terça-feira, junho 26, 2007

dois dias!

numa altura destas, ter direito a dois dias de férias é... um luxo! está um calor tremendo, a exigir praia ou piscina. amanhã terei esse pedido do calor na devida conta. na quinta vou fazer uma caminhada com o meu filho, com direito a mochila com merenda e tudo. são dois dias apenas, mas vão ser bastante preenchidos. as outras férias, as maiores, serão apenas em agosto, com o resto da família. para já, dois dias, que vão saber muito bem, sobretudo depois de todo o desgaste das últimas semanas.
até sexta!

retalhos de um romance

N - ainda achas que nós teríamos futuro juntos?
A - acho, eu entendo que foste tu que tiveste medo de ser feliz comigo.
N - mas já viste o que poderíamos ter perdido se não resultasse?
A - hoje, em vez de grandes amigos, seríamos um casal perfeito.
N - não digas isso. as coisas resultam bem porque apenas estamos juntos uns momentos, não mais do que isso. quando estivessemos sempre juntos, de manhã à noite, ficaríamos sem assunto, entediados. e eu não sei se sobreviveríamos a isso.
A - mas porque é que nunca tentámos?
N - porque acho que, a nível afectivo, nunca sentimos o mesmo um pelo outro. eu nunca consegui atingir o teu patamar de ilusão, imaginar outro cenário que não este, aquele que vivemos.
A - nunca imaginaste mais do que isto? caramba, tu não tens namorado há anos, vives sozinha, tens poucos amigos. seria assim tão complicado "arranjares" um espaço para mim na tua vida?
N - com o tempo fui aprendendo a dar valor à minha liberdade, ao meu espaço, sem ninguém a controlar o que faço com o meu tempo, a perguntar-me o que estou a pensar, a "escravizar-me" emocionalmente. tu sempre fizeste parte da minha vida, vieste sempre que precisei de ti, estiveste ao meu lado quando o meu pai morreu, ajudaste-me a ser forte, fizeste-me rir quando só me apetecia chorar. que hei-de dizer mais? és o meu rochedo.
A - no entanto, não posso deixar de sentir uma certa amargura por nunca me teres considerado sequer para outro tipo de papel na tua vida.
N - mas tu és meu amigo, haverá papel mais importante do que esse?
A - e se um dia abdicares dessa tua liberdade por alguém? uma outra pessoa, que não eu? vou ficar de rastos, vou assumir que não tinha os argumentos necessários para te conquistar, para que te apaixonasses por mim. não sei se saberei lidar com isso.
N - pode acontecer, não digo que não. até agora nunca me deixei dominar pelos meus sentimentos nem pelos sentimentos dos outros. ainda me sinto um mustang, um cavalo selvagem que ainda ninguém conseguiu domar verdadeiramente. acho que não fui feita para estar parada, quero correr, voar, navegar, ver o mundo, sentir o vento a despentear-me os cabelos, a chuva a escorrer-me pelo corpo, eu sei lá. tudo! acho que ainda não vivi nada do que queria ter vivido.
A - então também é por causa disso tudo que nós nunca poderíamos ter ficado juntos?
N - também. nós somos diferentes. desenhamos futuros diferentes. juntos, acabaríamos por atrapalhar o desenho um do outro e, provavelmente, acabaríamos por apagá-lo.
A - dito dessa forma, até parece que foi uma sorte nunca te teres apaixonado por mim...
N - é, foi uma sorte.

(continua)

segunda-feira, junho 25, 2007

400 posts


quatrocentos textos, onde a lógica nem sempre imperou...

abençoada chuva!


quando começa a chover, durante o torneio de ténis de wimbledon, o que acontece muito frequentemente, os jogos são interrompidos, obrigando à cobertura imediata do court. o que se torna aborrecido para público, jogadores e árbitros, transforma-se no melhor momento do dia... para outros elementos. o empenho é tanto (reparem no segundo tipo a contar da direita) que quase cobriam também a maria sharapova.

sexta-feira, junho 22, 2007

reprise

ainda no mesmo espectáculo na broadway, robin williams fala sobre nova iorque, o verão, o calor e os seios. a divagação sobre o silicone é particularmente engraçada (especialmente a comparação com os nazis). "these are not like the tits in vegas, where even god goes: "i did not make those".

divirtam-se e bom fim de semana!

video cómico do dia

mais uma grande referência humorística: robin williams. neste trecho de um espectáculo de stand up, "live on broadway", robin williams disserta sobre o viagra e simula um orgasmo masculino em palco. hilariante, no mínimo!

talk talk

os talk talk, mítica banda dos anos 80, numa actuação em salamanca, em 1986, interpretando uma das suas melhores músicas, a divinal "tomorrow started". mais uma preciosidade encontrada no you tube, onde há, infelizmente, poucos registos sobre esta subestimada banda.

viseu


Qualidade de Vida
Viseu é a melhor cidade para se viver em Portugal

O presidente da Câmara de Viseu disse hoje que, quando a cidade surge no topo das urbes portuguesas com melhor qualidade de vida, isso «é mais um desafio» que uma razão para «adormecer à sombra dos louros».


Comentando um estudo da Deco, cujos primeiros resultados foram conhecidos quarta-feira, Fernando Ruas disse à Agência Lusa que «olhar para estes resultados faz bem ao ego» dos viseenses, porque se tem conseguido criar «condições para que os cidadãos possam viver com qualidade». No entanto, o autarca enfatiza que «há sectores onde existe uma margem para evoluir de forma significativa», mas aponta que nestes sobressaem aqueles em que a «responsabilidade é da administração central», como são os casos da saúde e dos transportes. O estudo da Deco vai ser publicado na revista Proteste de Julho/Agosto e emerge de um inquérito que abrangeu 18 capitais de distrito do continente, com o emprego, a segurança e o combate à criminalidade, o acesso a cuidados de saúde e a habitação a serem os factores que mais influenciaram a satisfação dos inquiridos com o local onde vivem. O inquérito foi também realizado em Espanha, Itália e Bélgica, num total de 76 cidades, incluindo as portuguesas. No ranking total, o melhor lugar de uma cidade portuguesa foi para Viseu, que ficou em 17º, e o pior para Setúbal - que a par de Lisboa e Porto são as menos bem colocadas no país -, no lugar 74º, precedida apenas por Nápoles e Palermo, em Itália. O autarca faz questão de sublinhar o «honroso» 17º lugar de Viseu no universo das 76 cidades europeias inquiridas, muitas em países «com outro dinamismo e poder económico», e aproveita ainda para lembrar que, «apesar destes resultados», ainda há quem «continue a dizer mal da cidade», num claro recado para a oposição.

in "sol", de sexta-feira, 22 de junho de 2007.

quinta-feira, junho 21, 2007

cowboys and angels

categoria: músicas inesquecíveis. "cowboys and angels", de george michael, responsável por muitas das melhores baladas das décadas de 80 e 90. "careless whisper", "where did your heart go", "one more try", "father figure", "tonight", "praying for time", "mothers pride", "kissing a fool", "jesus to a child", "you have been loved"... escolhi esta música por ser justamente a minha preferida delas todas, a música mais emblemática, para mim, do talentoso george michael. o vídeo é todo ele feito com imagens do filme "sleeping beauty", de bernardo bertolucci, com liv tyler no principal papel, rodado na toscânia, em itália. jeremy irons e rachel weisz também faziam parte do elenco. que dizer mais? belas paisagens da fascinante toscânia, excelente fotografia, um realizador conceituado, todo o esplendor de liv tyler e a música, inebriante, de george michael. tudo em sete minutos e quinze segundos.

descansar!


a minha semana das tormentas acabou hoje. apetece-me descansar, tão somente. e ouvir, em fundo, esta música triunfal e épica dos explosions in the sky, chamada "first breath after coma".


jim carrey

o impagável jim carrey imita o canastrão david caruso em "csi miami", o tal tipo que aparece em todas as cenas sempre de lado, nunca de frente, fala sempre no mesmo tom de voz e tem sempre um cliché na ponta da língua para acabar todas as cenas em que entra.

o clássico do dia

"purple rain", de prince. incontornável clássico dos anos 80. não cansa ouvir isto!

música mais dançável de sempre?

a minha música predilecta para acabar com neuras e afins: "get it on (bang a gong)", dos powerstation. robert palmer canta magistralmente e cada um dos outros membros tem o seu momento na música: john taylor, no baixo; andy taylor, na guitarra eléctrica; e tony thompson na bateria (e que bateria!). a música contagia verdadeiramente, tem uma energia galopante e acaba imediatamente com as más disposições e depressões. experimentem ouvir isto com o som bastante alto. refira-se ainda que dois destes quatro elementos já não estão entre nós, palmer e thompson.

tanita tikaram

uma das minhas grandes paixões nos anos 80: tanita tikaram. fui assistir, em 1991, no pavilhão carlos lopes, em lisboa, ao concerto dela, naquele que foi o meu primeiro concerto. comprei, religiosamente, os primeiros três discos da cantora, ainda em vinil. fui depois perdendo o interesse, à medida que a qualidade dos seus trabalhos foi diminuindo. mas o seu primeiro album, "ancient heart", que já tenho em cd também, marcou uma era na minha vida. para além desta música, "cathedral song", continha ainda outras como "twist in my sobriety", "the world outside your window" e, principalmente, "for all these years", uma música que passou centenas e centenas de vezes no meu gira-discos. ah, já me esquecia de dizer que eu achava a menina tanita tikaram especialmente agradável à vista... digamos que fazia o meu género. mas depois cortou o cabelo, exageradamente curto segundo a minha opinião, e perdeu a piada quase toda. este vídeo ainda é dos seus tempos áureos, tanto musicalmente como visualmente.

quarta-feira, junho 20, 2007

obra de arte!

música e vídeo, ambos merecem ser definidos como "obra de arte". "stret spirit (fade out)", do fabuloso disco "the bends", editado em 1995, dos radiohead. já por várias vezes manifestei o meu desejo, ainda não lavrado em testamento, de ser esta a música do meu funeral, em repeat. espero que não me lixem e não coloquem antes o "y.m.c.a.", dos village people...

the sundays

uma banda que marcou e muito os meus anos 90: the sundays. podia escolher várias músicas para ilustrar com som e imagem esta evocação, como "here´s where the story ends", "my finest hour", "when i'm thinking about you", "goodbye", "medicine", "blood on my hands", "monochrome" ou "i feel fine". acabei por escolher "wild horses", do album "blind", de 1992.

crushed

cocteau twins novamente. "crushed" pertence à compilação "lonely is an eyesore", da 4AD. e meu deus, que final tão apoteótico...

cocteau twins

a homenagem deste cantinho a uma das melhores bandas musicais de todos os tempos: os cocteau twins. a música pertence ao disco "four calendar cafe", de 1993, e chama-se "evangeline". uma voz como a de elizabeth fraser nunca mais se esquece...

anos 80 vintage

clássico dos anos 80: "more than this", dos roxy music. o filme "lost in translation" atribuiu-lhe ainda maior significado. excelente música!

the dress

a minha música preferida do disco "23" dos blonde redhead: "the dress". o teledisco não é oficial, trata-se de um trabalho de mike mills inspirado pela música. em todo o caso, é tão pungente como a música.

dedicatória



música dedicada a joe berardo, esse grande "pato bravo"!

terça-feira, junho 19, 2007

guilty pleasure



chove bastante lá fora. está um autêntico dia de inverno, quase no início do verão. o guarda-chuva há muito que estava arrumado, aguardando pelo outono. por culpa do tempo que faz e desta viciante música da rihanna, que se farta de liderar tops por esse mundo fora, o guarda-chuva está em alta, completamente fora de estação. diga-se que embirrei com a música na primeira vez que a ouvi, mas depois de tanto a ouvir... comecei a gostar. tem umas reminiscências do som dos anos 80, misturado com o r&b actual. para completar o ramalhete, a rihanna é uma preciosidade em termos visuais. comparações com a beyonce não faltam, tanto em termos vocais como de postura em palco, sensualidade e exotismo. nasceu a 20 de fevereiro de 1988, em barbados, e já tem três discos editados. em 2006 venceu o mtv europe music award para "best r&b artist" e o billboard music award para "female artist of the year".

nesta semana chuvosa, não somos nada sem o "umbrella".

sexta-feira, junho 15, 2007

eu... pintado


quadro oferecido a este blog. basicamente, esta é a forma como me pintam. obrigado!

fim de semana no campo


pronto, chegou o fim de semana. um tipo olha para esta foto e só pode ansiar pelo campo, pelo ar limpo e puro, pela verdura. fica-se imediatamente imbuído num espírito bucólico, de regresso às origens, do cheiro a relva, das tropelias infantis, da roupa que mudava de cor (geralmente para verde), da liberdade, da despreocupação. nessa altura o tempo passava devagar, não havia ainda aquela urgência do dia seguinte, dos compromissos, dos horários a cumprir. a brincadeira só acabava quando o sol se ia deitar. olhamos para a foto e apetece-nos voltar a viver estas emoções novamente, voltar à infância, ser pequeninos outra vez, brincar com uma bola, jogar às escondidas, correr, correr, correr... sempre, porque naquela altura não havia placas a dizer "por favor, não pise a relva", não havia restrições, impedimentos, apenas os pais nos interrompiam, de vez em quando, para nos mandar comer.
os meus primeiros verões foram assim, em goje, pequena aldeia do concelho de penalva do castelo, com os meus primos. hoje, não me importava de voltar para lá e fazer tudo igual. então se lá estivesse a marisa miller, ainda era melhor...

kate beckinsale


bem, isto hoje parece o blog e deus criou a mulher...
kate beckinsale, é impossível ver um filme com ela e não ficar "derretido" com a sua beleza. nasceu em inglaterra, em 26 de julho de 1973. os seus filmes mais conhecidos são "pearl harbor" (2001), "underworld" (2003) e "van helsing" (2004). no entanto, o seu nome já andava a pairar na minha cabeça desde 1993, quando se estreou no cinema, num filme de kenneth branagh chamado "much ado about nothing", ao lado de grandes nomes como denzel washington, keanu reeves, michael keaton, robert sean leonard e emma thompson. os seus trabalhos seguintes são maioritariamente telefilmes e filmes independentes (onde se destacam "the last days of disco" e "shooting fish"). em 1999 fez o seu primeiro filme americano, "brokedown palace", com claire danes e bill pullman. mas foi apenas em 2001, e ainda antes de "pearl harbor", o filme que a consagrou, que se deu o meu reencontro com kate beckinsale. ela protagonizou uma comédia romântica, chamada "serendipity", ao lado de john cusack, e conquistou decididamente o seu lugar de destaque nas minhas preferências.
depois do sucesso de "pearl harbor", papel que lhe veio parar às mãos depois de charlize theron o ter recusado, a actriz inglesa passou a ser muito mais solicitada. entrou em "the aviator", de martin scorsese; "criou" o seu próprio franchise com os filmes "underworld"; e protagonizou, com hugh jackman, o filme "van helsing". no ano passado, em "click", com adam sandler, kate beckinsale surgiu deslumbrante e eu voltei a ficar "apanhado", tal como aconteceu em "serendipity".
para a actriz, nos próximos tempos, estão previstos quatro filmes: "snow angels", com sam rockwell; "vacancy", com luke wilson; "whiteout", com gabriel macht; e "winged creatures", com forest whitaker, guy pearce, jeanne tripplehorn, embeth davidtz, jennifer hudson, dakota fanning, denzel washington e cameron diaz.

holly mother


gosto muito também desta mulher: holly valance. nasceu em auckland, nova zelândia, em 1983, mas rapidamente se mudou para a austrália, onde, aos 16 anos, tentou a sorte como actriz, na série televisiva "neighbours". deve ter agradado de tal maneira aos produtores da série que ficou lá 3 anos. em 2002, e seguindo as pisadas de kylie minogue, uma década antes, apostou numa carreira musical, onde chegou a ter um relativo sucesso, especialmente com a música "kiss kiss", que tinha um teledisco de fazer corar o sá leão. com o esmorecer da sua carreira musical (o primeiro disco vendeu muito bem, mas o segundo foi uma miséria), em 2004 voltou-se novamente para a interpretação, entrando em várias séries como convidada, como csi miami, entourage e csi new york; entrou igualmente na série "prison break", nas duas temporadas, interpretando nika volek, a sensual amiga de michael scofield (wentworth miller). actualmente, parece decidida a apostar na carreira cinematográfica. já participou em filmes como a comédia "pledge this!", ao lado de paris hilton, e "d.o.a.", uma adaptação do popular jogo de vídeo "dead or alive". em março começou a rodar, em paris, o novo filme de luc besson, "taken", ao lado de liam neeson. portanto, parece que vamos ter actriz. só é pena ter deixado para trás a carreira de cantora, sobretudo pelos telediscos...

vanessa hudgens


onde é que andava esta linda moça quando eu era adolescente? no meu tempo tinhamos a samantha fox, a sabrina ("boys, boys, boys), a sandra ("maria magdalena"), a kim wilde (hum... a kim wilde). agora, o meu filho, ao assistir diariamente ao canal disney, tem o privilégio de ver, no "high school musical", esta moça de esplendorosa beleza. ele já estranhou esta minha recente apetência para ver o canal disney com ele... não me questionem sobre a idade dela, para o caso é irrelevante. só sei que é extremamente agradável à vista. daí este meu post.

quinta-feira, junho 14, 2007

xau, adeus e até amanhã

1. "até amanhã".
2. "até amanhã, se deus quiser"
3. "até amanhã, se deus quiser e a saúde o permitir"
4. "até amanhã, se deus quiser, a saúde o permitir e o destino aprovar"
5. "até amanhã, se deus quiser, a saúde o permitir, o destino aprovar e o alinhamento planetário e cosmológico assim o defina como tal".

o hábito de ir esticando as frases habituais, do dia-a-dia, já vem de longe. nas despedidas isso ainda é mais evidente. um simples "adeus" já não é suficiente por estes dias, para além de ter uma conotação muito "definitiva", terminal mesmo. por isso, passou a utilizar-se mais o "xau", à italiana. "xau" é jovem, é descontraído, é uma despedida na desportiva, no relax, tipo "vais-te embora mas eu estou a lidar muito bem com isso e quando o comboio desaparecer do meu horizonte não vais passar de uma mera lembrança"; ao contrário do "adeus", que é um drama pegado, do género "ó meu deus, e agora, tu vais embora, vais desaparecer da minha vida; será que te volto a ver algum dia? será???" (três pontos de interrogação para aumentar o grau de dramaticidade). mas o "xau", às tantas, cansou, era muito curto, muito rápido. então veio o "xauzinho", mais queriducho, mais ternurento, que já indiciava alguma preocupação e carinho pela pessoa que se afastava: "xauzinho amor, prometo que vou regar as plantas, dar de comer aos nossos gatos e beijar a tua foto todos os dias". os machões começaram então a embirrar com o "xauzinho" (se o "xau" para eles já era fatela e pouco masculino, como o nuno eiró e o daniel nascimento, o "xauzinho" era um josé castelo branco). então vieram derivados como "see you later aligator", logo seguido do indispensável "after a while crocodile"; o enigmático "então vá"; o sempre popular "até logo" e o inevitável prolongamento "até loguinho"; o hispânico "adiós"; o anglo-saxónico "goodbye", que os cómicos aproveitam para juntar o sempre hilariante (tou a brincar, claro) "que eu goodfico". mas o mais utilizado, em utilização diária, é mesmo o "até amanhã", porque estamos a assumir que vamos voltar a ver a pessoa com quem estamos a falar no dia seguinte. mas, como no início deste post se pode constatar, também aqui há "pano para mangas", ao ponto de uma pessoa ficar, por vezes, uns bons 20 minutos a despedir-se. por mim, quanto mais depressa for, melhor, tipo penso rápido. detesto despedidas, especialmente de pessoas que gosto, como toda a gente. não tenho jeito para elas, porque nunca consigo demonstrar às pessoas que partem a falta que elas me vão fazer. por isso, nas despedidas mais sentimentais (aquelas não diárias), e como sou um pessimista por natureza, utilizo um "adeus", à moda antiga (sim, também sou do tipo fatalista, que acha que nunca mais vai ver a pessoa que se afasta). nas despedidas diárias, a minha escolha vai para um "até amanhã" (apenas, sem mais "rodriguinhos"). tudo o que venha a seguir a um "até amanhã" diário é uma clara tentativa de parecermos engraçados, sábios ou crentes.

quarta-feira, junho 13, 2007

mazzy star

categoria: músicas que nunca se esquecem. nem a música, nem a beleza exótica da vocalista hope sandoval. "fade into you", dos mazzy star.

fiquem bem. a selecção musical, hoje, fica por aqui.

murilo benício


fim de tarde. chego a casa depois de mais um cansativo dia de trabalho, normalmente com a cabeça em água. o meu trabalho não é muito exigente em termos físicos, mas em compensação em termos mentais é do piorio. então esta semana tem sido uma corrida contra o tempo. aproxima-se o aniversário do jornal (o 32º) e isso implica sempre suplementos, especiais, mais publicidade, mais páginas (muito mais páginas) do que é habitual, com a mesma carga horária e o mesmo número de pessoas a trabalhar. tudo isto sempre a jogar com o espectro do tempo, dos timings impostos pela direcção e pela tipografia, para tudo sair a tempo e horas. daí que tenha andado mais stressado ainda do que é habitual. quando chego a casa só me apetece descansar e... comer, porque, habitualmente, chego esfomeado. por isso impõe-se um lanche, na cozinha. a companhia televisiva costuma ser, entre as 18 e as 19h, mais coisa menos coisa, uma novela da sic chamada "pé na jaca", um produto simpático, bem disposto, que não obriga a pensar e pode perfeitamente ser consumido com o cérebro desligado. para além da voluptuosa e sensual juliana paes, para quem não cansa olhar, entra igualmente na novela o actor murilo benício, que interpreta o papel de "arthur". pois bem, esta personagem, de tão hilariante que é, pela forma como o actor a interpreta, pelas confusões que arranja e em que se vê metido e por me fazer rir que nem um perdido só de olhar para ele, é o meu tónico revitalizador, o meu red bull, o catalizador que transforma em poucos segundos um ser cansado, stressado e esgotado numa pessoa bem disposta, alegre e revigorada. grande actor este murilo benício, que até já teve o privilégio de contracenar com penelope cruz, em "woman on top". há homens com sorte, mas este merece-a.

it´s over

e eis que, de repente, vem uma recordação dos fabulosos anos 80: "it´s over", dos level 42.

outra das músicas que não consigo deixar de gostar.

why should i care?

categoria: músicas para o resto da vida.

"why should i care?", diana krall.

mais uma

"i'll find a way", excelente música, mais uma, de rachel yamagata.

e a depressão continua...

rachel yamagata

muito obrigado, mais uma vez, por me ter sugerido, um dia, o nome de rachel yamagata e o disco "happenstance", à br. a música chama-se "reason why" e faz parte da banda sonora do filme "last kiss", com zach braff, que apresenta a cantora no vídeo.

sexta-feira, junho 08, 2007

...

se toda a gente pudesse viver duas vezes, qual das duas existências seria apenas para a desbunda? provavelmente a primeira, porque teríamos sempre outra vida para gerir com mais cuidado e ponderação. não sendo possível viver duas vezes, damos muito mais valor a esta nossa única oportunidade, especialmente com a forma como gastamos o nosso tempo. por exemplo, eu tinha uma ideia completamente diferente para o rumo deste texto, provavelmente iria ficar aqui uma hora a desenvolver um conceito ou uma teoria que não me levaria a lado algum. mas, porque acabei de receber um telefonema da minha mulher, a perguntar se ia demorar ainda muito tempo no trabalho, porque ela está a preparar um lanche, com os meus filhos, vou ficar por aqui e aceitar o convite que me foi efectuado pelas pessoas com quem mais gosto de "perder tempo". bom fim de semana! aproveitem e rentabilizem bem o vosso tempo.

segunda-feira, junho 04, 2007

10 anos de saudade!

jeff buckley faleceu há 10 anos, a 29 de maio de 1997, com 30 anos de idade. considerado pela crítica como um dos mais promissores talentos musicais na década de 90, graças sobretudo ao seu primeiro disco, de 1994, "grace", o cantor preparava-se para entrar em estúdio para gravar o segundo disco de originais, "my sweetheart the drunk", depois de concluída a digressão mundial de "grace", quando, naquela fatídica tarde, decidiu nadar num afluente (wolf river harbor) do rio mississippi, totalmente vestido, com botas calçadas e... nunca mais foi encontrado com vida. keith foti, um amigo e roadie da banda, foi a última pessoa a ver jeff buckley vivo. foi ele que alertou as autoridades para o desaparecimento do cantor. apesar das intensas buscas, o seu corpo só viria a aparecer na semana seguinte. gerou-se, na altura, alguma polémica sobre as causas da sua morte: drogas? álcool? suicídio? a autópsia confirmou que se tratou de... um acidente, de um simples afogamento. assim se perdeu um talento e uma voz incomparável.

durante este ano, que marca o décimo aniversário da sua morte, a sua vida e obra serão celebradas em vários concertos de tributo. estão já confirmadas homenagens em países como austrália, bélgica, canadá, inglaterra, islândia, irlanda, frança e estados unidos da américa. igualmente em perspectiva, depois de muitos lançamentos discográficos póstumos, está o filme sobre a vida de jeff buckley, que deverá chamar-se "mystery white boy", com data de estreia prevista para 2008.

"grace" será sempre lembrado como o grande legado de jeff buckley à sua arte. desde o seu lançamento, em 1994, o disco já vendeu mais de 2 milhões de cópias em todo o mundo. o melody maker, de inglaterra, chamou-lhe "a massive, gorgeous record"; em austrália, onde chegou à sexta platina, o the sydney morning herald apelidou-o de "almost impossibly beautiful". muitas das grandes influências musicais de jeff buckley prestaram reverência ao disco: jimmy page considera-o o seu album preferido da década de 90; bob dylan considerou buckley "one of the great songwriters of this decade" (90); david bowie elegeu "grace" como "um dos 10 discos que levaria consigo para uma ilha deserta"; lou reed mostrou interesse em trabalhar com jeff buckley depois de o ter visto actuar; robert plant também admirava o seu trabalho.

fiquem com "last goodbye"...

sexta-feira, junho 01, 2007

clássico IV

"corrupção em portugal"

clássico III

"ministry of silly walks", dos monty python

clássico II

tipo que é um javardola, menos quando utiliza termos franceses.

clássico

john cleese em "fawlty towers", na célebre cena "don't mention the war"