quinta-feira, abril 03, 2008

heather graham


há actores e actrizes a quem perdemos o rasto, por variadíssimas razões, sendo que a principal terá muito a ver com a qualidade dos filmes que fazem. se os mesmos não têm qualidade, não chegam sequer às salas de cinema; muitos nem sequer chegam ao mercado de aluguer. outros factores do "desaparecimento" de alguns actores é a sua transição, forçada, para o mercado televisivo. alguns ainda conseguem relançar daí as suas carreiras (charlie sheen, david caruso, glenn close), mas a maior parte "obscurece" definitivamente, em telefilmes e séries de qualidade duvidosa, como são os casos de madeleine stowe ou matthew modine, só para citar alguns. há ainda outros casos de ruptura total com a indústria cinematográfica, como é o caso de joe pesci, afastado há muito tempo do cinema (fez apenas uma breve participação em "the good sheperd", do amigo robert de niro, em 2006, mas estava desde 1998 sem trabalhar), ou de michelle pfeiffer, que se retirou estrategicamente entre 2002 e 2007.
o caso de hoje, como já devem ter reparado pelo título do post, é o de heather graham. nascida em 1970, em milwaukee - wisconsin, graham começou cedo a sua carreira de actriz (14 anos). primeiro em séries televisivas ("growing pains" e "twin peaks"), depois em filmes (em 1990 entrou no hilariante "i love you to death", ao lado de actores como kevin kline, william hurt, keanu reeves e river phoenix). os seus papéis foram entretanto crescendo em termos de relevância e, em 1997, surgiu a sua personagem mais marcante, a de rollergirl em "boogie nights". a partir daqui, o estatuto de heather graham subiu em flecha, entrando em filmes como "scream 2", "lost in space", "bowfinger" e "austin powers: the spy who shagged me", quatro sucessos comerciais em apenas 2 anos. mas quando se sobe muito alto, a queda é sempre maior e, nos últimos anos, a actriz tem vindo a somar desaires. depois de alguns bons filmes, como "from hell", de 2001, ao lado de johnny depp; o hiper-sensual "killing me softly", de 2002; e de uma pequena participação em "anger management", ao lado de jack nicholson e adam sandler, heather graham tem feito consecutivas más escolhas em termos de carreira. ultimamente, tirando os nove episódios em que entrou na série televisiva "scrubs" (lá está a televisão a aparecer no horizonte sempre que a carreira cinematográfica começa a dar para o torto), a actriz protagonizou filmes inconsequentes e de qualidade duvidosa como "alien love triangle", "hope springs", "cake", "the guru", "mary", "the oh in ohio", "broken", "adrift in manhattan" (este com o canastrão do william baldwin) e "have dreams, will travel" (com val kilmer). em 2006, fez um filme que é um caso paradigmático daquilo que tenho estado a dizer desde o início deste post, quando disse que uma das razões porque perdemos o rasto aos actores é a fraca qualidade dos filmes que fazem. e este é um desse filmes, que está há pouco tempo no mercado de aluguer: "gray matters". é mau demais. muito mau mesmo. completamente desprovido de conteúdo, com diálogos inconsequentes, um argumento risível e interpretações cabotinas. são filmes como este que estragam a carreira de um actor, ainda por cima quando interpretam, repetidamente, o mesmo papel esteriotipado de sempre. infelizmente, os admiradores da actriz têm que se resignar à mais do que previsível ausência de heather graham dos grandes ecrãs. talvez encontre um projecto televisivo onde possa relançar a carreira...

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