sexta-feira, agosto 24, 2007

"it´s never lupus"


no último episódio da terceira temporada de "house" aconteceu o impensável: o quarteto desintegrou-se. chase foi despedido por house, foreman pediu transferência para outro hospital e cameron despediu-se. os verdadeiros admiradores da série, como eu, estarão certamente em pulgas para ver como irá começar a quarta temporada. será que eles regressam? ficará house sozinho, tanto no hospital como na vida privada? será que, à imagem do que acontece na realidade, chase e cameron já vivem juntos? conseguirá cuddy engravidar? e a sua relação com wilson terá futuro?
nos estados unidos, a quarta série de "house" vai ter início no próximo dia 25 de setembro. o primeiro episódio terá o nome de "alone", o que indicia que o brilhante médico gregory house terá de constituir uma nova equipa. outra informação disponível é precisamente o nome dos actores que vão integrar a lista de potenciais médicos a incluir na sua equipa, duas mulheres e três homens: anne dudek, kal penn, olivia wilde, edi gathegi e peter jacobson.
interessante é constatar que o número de telespectadores de "house" tem vindo a subir de temporada para temporada. na primeira série a audiência média era de 13.3 milhões de espectadores; na segunda subiu para 17.3 milhões; e a terceira série registou valores médios de 19.4 milhões de espectadores.
actualmente, tanto na tvi como no canal fox, vou matando saudades das personagens, dos fabulosos diálogos, do humor subtil (especialmente do dr. house), da interactividade entre as personagens, a cumplicidade de house com cuddy, a sua amizade com wilson (a personagem mais paciente, boazinha, tolerante e compreensiva da história da televisão, mais até que o michael landon na série "um anjo na terra"), o constante confronto com foreman, a tensão evidente com cameron, numa relação baseada numa forte admiração e, ao mesmo tempo, compaixão (caramba, quatro palavras seguidas acabadas em "ão". lido em voz alta causa ainda mais efeito. ora tentem lá).
uma "piada" recorrente na série é a sugestão de lupus como provável causa dos sintomas dos pacientes em vários episódios, embora essa possibilidade seja rapidamente posta de lado, normalmente por house, que frequentemente diz "it´s never lupus". isto porque o lupus é uma condição médica que pode apresentar uma vasta variedade de sintomas.
outra particularidade de "house" é a prática frequente de visitar as casas dos pacientes, com o seu consentimento ou não, no sentido de procurar pistas para melhor diagnosticar a patologia. o criador da série, david shore, pretendeu atribuir-lhe algumas características de outra série de sucesso, CSI, alargando a investigação médica a outros domínios para além do hospital de princeton-plainsboro.
há uns tempos atrás, sentia-me tentado a escolher tony soprano como a melhor personagem televisiva de sempre. agora, depois de seguir atentamente a terceira série de "house", tal como as outras duas, fiquei com algumas dúvidas. o dr. gregory house é uma excelente composição do actor britânico hugh laurie; mais ainda por interpretar um personagem tipicamente americano, sem que o seu vincado sotaque britânico alguma vez o atrapalhe. aliás, na audição para o papel de house, o produtor bryan singer, desconhecendo as raízes de hugh laurie e depois de ouvir o seu impecável sotaque americano, destacou-o como exemplo de um verdadeiro actor americano.
não há dúvida alguma que o sucesso da série se deve, em muito, à personagem principal, mas o restanto elenco também não pode ser deixado de lado. lisa edelstein (cuddy) é a administradora implacável com coração de manteiga, robert sean leonard (wilson) é o amigo confidente sempre disponível; omar epps (foreman), jesse spencer (chase) e jennifer morrison (cameron) são "a equipa", um notável leque de especialistas à disposição do dr. house.
como imagem para ilustrar este post, escolhi a doce e ternurenta dra. allison cameron.