terça-feira, setembro 26, 2023

seis dias no paraíso



































 

de 20 a 25 de setembro.

20 setembro. 11h00. arranque de viseu. mira. almoço. salgáboca. 15h30. foz do arelho.

lagoa de óbidos. o momento inesquecível! o incontornável champanhe ao jantar.

21 setembro. chuva matinal. caminhada de casa à praia da foz do arelho, passadiços de nadia schilling e regresso a casa. 8 km. almoço e jantar em casa. sporting na tv. vitória (só poderia ser, contigo ao meu lado).

22 setembro. caminhada de casa até à lagoa de óbidos, com passagem pelo nosso spot especial. 8 km. partida para bombarral ao fim do almoço. visita ao jardim oriental bacalhôa buddha eden. deslumbre total. comprámos, no final, duas garrafas do vinho casal mendes sangria, outro deslumbre.

23 setembro. manhã consagrada (uma das palavras das férias!) à leitura, na praia da foz do arelho. visita ao novo talho. rolo de carne. almoço regado com monte velho tinto (definitivamente, o nosso vinho! não há volta a dar). tarde caseira. jantar fora, no restaurante távola lagoa (paixão imediata!). excelente atendimento, comida, localização e um cão para recordar o resto da vida, o misha! o cão, que conhecemos mal entramos na esplanada do restaurante, visitou, amiúde, as mesas que tinham clientes, utilizando sempre a mesma "táctica": chegava-se perto da mesa, olhava ambos os clientes e não fazia mais nada, esperava simplesmente por algo. fez isso na nossa mesa uma vez; da segunda vez, olhou fixamente a ana durante meio minuto. até que, enchendo-se de coragem, foi colocar a sua cabeça no seu colo. comovida, a ana ficou com lágrimas nos olhos, enquanto toda a gente olhava para aquela cena com grande ternura. o misha não fez isso com mais ninguém, nem antes, nem depois!). no fnal do lauto jantar, onde provámos camarão com molho de manga, demos uma longa caminhada pela marginal, onde ouvimos os tentadores sons do baile do inatel e ficámos "agarrados" a uma música muito antiga do paco bandeira, que era entoada no momento da nossa saída do restaurante. obviamente, obstinados como somos, não descansámos enquanto não fomos pesquisar a música, a letra, o ano de edição, tudo, até decorarmos o raio da letra. tratava-se de "a chula da livração", editada em 1978. andámos com a música na cabeça até ao final das férias. arrisco-me mesmo a dizer que ainda aqui anda...).

24 setembro. nova caminhada, desta vez nos passadiços entre salir do porto e são martinho do porto. 7 km. calor intenso. ida inesperada à água, por volta do meio-dia, em pleno outono. a ana, incrédula, repetiu a data umas 1763 vezes. não era para menos... tarde em casa, a recuperar.

25 setembro. dia da saída da casa da foz. arrumações das 9 às 10h00. despedida da lagoa de óbidos e partida rumo a óbidos, outro local encantador. descoberta de uma livraria absolutamente notável na capela de s. tiago. fotografias, visita ao castelo, à outra famosa livraria local e procura de um restaurante para almoçar. repetimos o lounge, onde reconhecemos o empregado de há 4 anos. almoço magnífico, visita a uma loja obidense para comprar chocolates de óbidos e conhecer as meias chulé, provar umas avelãs. beber uma famosa ginja de óbidos em óbidos e metermo-nos à estrada em direcção a casa. pelo caminho, passagem por montemor-o-velho, para visitar o castelo. estava encerrado, por ser segunda-feira, mas tirámos fotos na mesma e seguimos caminho para casa. chegámos a viseu às 18h30, já com um enorme nó na garganta a adivinhar a despedida.


balanço, perguntam vocês? apenas um: não poderia ter sido mais harmonioso! foi a lua de mel perfeita, em todos os aspectos! um hino à nossa relação! um compromisso firmado num dos nossos locais preferidos, a certeza definitiva de tudo aquilo que queremos e a convergência cristalizada do rumo a seguir enquanto casal apaixonado e ciente de que o futuro será sempre pleno de céus azuis! é o futuro que sempre quisemos, desde o primeiro dia, aquele dia em que nos conhecemos e em que tudo mudou! essa mudança está, agora, mais perto de se concretizar! vamos trabalhar, ambos, nesse sentido, porque não há mais nada que a gente queira tanto como isto: ficarmos juntos! sempre!


quarta-feira, setembro 20, 2023

She said yes!!!!

Lagoa de Óbidos. Foz do Arelho.

20 de setembro de 2023.

O primeiro dia do resto das nossas vidas! Uma certeza inabalável! Um pedido com tanto de inesperado como de hilariante! Inesquecível mesmo. És a mulher da minha vida e fizeste de mim o homem mais feliz do planeta quando respondeste "sim" à minha pergunta! E o local não poderia ser mais apropriado, a nossa lagoa de Óbidos! És o meu oxigénio, as pulsações do meu coração, a minha criatividade, força motriz, inspiração, motivação e estímulo! Contigo, sou a pessoa que sempre quis ser e sou incentivado diariamente a ser ainda melhor, porque quererei sempre atingir o teu patamar e nunca vou tomar-te como garantida. Quero conquistar-te todos os dias, merecer-te todos os dias, fazer-te feliz todos os dias! Só estarei a retribuir tudo aquilo que me dás e me fazes sentir! Amo-te! Tanto, tanto, tanto...

domingo, setembro 10, 2023

certezas intrínsecas




há certezas intrínsecas na nossa existência, garantias que apanhamos e guardamos cuidadosamente na nossa mala existencial. é certo que não as levaremos connosco quando ficarmos reduzidos a pó, essa inexorável pena a que estamos condenados a partir do momento em que nascemos, mas, até lá, é nosso dever saciar-nos e sugar delas todo o encantamento e deslumbre que nos provocam. o dia de hoje, apesar de ir a meio, é disso exemplo. o poder de decisão, à medida que a idade avança, é cada vez mais importante, assim como a percepção de que o tempo começa a escassear, sendo fundamental, quando temos essa prerrogativa, escolher tudo aquilo que nos faz bem, nos estimula e nos coloca um enorme e constante sorriso no rosto. 

o dia vai a meio, mas já está mais cheio do que muitos outros, porque também há metades de dias, e até terços de dias, que são mais satisfatórios que dias e semanas inteiras. hoje é um deles. caminhada saudável, revigorante, twilight (por momentos, embora deliciosos também) e empenhada pela manhã, em três horas de puro deleite, e slowdive a servir de banda sonora ao almoço. há certezas já devidamente cristalizadas e que jamais deixarão de fazer parte daquilo que somos, porque devemos aquilo que somos a essas mesmas certezas.

nem sei por onde começar a minha enumeração de momentos indeléveis passados ao teu lado nos últimos dois meses. há tantos à escolha: praia da barra, passadiços de vale de gaios (tábua), praia do furadouro, passadiços da barrinha de esmoriz, ler no parque aquilino ribeiro, ecopista do dão, feira do vinho do dão, jantares em tua casa, no home, no monte (no meu aniversário)... tudo é superlativo e tem entrada directa para a galeria das memórias permanentes que gostamos de revisitar amiúde. ainda hoje, em três horas juntos, afloramos algumas delas, porque, por serem tão boas, gostamos de as recordar, reavivar e revisitar, atribuindo-lhes a enorme importância que realmente têm, porque foi com elas que consolidamos isto que somos, juntos.

soube muito bem recordar o nosso primeiro beijo, o que dissemos antes, o que se passou depois, tudo aquilo que o envolveu, nos últimos dias daquele novembro de 2015 que nunca iremos esquecer, relembrar a forma como aparecemos na vida um do outro, aquele comentário no blogue, a resposta que se seguiu, algo que replicaríamos quatro anos mais tarde em forma de música. tu, com a "the look of love", da diana krall, e eu com a "somewhere not here", dos alpha.

sempre fomos fiéis a nós mesmos, ao que somos, nunca fingimos ou embelezámos algo para agradar, para ser mais fácil ou para metermos por um atalho por onde fosse mais simples chegar onde queríamos. não, nada disso. fomos nós mesmos, com todas as nossas virtudes, mas também com os nossos defeitos. nunca nos apressámos, nunca tivemos essa urgência de partir para algo que ainda desconhecíamos, sem estudar, como ainda fazemos hoje, o percurso, a distância, as estradas, os melhores acessos. fomos pacientes, deixámos andar, porque sabíamos que, inconscientemente, talvez, estávamos a construir algo. e para construir algo são necessárias bases sólidas, traves mestras e profundo conhecimento. mas fomos cimentando, lentamente, os acessos, os muros e a envolvente, antes de começarmos a erigir a casa. de certa forma, sabíamos ambos que chegaria a altura de começarmos a construir a casa, mas só o faríamos quando houvesse realmente condições para levar a obra até ao final. e ainda hoje passámos por uma que ficou a meio...

e, hoje, aqui estamos... depois de muitas tempestades, ventos fortes, trovoadas e forte precipitação, ainda estamos vivos. mas em vez de parecermos cada vez mais débeis e enfraquecidos, evidenciamos um salutar vigor físico e mental, de quem está disposto a continuar o caminho iniciado em 2015, não alterando a rota um milímetro que seja. continuamos vivos, fortes, determinados e ainda mais empenhados em levar este barco a bom porto. sabemos que, quando lá chegarmos, vamos ter tudo aquilo com que sempre sonhamos: viver juntos, a nossa guest house, tempo... tudo o resto, nós já temos, até de sobra. tudo aquilo que nos une é a tal matéria que muitos passam vidas inteiras sem conhecer ou sem ter um mínimo vislumbre. nós temo-la e nunca a iremos perder.

se nunca to disse, pelo menos directamente, neste espaço, digo-to hoje: amo-te até ao infinito, Ana Bela Cabral! não concebo nenhum futuro sem ti. sei onde está a minha felicidade, essa é uma das tais certezas intrínsecas de que falava no início desta publicação, e que, por mais incrível que pareça, ao fim de quase oito anos, parece cada vez mais forte e mais consolidada há medida que o tempo passa!

sou teu para sempre!