é extremamente simples criar empatia com uma determinada localidade apenas por dois ou três aspectos em cerca de 30 horas de permanência. em primeiro lugar, e por indicação de um amigo, jorge coelho, depois do almoço (e já lá vamos às questões gastronómicas) eu e a ana fomos visitar um dos ex-libris da cidade: o jardim / miradouro portas do sol. é um espaço perfeito para todos aqueles que procuram um local calmo e relaxante para ouvir o pensamento e, ao mesmo tempo, deslumbrar os olhos. as vistas sobre o rio tejo e as lezírias são de cortar a respiração.
na parede da casa museu pedro canavarro, historiador escalabitano, podemos ver a inscrição "veja o tejo como garrett o viu..." e entendemos como o escritor se sentiu inspirado por aquele imenso azul a embalar as lezírias numa planície sem fim. já percorremos muitas cidades e imensos locais por este país fora, mas estas portas do sol ficarão por certo na nossa memória por muitos anos.
o segundo aspecto, mais mundano e mais virado para os prazeres gastronómicos, uma paixão que partilhamos desde que viajamos juntos, tem a ver com a forma como fomos acolhidos, servidos e saciados. fizemos três refeições em santarém e a dúvida é escolher aquela de que mais gostamos.
começámos pelo restaurante a grelha, que nas suas paredes ostenta a frase "cozinhar é fazer poesia para ser degustada". a poesia veio em forma de frango à lagareiro, acompanhada do vinho tinto local conde vimioso, de 2017. somos adeptos incondicionais do vinho tinto alentejano, mas em roma... sê romano.
1 comentário:
bom roteiro! obrigada pela sugestão.
Da forma como descreves até parece que lá estava também...
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