nada no mundo nos prepara para a terrível experiência que é arrancar um dente. até poderíamos estar em "estágio" um mês inteiro nas bahamas, com sol, praia, piscina, hotel, tudo pago, no sentido de nos prepararmos psicologicamente para o efeito... mas, no momento em que nos deitamos naquela cadeira da dentista, voltamos a ter cinco anos e começamos imediatamente a pedir a uma qualquer entidade superior que adie aquela tortura, promovendo uma falha da luz eléctrica, um súbito desmaio da dentista, um tsunami, uma invasão napoleónica, qualquer coisa. a minha tolerância para a dor é quase nula, até duvido que ela exista. foi precisamente isso que a minha dentista ficou a saber ontem. ainda por cima sou obrigado a ouvir os seus constantes paternalismos, em parte devido à minha constituição física (eu não tenho culpa de ter 1,85 de altura e de pesar 90 kgs), de dez em dez minutos: "ai um homem tão grande e com tanto medo!...". eu acho que o meu comportamento iria ser exactamente igual se estivessem no consultório, como assistentes (vamos lá sonhar um bocadinho), a monica bellucci, a charlize theron, a beyoncé e a jennifer lopez. mas, por outro lado, até compreendo a dentista. não deve ser nada bom para o negócio ter pessoas na sala de espera a ouvir os meus constantes gritos de dor...
o meu sonho era ir ao dentista e este, através da persuasão e alguma diplomacia, convencer o dente a sair, pelos seus próprios meios.
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