quarta-feira, março 19, 2008

sun kil moon

depois de "ghosts of the great highway" e "tiny cities", o terceiro disco dos sun kil moon, que vai ser lançado a 1 de abril, chama-se "april". o album está disponível desde ontem, e até amanhã, dia 20, na página oficial da banda no my space. "april" chegou-me hoje às mãos, mais uma vez através do meu "dealer" musical. mark kozelek, o guru da banda, que depois de dissolver (infelizmente...) a sua anterior banda, red house painters, ressurgiu com os sun kil moon, chamando anthony koutsos (também dos red house painters), geoff stanfield (dos black lab) e tim mooney (antigo baterista dos american music club). este novo disco é produzido pela própria editora de kozelek, a caldo verde, tal como "tiny cities" já tinha sido.
"april" começa com uma fabulosa música de quase dez minutos, "lost verses", que podia ser perfeitamente uma música dos red house painters. aliás, a voz de mark kozelek é tão intensa e original, tão bela e poética, tão apaixonada e deprimida, que será sempre difícil dissociá-la dos red house painters, uma daquelas bandas que nos marcam para sempre. "lost verses" faz lembrar clássicos como "katie song" e "priest alley song" e é uma daquelas músicas que nos põem a sonhar com os olhos abertos, extasiados e nostálgicos. o bom começo de "april" perpetua-se pelo resto do disco. "the light", a segunda música, que tem perto de oito minutos de duração, tem mais guitarra eléctrica, mas mantém o mesmo padrão "sadcore". segue-se "lucky man", uma balada simples, com voz e guitarra, numa típica música dos sun kil moon (mais do que rhp), em que a letra e a forma como é cantada, e sentida, faz toda a diferença. a quarta música, "unlit hallway", é a mais pequena do disco (quatro minutos e vinte segundos), e possui os mesmos atributos de "lucky man", é sun kil moon "vintage". outro ponto alto de "april" é a quinta música, "heron blue" (sete minutos e 30 segundos), provavelmente a mais deprimente, onde temos direito a um dueto de kozelek com... kozelek, nos últimos minutos da música. "moorestown", a sexta música, adiciona pela primeira vez no disco o som dos violinos, que tão bem se conjugam com a guitarra e a voz de kozelek. o resultado é mais uma doce e melódica composição.
amanhã apreciarei a segunda metade do disco. para já, tudo aponta para que seja um excelente disco, mais um com a "marca" de mark kozelek. parece que tudo em que ele toca se transforma em ouro.

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