bem, que dizer deste interregno... fui comprar tabaco? esta não deve "colar", até porque não fumo. digamos que simplesmente descurei um ou outro aspecto virtual da minha vida para me dedicar a outro... igualmente virtual. a vida terrena tem as suas virtudes, os seus horários, as suas gratificações, os sacos do lixo para ir despejar, etc., mas nos reduzidos metros quadrados onde se desenrola a acção da minha vida não acontece nada de muito substancial ou estimulante. dessa forma, procuro entreter o meu cérebro, ainda com bastante memória para encher, com projectos hedonistas de cariz cultural. ou seja, aquele tipo de informação que nunca me vai ser útil em nenhum aspecto futuro da minha miserável existência. de que me servirá tudo isto quando precisar de mudar um pneu, ou ir às finanças comprar o selo do carro ou de aguentar uma conversa de ocasião de meia hora enquanto espero a minha vez no consultório do dentista? em todo o caso, e em última análise, dá-me prazer e isso basta. se der prazer a mais alguém, nem que seja a apenas metade de uma pessoa, já será muito bom.
estou a falar do facebook e da minha "missão", desde setembro, de colocar no meu perfil vídeos de músicas que me dizem alguma coisa, que me despertam sensações... já em tempos disse que me apaixonava muito mais rapidamente por uma música do que por pessoas. como não conheço assim tantas por pessoas novas (por mês devo conhecer uma, se tanto), compenso essa lacuna social com músicas, bandas, cantores, letras, etc..
em setembro começou então a minha emissão, com as minhas bandas de sempre, aquelas de que já gosto há anos e anos (umas há mais anos do que outras, obviamente): red house painters, american music club, idaho, the blue nile, mark kozelek, mark eitzel, john grant, bonnie prince billy, band of horses, the cure, nick drake, antony and the johnsons, devics, david sylvian, mercury rev, the czars, grandaddy, slowdive, sun kil moon, great lake swimmers, rufus wainwright, my morning jacket, marjorie fair, cranes, radiohead, cocteau twins, blonde redhead, mazzy star, shearwater, the national, sigur rós, lambchop, violet indiana, etc., a que se juntaram as "descobertas" da altura: ray lamontagne (que foi uma "panca" bastante forte), king creosote & jon hopkins (enamorei-me em absoluto pelo disco "diamond mine" depois do concerto deles no sintra misty), memoryhouse, our broken garden (outra grande "pancada". durante duas semanas só ouvia esta banda dinamarquesa) e the antlers.
seguiu-se, depois, já em outubro, uma procura incessante de "material novo": bandas influenciadas por "x", bandas que seguem a corrente musical de "y", nomes relacionados com "w" (só não arranjei nada para o "k". prometo tratar disso o quanto antes...). foi então que surgiram nomes como richard swift, iron and wine, bon iver, lisa hannigan, mojave 3, bedhead, junip (cujas músicas "to the grain" e "don't let it pass" considero das melhores que ouvi este ano), dakota suite (um "comeback"), mogwai, alexi murdoch, kings of convenience, girls, smog, bill callahan ("jim cain" e "riding for the feeling" vão ficar para sempre), rachel yamagata, scott matthews, the morning benders ("your dark side" ficou em repeat alguns dias na minha cabeça), patrick watson (uma "redescoberta", basicamente, embora só agora me tenha apercebido da genialidade do músico. a sequência "sit down beside me", "fall", "summer sleeps", "to build a home", "step into a dream" e "night fall" é assombrosa!), doug paisley, thom hell, low, edith frost, lana del rey ("oh say can you see" também é uma das minhas preferidas), sea oleena, cass mc combs, matt keating (também "bateu" forte este), things in herds, the last town chorus, greg laswell (outra importante "descoberta"), the perishers, angus & julia stone, the jezabels, figurines, dan auerbach, j. tillman (outro nome para reter nos próximos anos), agnes obel e arco (magnífica banda. já tenho a discografia toda deles).
no final de cada semana, às sextas, faço sempre um resumo da semana, com as bandas que tive o prazer de publicar no meu perfil. e assim me vou mantendo entretido... e a alargar os meus conhecimentos musicais.
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