quinta-feira, junho 08, 2006

keep them coming

entendo que, em relação à música, temos que ir sempre à procura de algo novo. podemos gostar muito de uma banda, comprar toda a sua discografia, vê-la ao vivo e decorar as letras das músicas todas (como fiz com os Red House Painters e American Music Club), mas isso não se compara à sensação de estar a "descobrir" e a "interiorizar" uma nova banda, uma nova voz, novas letras...
há cerca de ano e meio que tenho vindo a alargar consideravelmente o meu leque de preferências musicais. tudo começou com uma remessa de cd's que me emprestaram, onde fiquei a conhecer e a adorar The Czars e, em menor escala, Blonde Redhead, Turin Brakes e Kings of Leon. depois veio a fixação pelos Ilya, e esse fenomenal disco chamado "they died for beauty". mais tarde, através de colectâneas gravadas por um amigo, "descobri" bandas como The Dears, Wedding Present, The Killers, Andrew Bird, Patrick Wolf, The National, Magnetic Fields. por intermédio desse mesmo amigo, veio parar-me às mãos um dos discos mais intensos que tive o prazer de ouvir até hoje, tanto assim que na primeira vez que o ouvi, na última música (a minha preferida!) não consegui evitar umas sentidas lágrimas: o disco chama-se "I am a bird now", de Antony and the Johnsons.
apreciador do primeiro disco da banda, os Sigur Rós, não dei a devida atenção aos discos seguintes da sua discografia. até que, pelas mãos de uma amiga, ouvi o último, "Takk", e voltei a render-me aos ambientes angelicais e inebriantes desse inconfundível grupo islandês. e continuo a afirmar-me "apaixonado" pela música 10 desse disco. causa-me exactamente o mesmo efeito que a música 10 (coincidência!) do album dos Antony and the Johnsons.
há cerca de uns meses, rendi-me definitivamente a um grupo americano chamado Marjorie Fair, quando fiquei a conhecer o disco "self help serenade". já aqui coloquei um post neste blog dedicado aos Marjorie Fair e, meses depois, continuo a dizer o mesmo que disse na altura. se eu fosse músico ou tivesse alguma capacidade para compor canções, seria este o tipo de disco que faria. continuo ansioso pelo próximo album da banda.
mais ou menos na mesma altura, surgiram os My Morning Jacket, igualmente americanos, conotados amiúde com Neil Young. gostei tanto que a música que aparece no meu profile é deles: "Bermuda Highway".
mais recentemente, virei-me para uma banda que "nasceu" nos anos 80, mas que ainda recentemente lançou um novo trabalho: The Blue Nile. só recentemente fiquei a conhecer um disco deles, de 1989, "Hats", uma verdadeira obra prima, mas mais vale tarde do que nunca, porque o esse trabalho tem músicas inesquecíveis como "From a late night train", "Let´s go out tonight" e "Tomorrow morning". em 22 anos de carreira, esta banda só lançou 4 discos, o último dos quais em 2004, intitulado "High", que tem excelentes músicas como "I would never", "Because of Toledo" e "Broken loves". a atmosfera romântica que envolve as músicas dos The Blue Nile é contagiante e fiquei admirador e seguidor da banda, nem que o próximo disco só chegue em 2010...
na senda de nomes como Rufus Wainwright, Pete Yorn e dos já citados Andrew Bird e Patrick Wolf, tenho escutado e estou a adorar "interiorizar" outros dois nomes a reter: Ed Harcourt e Damien Jurado. ambos já possuem uma vasta discografia e Jurado até já chegou a ser citado como "o próximo Bob Dylan". actualmente ouço, de Ed Harcourt, músicas dos albuns "Here be monsters", "Maplewood", "From every sphere" e "Strangers". neles há músicas verdadeiramente deliciosas como "Bleed a river deep", "Beneath the heart of darkness", "This one's for you" ou "Something in my eye". Ed Harcourt tem previsto para este ano o lançamento do seu mais recente trabalho, "Beautiful lie" e vai estar no próximo dia 11 de Junho, Domingo, no Santiago Alquimista, em Lisboa.
de Damien Jurado ouço actualmente músicas dos discos "Rehearsals for departure", "I break chairs" e "On my way to absence". este "trovador" iniciou em 1997 a sua carreira e tem já oito discos na sua discografia. as músicas que me "alertaram" para este cantor foram providenciadas por um amigo, o mesmo das colectâneas. enviou-me duas músicas, "Sucker" e "Lottery". gostei de ambas e parti à descoberta de mais. encontrei pérolas como "A jealous heart is a heavy heart", "Never ending tide", "Inevitable" e "Night out for the downer".
pronto, é isto tudo. adoro música e o que ouço é muito importante para mim. ainda bem que tenho amigos fantásticos que me vão apontando nomes frequentemente para descobrir. para eles, o meu muito obrigado. keep them coming...

4 comentários:

josé alberto lopes disse...

nunca tive oportunidade de ouvir algum disco deles. mas obrigado pela dica, amanhã vou-me dedicar aos divine comedy. logo te direi alguma coisa.
beijos

BR disse...

Olá Isaac:

Belos gostos, sim senhor!!!!!!
Recomendo o cd Let it Die da canadiana Feist e um álbum fantástico da Rachael Yamagata chamado Happenstance. E também gosto de K's Choice (a música Almost Happy é divina), mas não sei se encaixará nos teus gostos (!?!).

Abraço,
BR

josé alberto lopes disse...

cereja no bolo:
devido a intensa carga laboral, ouvi apenas três musicas dos The Divine Comedy: charmed life, sticks and stones e in pursuit of happiness. gostei! vou procurar mais musicas na proxima semana, sobretudo dos discos "casanova" e "a short album about love", que têm criticas excelentes no all music guide.
obrigado pelo sugestão!

josé alberto lopes disse...

br:
carradas de razão quanto ao excelente disco de rachel yamagata. não conhecia, faz lembrar beth orton, de quem tambem gosto, e lembra sonoridades próximas dos red house painters e idaho. fiquei rendido. ouvi reason why, under my skin, peper doll, quiet e essa fantástica musica chamada "i'll find a way".
muito obrigado pela sugestão.
p.s. - para a semana ouço Feist.