo de água. no final, quando o nosso cérebro recupera do choque e já conseguimos processar novamente o argumento previamente estabelecido, apetece voltar a chamar a pessoa, ou pessoas, para, então, repetir o momento. mas este, quando se perde, nunca volta. é o chamado "síndrome miles raymond" - quem viu o filme "sideways" sabe do que estou a falar. faz lembrar, também, um episódio de "seinfeld", em que george costanza é alvo de chacota no seu local de trabalho, por comer camarões em catadupa e de forma alarve ("hey george, the ocean called; they're running out of shrimp"). na altura, fica sem palavras, mas horas mais tarde lembra-se da resposta perfeita. nos dias seguintes, no escritório, tenta desesperadamente repetir a situação inicial, de forma a poder responder adequadamente ao comentário do seu colega de trabalho. obviamente, apesar de conseguir dizer o que tinha "engatilhado" há dias, o impacto não é o mesmo. os timings, nestas situações, são vitais. george clooney, em "up in the air", é um homem solitário, habituado a viajar de um lado para o outro, sem residência fixa, sem amarras emocionais ou familiares. no entanto, quando começa a vacilar sentimentalmente, por vera farmiga, vai perdendo, sucessivamente, o momento exacto para "oficializar" o que sente, isto apesar de ela lhe dizer que "i am the woman that you don't have to worry about" (e mais tarde saberemos o que ela quis dizer com isto). quando eles se despedem, no aeroporto (where else?), depois de um fim de semana juntos, ela diz-lhe "call me when you're feeling lonely". enquanto ela se vai afastando, ele diz "i'm feeling lonely right now". mas que raio, se nem o george clooney consegue "sacar" um momento destes, que esperança temos nós, a ralé feiosa e totalmente desprovida de charme? mas confesso que gostei de ver, tanto em "500 days of summer" como em "up in the air", duas personagens femininas verdadeiramente independentes a nível emocional e de fortes convicções a nível sentimental: zooey deschanel e vera farmiga.
voltando à terra, cada um de nós é responsável pelos momentos que perde, por todas as frases que não chegou a dizer, pelos "amo-te" que não confessou, os "tens mau hálito", os "já ouviste falar em desodorizante?", ou os "raios me partam se esse decote não é das coisas mais sensuais que eu já vi na vida". em suma, por tudo o que ficou a entulhar o telencéfalo ao longo dos anos. seríamos mais felizes se tivéssemos dito tudo o que nos passou pela cabeça? nunca se saberá... mas, em todo o caso, os momentos já passaram e as oportunidades goraram-se. irreversivelmente.

sexta-feira, maio 28, 2010

mais grizzly bear

as duas primeiras músicas do concerto dos grizzly bear, aqui:
"southern point" e "cheerleader".

quinta-feira, maio 27, 2010

grizzly bear



simplesmente fenomenal o concerto de ontem dos grizzly bear no coliseu de lisboa. excelente som, quatro puros talentos em cima do palco, todos eles com participação vocal e multi-instrumental, um baterista do outro mundo (christopher bear), um público ávido, interessado, conhecedor e participativo, um disco consensual (veckatimest), com cada música a ser recebida em êxtase, a informação revelada a meio do concerto de que iriam estar presentes no "super bock super rock" deste ano, e, no final, a sensação de que se tinha acabado de assistir a um concerto memorável a todos os títulos.

sexta-feira, maio 14, 2010

"It's love, it's not Santa Claus"


"it's official. i'm in love with summer. i love her smile. I love her hair. i love her knees. i love how she licks her lips before she talks. i love her heart-shaped birthmark on her neck. i love it when she sleeps". - tom hansen (joseph gordon-levitt), em "(500) days of summer.

a tradicional história "rapaz conhece rapariga, apaixona-se por ela, que relutantemente se apaixona igualmente por ele e acabam juntos e felizes" é neste filme totalmente desmistificada. como se pode depreender pela citação da personagem masculina, no início deste post, aqui temos um personagem masculino típico das comédias românticas: os mesmos problemas para encontrar a mulher perfeita, as confidências com os amigos, a falta de realização profissional, desgostos amorosos atrás de desgostos amorosos, etc., até encontrar aquela pessoa que ele julga ser "the one" e por quem se apaixona, ao ponto de até se declarar apaixonado pelos seus joelhos. até a "presença" do narrador acompanha a vida e as atribulações de tom hansen, segredando-nos os seus estados de espírito ao longo do filme. depois, no outro lado do ringue, temos summer finn (zooey deschanel), que surge do nada e cai de pára-quedas na empresa onde tom trabalha. refira-se que summer somente aparece no filme ao lado de tom, nunca a vemos como uma pessoa contemplativa, introspectiva ou a desabafar com os seus amigos. por este prisma, digamos que o filme, até pelo título (que em português recebeu uma tradução péssima - 500 dias com verão - como se fosse uma previsão meteorológica), acaba por ser um pouco tendencioso, sempre a fazer valer os argumentos de tom e menosprezando os de summer. o espectador acaba por sentir uma clara empatia por tom, tal como sente por summer no início, mas depois, quando as coisas azedam, é claramente compelido a ficar do lado de tom. isto porque apenas o vemos a ele em profunda depressão e a carpir mágoas sempre que os seus caminhos seguem rumos diferentes. aqui a fragilidade emocional está totalmente na personagem masculina, em contraponto com o aparente distanciamento e alguma frieza da parte dela.
a frescura de summer, totalmente desprovida dos estereótipos das típicas personagens femininas de comédias românticas, pode eventualmente até ser confundida com o que estamos geralmente habituados a ver nas personagens masculinas. ela não procura namorado, não quer ter um apenas por ter, sente-se bem a viver sozinha, e quando tom a questiona, nos primeiros dias, "what happens when you fall in love?", ela responde, "you believe in that?", ao que tom contrapõe com o título deste post: "it´s love, it's not santa claus".
portanto, estamos perante uma comédia romântica unilateral, em que temos uma relação que nasce de pressupostos totalmente antagónicos: ele acha que ela é, definitivamente, "the one"; ela coloca sempre um travão nas intenções dele, dizendo-lhe que não quer assumir qualquer tipo de compromisso, para além do da amizade ("tom, don't go! you're still my best friend") , e que não procura um namorado ou uma relação séria.

tom: "look, we don't have to put a label on it. that's fine. i get it. but, you know, i just... i need some consistency".
summer: "i know".
tom: "i need to know that you're not gonna wake up in the morning and feel differently".
summer: "and i can't give you that. nobody can".

os 500 dias com summer são designados pelo narrador, logo no início do filme, como "this is not a love story, but it is a story about love". efectivamente, é uma história sobre uma paixão de um homem por uma mulher, que, naquele lapso de tempo, passa por variadas fases. fases essas que o vão aproximando cada vez mais da ideia "she's the one", da sensação de ter encontrado a alma gémea e a pessoa que durante anos procurou. e sabemos tudo isto porque, de facto, vemos tudo isso no ecrã, com a ajuda, como se fosse necessária, do narrador, enquanto que, do lado dela, pouco ficamos a saber do que realmente sente. há uma cena chave no filme, que resulta de uma frase que a irmã de tom (chloe moretz), bem mais nova que ele, profere: "look, i know you think she was the one, but i don't. now, i think you're just remembering the good stuff. next time you look back... i really think you should look again". quando ele olha para trás, para o que viveu com summer, assistimos a várias cenas que atestam o nível de empenho de ambos na "relação". e aqui pode sempre surgir a eterna questão: podem duas pessoas ser excelentes amigos mas péssimos namorados? ou então podemos resumir tudo a uma questão de timing emocional e abertura sentimental, em que duas pessoas, atraídas uma pela outra, estão em "sítios" totalmente diferentes no que concerne às suas prioridades imediatas. no caso de summer, isso fica bem provado neste diálogo:

summer: "i woke up one morning and I just knew".
tom. "knew what?"
summer: "what I was never sure of with you".

no final, para tom, fica a certeza de que, a seguir ao verão, vem sempre o outono:
girl at interview: "have i seen you before?"
tom - "me? i don't think so".
girl at interview: "do you ever go to angela's plaza?"
tom: "yes... that's like my favorite spot in the city".
girl at interview: "yeah, i think i've seen you there".
tom: "really? i haven't see you".
girl at interview: "you must not have been looking..."

pois, por vezes, quando estamos realmente absorvidos com uma coisa perdemos dezenas de outras que se passam à nossa volta.

tom: "nice to meet you. my name's tom".
girl at interview: "i'm autumn".

quarta-feira, maio 12, 2010

passagens do dia a dia

acho que uma cena deste género deve acontecer diversas vezes nas igrejas portugueses:

acólito - senhor padre, já alinhou as passagens bíblicas para ler na missa de hoje?
padre - sim, meu filho. só tenho uma dúvida em relação a uma oração...
acólito - que oração?
padre - onze e meia.

atirar pedras? tão pré-histórico...

"Vários meses após a divulgação no YouTube de um vídeo retirado do programa Saia Justa em que Maitê Proença, entre outros actos, cospe numa fonte portuguesa, a poeira parece ainda não ter assentado. A actriz nega que tenha "gozado" ou satirizado o povo português e reitera que adora o seu país irmão. "Eu acho que houve um mal-entendido porque vocês entenderam tudo de uma forma pesada e não foi feito com aquele intuito. Eu achei que podia brincar pelo menos com a minha equipa". Maitê Proença aponta o dedo a quem colocou o vídeo no YouTube, na sua opinião, já com o propósito de arranjar uma polémica. "Aquilo foi parar ao YouTube com um título 'Maitê cospe Portugal', o que induziu as pessoas a pensarem uma coisa que nunca esteve dentro de mim", sustentou. E para quando um regresso ao nosso país? A actriz assegura que não será tão cedo. "O Miguel (Sousa Tavares) sugeriu que eu fosse, ele tem um programa novo, mas eu tenho medo que me atirem pedras. Então eu acho que vou esperar um pouco", concluiu.

in "Diário de Notícias", de hoje.


bem, se a senhora quer mesmo que os portugueses a perdoem, então não devia defender-se... com um novo ataque. "tenho medo que me atirem pedras"? mas quem é que ela pensa que é? a maria madalena? e quem é que ela pensa que nós somos, como país, que nem evoluímos sequer nas armas de arremesso, ao ponto de ainda atirarmos pedras aos nossos supostos inimigos? cara maitê, pode ficar descansada. o povo português vai recebê-la com toda a sua conhecida hospitalidade. no máximo, leva uma das mais significativas imagens de marca de portugal para os brasileiros, a par das anedotas do "português" e das mulheres com bigode: uma boa cuspidela. por isso, escusa de trazer gel para o cabelo...

pergunta difícil

o jornal de notícias de hoje, na sua edição online, lança um inquérito pertinente aos seus leitores. confesso que estou ansioso por saber os resultados.
a pergunta é a seguinte:
quem vence a taça de portugal? fc porto ou desportivo de chaves?
hum... caramba, nem sei como responder, ainda estou indeciso...

a última de uma espécie

esta notícia provoca uma imediata questão:

ainda havia fãs dos UHF em portugal?

"queen of denmark" - john grant

"caramel" - john grant



arrepiante...

sporting A, sporting B e sporting C

ah, como eu gosto de boas notícias quando chego ao trabalho.
entretanto, pela acumulação de nomes avançados pela imprensa, desportiva e não só, o sporting, na próxima época, terá 98 jogadores no seu plantel. todos os dias aparecem novos nomes. só hoje foram quatro: hugo viana e três jogadores da atalanta, recém-despromovido clube italiano: valdes, barreto e garics. segundo o record, costinha, que acabou a sua carreira futebolística naquele clube italiano, está atento a estes seus ex-companheiros de equipa. há dias o jornal "a bola" avançou com o nome de rafael, do hertha de berlin, outro clube que desceu de divisão (portanto, é só jogadores cheios de moral...). ainda esta semana, evaldo (sp. braga) e quaresma (inter de milão) foram insistentemente "colocados" em alvalade.
para além destes ainda há, a começar pela baliza, moreira (benfica), hilário (chelsea), benaglio (wolfsburgo) e nilson (v. guimarães); geromel (colónia), rodriguez (sp. braga), moisés (sp. braga), gustavo lazzareti (v. guimarães), zé castro (dep. corunha), diego ângelo (naval), duda (málaga), andrezinho (v. guimarães), daniel ansaldi (rubin kazan), silvio (rio ave), fábio silva (manchester united); diego souza (palmeiras), nuno assis (v. guimarães), danny (zenit), maycon (paços de ferreira), joão ribeiro (académica), luís aguiar (sp. braga), emir bajrami (elfsborg), nicólas lodeiro (nacional de montevideu), tiago (atlético de madrid), lulinha (estoril), manuel fernandes (valência), wanderson (gais de gotemburgo - que raio de nome para uma equipa de futebol), maurício pereya (nacional de montevideu), senturk (fenerbahce), diego castro (sporting de gijón), carlão (união de leiria), djalma (marítimo), desmarets (v. guimarães), arévalo rios (peñarol), lima (belenenses), cléber santana (são paulo), di santo (blackburn rovers) e valeri domovchiyski (hertha de berlim).
45 jogadores no total! mesmo assim, acredito que nos próximos dias surgirão, pelo menos, mais duas dezenas deles. o que é certo é que o sporting ainda não fez uma única contratação para a próxima época, ao contrário do benfica, por exemplo, que já vai em três... é só dinheiro para aqueles lados...
para além dos esperados reforços, o sporting terá que contar ainda com os regressos à "casa mãe" de jogadores como andré santos (foi totalista na união de leiria), wilson eduardo (muito importante na subida de divisão do portimonense), diogo rosado (rodou no real massamá), rabiu ibrahim (que toda a gente que já o viu jogar considera um prodígio) e andré marques (mas este pode ir embora novamente, nabos para lateral esquerdo já lá temos muitos).
de saída espero que estejam os seguintes jogadores: rui patrício, tiago, ricardo baptista, abel, pedro silva, caneira, mexer, anderson polga, pereirinha, adrien, vukcevic (devido essencialmente a problemas disciplinares), postiga e yannick (a sua intermitência exibicional não se coaduna com um clube com as aspirações do sporting).
jogadores como grimi (como segunda opção para defesa esquerdo), izmailov (se conseguir resolver de vez os seus problemas disciplinares com a direcção do clube) e saleiro (a este não lhe faria mal nenhum "rodar" mais um ano, para ganhar experiência), até poderão ficar no clube, mas se saírem, exceptuando o russo, não deixam saudades.
quanto a vendas, se saírem joão moutinho e miguel veloso, e até daniel carriço, espero que venham jogadores de melhor qualidade para os substituir e não mais "angulos", "farneruds" ou "caicedos".
desta forma, do actual plantel apenas considero vitais os seguintes jogadores: joão pereira, tonel, daniel carriço, pedro mendes, matias fernandez, joão moutinho, miguel veloso, liedson e pongolle (vou dar-lhe o benefício da dúvida, porque de janeiro até ao final desta época não teve oportunidade de mostrar o que vale, devido a lesões e a um complicado problema familiar).
resta saber se, dos 45 jogadores acima citados, vem algum...

terça-feira, maio 11, 2010

perdido por evangeline lilly



fantástico episódio de "lost" hoje à noite, na fox. "the candidate" deixou-nos a clara ideia de que é realmente jack o "escolhido". a comprovar essa tese, o episódio mostrou-nos jack e john locke no sideways, em que o primeiro tenta salvar o segundo. as frases "you have to let go now" (dezenas de vezes pronunciada ao longo da série) e "i can help you", de jack para locke, são reflexos à posteriori de uma luta travada pela liderança da ilha. jack passou a série toda à procura da sua redenção, travou batalhas com ben, sawyer e, agora, o falso locke (o "smokey"), assumindo sempre a liderança nos momentos mais difíceis. na sua balança interior, o bem pesa claramente mais do que o mal. agora resta saber quem jack vai substituir na hierarquia da ilha: jacob ou o man in black? qual deles é o bom? poderá haver uma grande surpresa no final da série, que sempre nos levou a crer que jacob seria o "bonzinho" e o man in black o mau? e onde páram ben, richard e miles? já não aparecem há vários episódios. e desmond? será ele uma das personagens vitais dos últimos três episódios? hoje vimos sayid segredar a jack o sítio onde ele estava e a necessidade premente de chegar até ele antes de locke. e se desmond não é um candidato, por que motivo locke mandou sayid matá-lo? hoje também assistimos à redenção de sayid, não só porque ficamos a saber que ele não matou desmond, como se sacrificou por todos os ocupantes do submarino, levando a bomba consigo. a morte de sun e jin vai directamente para a galeria dos momentos mais pungentes da série, fazendo lembrar a morte de charlie.
a partir de agora, na fox nacional, ficam apenas a faltar três episódios: "across the sea", episódio em que serão finalmente explicados os motivos de locke, "what they died for" e "the end", o último episódio que vai ter meia hora adicional.
como bónus, fiquem com este vídeo, que encontrei "na outra banda", com a bela evangeline lilly a evidenciar toda a sua mestria para contornar a curiosidade de david letterman sobre o final da série.

segunda-feira, maio 10, 2010

convocatória

zé castro? what the fuck???
e serão necessários tantos centrais? ricardo carvalho, rolando, bruno alves, ricardo costa, zé castro e pepe (se bem que este seja utilizado por carlos queirós a trinco). de resto, confesso que não conheço daniel fernandes (mas admito, mesmo assim, que seja melhor que rui patrício e hilário). quanto a ricardo costa e zé castro, um deles certamente não vai à áfrica do sul, desde que pepe se apresente em condições físicas na covilhã. danny pode oferecer mais opções do que joão moutinho, nomeadamente no flanqueamento do jogo. assim, o jogador do zenit vai competir com cristiano ronaldo, nani e simão por um lugar nas alas. no meio campo vamos ter pedro mendes, pepe, raúl meireles, deco, tiago e miguel veloso. três deles serão titulares. assim, eduardo será titular, tendo como substitutos beto e daniel fernandes. no lado direito, aposto na titularidade de paulo ferreira, mais "certinho" do que o imprevisível miguel; no lado esquerdo acontecerá o mesmo: duda dá mais garantias a queirós, nomeadamente no rigor táctico, do que coentrão. em todo o caso, sempre que seja necessário apostar tudo, miguel e coentrão serão alternativas a ter em conta. na zona central, bruno alves e ricardo carvalho serão titulares, dado que pepe, pelos vistos, não entra nestas contas. mesmo assim, o luso-brasileiro estará sempre à frente de rolando, ricardo costa ou zé castro caso alves ou carvalho não possam jogar. no meio campo, a principal dúvida reside na utilização de pedro mendes ou pepe, havendo igualmente miguel veloso para essa posição. os restantes dois lugares serão, em princípio, para deco e raúl meireles (embora nenhum deles tenha feito uma época de "encher o olho"). as alternativas são tiago e miguel veloso. aqui, no meio campo, verifica-se uma lacuna de jogadores em relação à defesa, por exemplo. centrais a mais, médios ofensivos a menos, embora possamos sempre considerar que simão pode fazer a ala direita com paulo ferreira, se queirós optar por jogar em 4x4x2. na frente de ataque, dois jogadores para cada posição: liedson e hugo almeida para o lugar de ponta-de-lança; cristiano ronaldo e danny numa ala; e simão e nani noutra.

dois lados

fantástico como dois programas com a mesma espinha dorsal, com o mesmo número de convidados, ambos com banda musical, com dois humoristas a apresentar e o resultado final... não poderia ser mais diferente. no sábado, farto-me de abrir a boca de sono com o "herman 2010", não chegando sequer a esboçar um sorriso; no domingo, farto-me de rir com o "lado b", de bruno nogueira.
herman josé continua a entrevistar os seus convidados exactamente da mesma forma, ou seja, 70% da conversa é sobre o próprio apresentador e as suas histórias, desde que tocava baixo, até ao teatro, televisão e cantigas, passando pela "pomba gira" e pelo alexandrino. nesse aspecto, bruno nogueira é uma lufada de ar fresco. diz o que quer, quando quer, sem pensar nas consequências e, a meu ver, está totalmente descontraído, tanto na apresentação, como nas entrevistas (a melhorar de programa para programa). se os dois programas fossem um disco, eu só ouviria o lado b...

da televisão para o bar de strip


bolas, o benfica foi campeão. agora nunca mais vamos ficar a saber como é que vai acabar a "novela" sara norte...

relação causa / efeito

Teixeira dos Santos admitiu, esta segunda-feira de madrugada, em Bruxelas, a possibilidade de aumentar os impostos, caso tal seja necessário para consolidar as contas públicas portuguesas, bem como para restabelecer a confiança dos mercados em Portugal.
«Se tiver de ser feito um reforço acrescido da consolidação orçamental, se tiver de haver aumento de impostos, teremos de recorrer a soluções dessa natureza, sendo elas necessárias», declarou Teixeira dos Santos, citado pela TSF, no final de uma reunião dos ministros das Finanças da União Europeia (UE). - na imprensa de hoje

é aproveitar agora, com o país em estado de euforia com a vitória do benfica no campeonato, para lançar as más notícias. ninguém vai ligar mesmo. mas sempre queria ver se o governo anunciaria estas medidas caso fosse o sp. braga a sagrar-se campeão...

sexta-feira, maio 07, 2010

"i wanna go to marz" - john grant



"i wanna go to marz" é o primeiro single do disco "queen of denmark", de john grant.

concordo em absoluto


"One of the most deeply satisfying debut albums of recent times"; "Queen of Denmark transcends the sum of its influences by concentrating on the irresistible appeal of sad yet optimistic love songs, classy arrangements and a dark and handsome croon"; "Yet his debut eschews self-pity and tortured angst for wry snipes at old lovers and the straight world, sci-fi metaphors and soaring testimonies to the impossibility of perfect love. His rich, effortless voice has a built-in smile which contrasts beautifully with Midlake’s elegantly miserable blend of acoustic folk, orchestral classicism and the occasional eerie synth" bbc

"Backed by superfans Midlake, these are songs of impossible love, near-suicide and redemption, with an air of vastness and contemplation recalling Dennis Wilson's masterpiece, Pacific Ocean Blue. With pianos and flutes, songs such as I Wanna Go to Marz and Where Dreams Go to Die combine a surreal, David Lynch, sideways look at capitalist America with choruses most artists could only dream about"; "the emotionally wringing ballads – the witheringly honest Queen of Denmark and Jeff Buckleyesque Caramel – most suggest a man whose time has come". guardian

"Heralding the return of John Grant after the demise of his former band The Czars left him contemplating suicide, ‘Queen…’ sees him back on top form and teaming up with labelmates Midlake. Wry tales of personal redemption from an artist who has dealt with his own demons of depression and addiction are backed up by Midlake’s familiar ’70s soft-rock style, which has been tuned to its most dreamy. Brilliant lead track ‘TC & Honeybear’ is a mellow pop/folk swoon with a celestial soprano vocal, throughout which Grant’s effortlessly smooth baritone provides a perfectly rich, bittersweet counterpoint to the sparse piano and delicate flute and strings backing".
nme

"After four albums fronting American indie band The Czars with scant commercial success, John Grant effectively abandoned music until Czars fans Midlake insisted he record at their Denton, Texas studio. The results, a near-perfect marriage of his warm baritone with their lush woodwind and keyboard textures, bring to tender life Grant's tales of growing up gay in the midwest. There's a delicate, melancholic tinge to torch-songs such as "Where Dreams Go To Die", while a childhood of hurt is cauterised in "Silver Platter Club" by a Beatle-ish arrangement of prancing piano and poignant French horn"; "On the album's best track "I Wanna Go To Marz", cyclical piano, gentle flute and acoustic guitar sugar-coat Grant's list of sweetshop memories, evoking the warm embrace of teenage yearning". the independent

"Queen of Denmark is a stunning piece of work and it confirms John Grant as a brilliant lyricist and vocalist. This is an album that deserves a place alongside this year’s best". the line of best fit

"
Much of the material is so soul searchingly personal it’s almost embarrassing to listen to. In less talented hands this could be a problem. In Grant’s it’s addictive. He knows he’s an idiot for doing the things he’s done, saying the things he’s said, and displaying the weaknesses he has (“You know I would do anything/To get attention from you dear/Even though I don’t have anything that I can bargain with”). Where Dreams Go To Die, the song that contains that line, is probably the best example of Grant’s inner conflict with the needy loser in love and his cynical, fiercly intelligent alter ego. You can almost hear them arguing";
"
Ultimately, after the final, single piano note on Queen Of Denmark’s title track fades, one is left feeling rewarded. Full. Satisfied. Reassured that, in John Grant, there are still artists who value the emotional impact of music, both lyrically, where this is honest, heartbreaking and funny as hell, and musically, where the listener is taken on a ride of great variety, abundant melody and virtuosic musicianship. I’m full but I want more".
sputnik music

"
Everyone has a favorite band or singer they reckon is subject to criminal neglect. That John Grant’s effortlessly rich, expansive baritone, couched in typically heartbreaking, lush melody, hasn’t found a wider audience many would consider a crime. But no longer. Because Grant’s first solo album is so undeniably great that the world will surely listen";

"It's a record of gravitas and grace, of FM melody magic laced with raw emotional bleeding. It asks why relationships are roulette and love is hell in a last-ditch attempt at self-improvement and atonement after years of alcohol and cocaine dependency. And on top, to further the album’s brilliance, Grant’s backing band on the album are Bella Union label-mates MIDLAKE, contributing their most empathic ‘70s-style soft-rock know-how. Put simply, “Queen Of Denmark” is the record Grant’s been waiting his whole life to make"
bella union

"where dreams go to die" - john grant

john grant


john grant era a portentosa voz por trás dos the czars, autores de um dos melhores discos da década passada: "the ugly people vs. the beautiful people", para além de outros assinaláveis trabalhos, como "goodbye" e "before... but longer".
"queen of denmark" é o seu primeiro registo a solo, para o qual contou com a colaboração dos midlake. mais um disco para descobrir (e com as expectativas bastante elevadas).

concerto de sonho



a acompanhar os midlake na actual digressão pelos estados unidos vai estar... jason lytle, ex-vocalista dos grandaddy e responsável por um dos melhores discos do ano passado, "yours truly, the commuter". lytle, segundo o seu site, está actualmente a trabalhar no seu segundo disco a solo. cá esperamos ansiosamente por ele.
um concerto com midlake e jason lytle seria... surreal. pena que, na europa, sem lytle porém, só tenham marcado concertos para a irlanda, inglaterra, suécia e alemanha, em junho e julho. mesmo assim, alguém quer dividir um comboio comigo?

quinta-feira, maio 06, 2010

richard hawley


música para o fim de semana: "lady´s bridge", "late night final" e "truelove's gutter", este último o mais recente disco de richard hawley, a que pertence a fantástica música "open up your door", que coloquei em vídeo no post anterior. "cole's corner" já conhecia e aqui lhe prestei, na altura em que o descobri, a devida reverência, mas vou aproveitar para recordar. a voz de richard hawley é, de facto, meio caminho andado para se gostar imediatamente dos discos. é uma daquelas vozes que até resultaria em disco se ele resolvesse cantar receitas culinárias da nigella lawson ou bulas de medicamentos.

"open up your door" - richard hawley



Open up your door
I can't see your face no more
Love is so hard to find
And even harder to define
Ooh open up your door
Cause we've time to give
And I'm feeling it so much more
Open up the door
Open up your door

Open up the door
I can't hear your voice no more
I just want to make you smile
Maybe stay with you a while
Ooh open up your door
Cause we've time to give
And my feelings aren't so obscure
Open up the door
Open up your door

So open up your door
Cause we've time to give
And I'm feeling it so much more
Open up your door
Ooh open up your door
Love is so hard to find
And even harder to define
Ooh open up your door
I've never been so sure
Ooh open up your door
Open up the door

nomeados


os midlake foram nomeados como "best live act" pela revista mojo, para a edição deste ano dos "mojo honours". para além dos midlake foram igualmente nomeados para esta categoria os kasabian, rufus wainwright, florence and the machine e os arctic monkeys. para melhor disco do ano foram indicados "west ryder pauper lunatic asylum", dos kasabian, "truelove's gutter", de richard hawley, "have one on me", de joanna newsom, "lungs", dos florence and the machine, e "wake up the nation", de paul weller. na categoria "breakthrough act" estão nomeados john grant (o vocalista dos fabulosos the czars, agora a solo), the jim jones revue, florence and the machine, the low anthem e mumford and sons.

mundial à porta

eis a lista dos 50 jogadores pré-convocados por carlos queirós para o mundial 2010:

Atlético Madrid: Simão Sabrosa e Tiago;
Benfica: Carlos Martins, César Peixoto, Fábio Coentrão, Nuno Gomes, Quim e Ruben Amorim;
Chelsea FC: Deco, Hilário, Paulo Ferreira e Ricardo Carvalho;
Inter de Milão: Ricardo Quaresma;
Colónia: Maniche e Petit;
FC Porto: Beto, Bruno Alves, Miguel Lopes, Raul Meireles e Rolando;
FC Zenit: Danny e Fernando Meira;
Iraklis FC: Daniel Fernandes;
Kayserispor: Makukula;
Lille SC: Ricardo Costa;
Málaga: Duda;
Manchester United FC: Nani;
PAOK : Edinho e Vieirinha;
Deportivo da Corunha: Zé Castro;
Real Madrid: Cristiano Ronaldo e Pepe;
Valladolid: Pelé e Sereno;
Saragoça: Eliseu;
SC Braga: Eduardo e Hugo Viana;
Sporting: Daniel Carriço, João Moutinho, João Pereira, Liedson, Miguel Veloso, Pedro Mendes, Rui Patrício, Tonel e Yannick;
Toulouse: Paulo Machado;
Valencia : Miguel;
Vitória de Guimarães: Nuno Assis;
Werder Bremen: Hugo Almeida.

sabendo que, no final, só ficarão 23 jogadores, que serão anunciados pelo seleccionador na próxima segunda-feira, dia 10 de maio, façamos então um exercício especulativo no sentido de retirar desta lista os 27 jogadores excedentários:
césar peixoto; makukula; paulo machado; yannick; daniel carriço; eliseu; pelé; sereno; hugo viana; zé castro; edinho; vieirinha; miguel lopes; maniche; petit; nuno gomes; quim; ruben amorim; daniel fernandes; ricardo costa; hilário; fernando meira; danny; joão pereira; quaresma; tonel; nuno assis (com muita pena minha).

sendo assim, serão estes, a meu ver, os jogadores convocados para o mundial 2010:
guarda-redes:
eduardo, rui patrício e beto
defesas:
miguel, paulo ferreira, fábio coentrão, duda, rolando, bruno alves, pepe, ricardo carvalho.
médios:
pedro mendes, tiago, raúl meireles, miguel veloso, joão moutinho, deco, carlos martins.
avançados:
cristiano ronaldo, simão, liedson, hugo almeida, nani.

sporting (5); benfica (2); fc porto (4); at. madrid (2); chelsea (3); real madrid (2); werder bremen (1); manchester united (1); valência (1); málaga (1); sp. braga (1);

carlos queirós nunca foi homem de muitas surpresas, não acredito que a lista ande muito longe desta que aqui deixei. pepe é a grande incógnita desta convocatória, porque não estará ainda totalmente restabelecido da sua lesão e está sem jogar há alguns meses, mas acredito que será convocado na mesma. daí ter incluído mais três defesas centrais na minha lista, para salvaguardar a menor disponibilidade de pepe. caso o luso-brasileiro não seja convocado, creio que o central chamado para o substituir será tonel.
aqui chegados, resta-me alvitrar qual será o onze titular de portugal, que está a pouco mais de um mês de entrar em competição na áfrica do sul:
eduardo; paulo ferreira, bruno alves, ricardo carvalho e duda (por clara insistência de queirós, que tem fábio coentrão em grande forma, mas este não vai ser titular, tenho a certeza); pedro mendes; deco e raúl meireles; cristiano ronaldo, simão e liedson.