sexta-feira, fevereiro 18, 2011

ode à cetirizina

lenços de papel aos milhares, nariz constantemente a pingar, incontáveis espirros, olhos a verter que se recusam a parar de juntar as pestanas a todo o instante, dor de cabeça galopante, garganta irritada o suficiente para não deixar passar nem sequer um smartie sem um esgar de dor, mais lenços de papel, à falta de melhor podem ser guardanapos, qualquer coisa, porque o nariz não dá tréguas como uma torneira mal fechada que nunca conseguimos consertar e temos que mandar vir o raio do canalizador para depois lhe darmos 20 euros por dois minutos de trabalho e uma inevitável conversa com tanto de desinteressante como de indecifrável, os olhos piscam como se não houvesse amanhã, tenta-se fechá-los por momentos, mas há um pequeno senão nesta medida, porque deixa de se conseguir ver seja o que for, o que é chato.
por fim, o inevitável comprimido antes de dormir.
hoje, sou uma pessoa completamente diferente daquela "fonte" de ontem à noite.
ah, o que seria de mim sem a cetirizina...

2 comentários:

Joaquim Alexandre Rodrigues disse...

— abençoada droga anti-histamínica dotada de alta afinidade e seletividade para os receptores H1 da histamina
— abençoada cetirizina
— abençoada wikipédia que nunca nos deixa ficar mal

as melhoras, meu caro e bom fim-de-semana

josé alberto lopes disse...

obrigado!
no entanto, faltou colocar no texto o "terrível" efeito secundário do comprimido: uma sonolência atroz, que não olha a meios para colocar um tipo a dormir. cá me vou aguentando, embora pareça a catatónica personagem que robert de niro interpretou em "despertares". é o preço a pagar...
bom fim de semana!