vi ontem "combien tu m'aimes?", em português "quanto me amas?", com monica bellucci e gérard depardieu. como filme, pouco ou nada tem de inovador, a não ser a própria premissa do argumento: um recém vencedor da lotaria "compra" uma prostituta, por 100 mil euros por mês, para ir viver com ele. entre constantes recuos narrativos (ela fica, ela vai...), surgem diálogos por vezes sem nexo, que parecem até de improviso, algumas vezes cómicos, piscando o olho à comédia mais brejeira, outras vezes dramáticos, como um fabuloso monólogo da personagem de jean-pierre darroussin. depardieu parece perdido no filme, interpretando um suposto vilão que não quer "abrir mão" de monica bellucci (quem é que o pode censurar?). mas o seu registo é mais cómico do que sério, embora pareça que devia ser antes... o contrário.
em suma, uma hora e meia perdida, em que, tudo espremido, só resta mesmo... a monica bellucci. até hoje, e já vi vários filmes dela, este é o filme que mais tira proveito da sua presença. está esplendorosa, elegante, bela, fascinante, excitante (esperem que vou ao dicionário ver mais termos...), insinuante, encantadora e deslumbrante. bendito realizador, bertrand blier, que a filmou desta maneira. deve ter ficado tão encantando ao fazê-lo, que até se "desligou" do filme, tendo o produto final saído assim para o fraquito. quem é que te pode censurar ó bertrand?...
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