segunda-feira, setembro 02, 2024

a festa dos 52...

foi a primeira vez que festejei o meu aniversário em dois dias. o primeiro, o dia itself, 30 de agosto, foi mais calminho, com almoço ao lado da filha, compras para a festa do dia seguinte e jantar em penalva do castelo, com a ana e a mariana (novamente). no sábado, dia 31, o corrupio foi muito maior, com os preparativos lá em casa: montagem de mesas, colocação de cadeiras, organização das mesas, das entradas, das bebidas, o gelo (que nunca poderia falhar), para estar tudo perfeito por volta das 17h00, hora em que chegariam os primeiros convidados. 

e eles lá vieram: o felipe, o josé fonseca, a minha irmã cláudia, a minha sobrinha daniela, a minha mãe ilda, o luís barros, a mulher juliana e a filha leonor (que foi a rainha da festa) e, por último, o luís miroto, que veio de propósito de lisboa para a festa. este contingente juntou-se ao pessoal de casa: eu, a ana, os pais dela, o senhor fernando e a dona conceição, e a minha filha mariana. só o meu filho pedro não conseguiu vir, com muita pena minha. o tadeu e o pedro marques também não marcaram presença, por incompatibilidades de agenda, mas virão certamente na próxima festa, assim como a sara e o joão.

a festa foi tal e qual como a previ: galhofa total, gargalhadas constantes, bom ambiente, conversas estimulantes, boa música (dos anos 80) de fundo, boa comida, boa bebida e muitos rostos felizes. não foi ninguém à piscina, não estava assim tanto calor como isso, mas ainda jogámos matrecos, ping pong e snooker entre o final do jantar (churrascada) e o cantar dos parabéns.

são dias como estes que nunca queremos que acabem. por mim, ainda lá estaríamos todos (e acreditem que havia comida e bebida para tal), a chorar a rir com tantos disparates (uma das especialidades do quarteto "rotos do poder local" (eu, fonseca, barros e miroto) e a desfrutar do imenso carinho que tenho recebido de toda a gente desde que comecei a partilhar a casa com a ana.

de 28 de junho até hoje, estou perfeitamente consciente de que estou a viver os melhores dias da minha vida, devidamente acompanhado e aconchegado. este momento, tal como já havia sido a festa de aniversário da ana, a 15 de junho, ficará muito bem instalado no meu baú de memórias, porque foi tudo perfeito! por isso, agradeço a todas as pessoas que comigo partilharam estes dias. será certamente muito difícil superar tudo isto no próximo ano...

obrigado!



















domingo, junho 30, 2024

a última mudança

 


Tudo carregado, chaves entregues e a natural despedida.
Os últimos dois carros cheios até ao tejadilho.
"Encontramo-nos em casa".
Soou bem! Casa! É tempo de ter uma casa, com alguém. E que alguém!
Entrei no carro, o CD já andava nele há algum tempo e nessa altura começou a debitar esta "nice dream".
Mais uma vez, soou bem, tanto que a ouvi quatro vezes até chegar à referida casa.
Ficou agrafada a um dia especial, a um dia de mudanças e de mudança de paradigma.
Estou muito bem acompanhado, disso não duvido um segundo.
Tal como acredito piamente que esta foi a última mudança.

quarta-feira, março 27, 2024

27 de março vezes dois






fui pai pela primeira vez há precisamente 25 anos. em 1999, tinha 26 anos, sentia que estava preparado para assumir esse papel, mas quando a realidade chegou apercebi-me de que tinha treinado para os 100 metros barreiras quando a prova que iria disputar era uma maratona. o primeiro filho é o maior teste que a vida nos coloca, em que somos constantemente desafiados, temos de estar sempre disponíveis e com a atenção, cuidado e empenho a bater nos níveis máximos em todos os momentos. o primeiro filho transforma-nos em adultos em 10 segundos, estabelece paradigmas de maturidade, molda-nos para o resto da vida e pavimenta um caminho seguro e menos vacilante para uma segunda ou terceira experiência. cheguei à segunda, seis anos depois. em 2005, tudo me pareceu diferente, apesar de os patamares de exigência voltarem a estar sempre no topo. tudo pareceu mais fácil já, com menos nervos e medo de errar. em ambos os casos, o mesmo orgulho, gratificação e embevecimento ao vê-los crescer, aprender a caminhar, a falar, a escrever. o mesmo trabalho de filigrana na sua educação, o mesmo esmero na sua comunicação, os mesmos padrões de civismo, honestidade e solidariedade. hoje, são já ambos adultos. ele com 25, ela com 19. hoje, estão ambos fora da cidade onde vivo, a dar rumo às suas vidas noutras cidades. hoje, fazem anos! passou um quarto de século e eu continuo a vestir o papel de pai com os mesmos valores e o mesmo cuidado, entrega e atenção de sempre, apesar da distância. jamais olvidarei a ressonância emocional que a paternidade me granjeou, até porque a vida se constrói de memórias. adorei cada minuto dos seus crescimentos e será impossível algum dia sentir-me expropriado desse sentimento tão sagrado.
tem sido um enorme privilégio e um orgulho avassalador ser vosso pai, Pedro Lopes e Mariana Lopes! não tenho nenhuma dúvida de que este sentimento estará comigo até ao meu último fôlego neste mundo!


 

quarta-feira, janeiro 10, 2024

nuvens da alma atinge a maioridade!


assaltam-me duas perguntas nesta efeméride: como é que deixaram isto acontecer? e por que raio a TVI ainda não me contactou para utilizar o nome do blogue numa novela?

2330 posts depois, chega-se hoje à maioridade. dá uma média de 130 publicações por ano, o que suscita outra dúvida: eu tinha assim tanta coisa para partilhar? ou seja, vivi bem até ao dia 10 de janeiro de 2006 sem este blogue, sem ventilar opiniões ou manifestar ao mundo as minhas preferências. tinha 33 anos quando avancei para esta empreitada, sem pensar muito naquilo que queria fazer com o blogue. aos poucos, fui criando uma identidade para este cantinho, com referências musicais, cinematográficas, televisivas, crítica social, desabafos, alguns poemas (enfim, toda a gente passa por uma fase destas na vida), futebolísticas, muitas playlists, etc.. em março de 2007, o jornal "público", no seu suplemento P2, transcreveu na íntegra uma publicação deste blogue, "nem dorme a senhora", que aludia às peripécias da fuga de fátima felgueiras para o brasil. 

o número de visualizações e de comentários subiu exponencialmente, pressionando-me a escrever cada vez mais. e sim, os primeiros 6 anos foram intensos, com uma cadência quase diária de apontamentos. depois, a ascensão da rede social facebook colocou a blogosfera em segundo plano e o entusiasmo esmoreceu bastante. numa tentativa de me adaptar a essa nova realidade, criei a página do nuvens da alma no facebook, que hoje tem cerca de 1200 seguidores.

os anos passaram, houve alterações de fundo na minha vida, que aqui foram repercutidas, como não poderia deixar de ser, e foi gratificante observar, sobretudo no ano passado, que ainda preciso do blogue para ventilar as tais nuvens que me passam pela alma. 2023 foi o ano da retoma em termos blogosféricos, com cerca de 100 entradas. foi um regresso ao passado, uma forma de voltar a considerar este cantinho como um amigo, um confidente e um bom ouvinte. ajudou-me bastante a colocar as ideias em ordem, a priorizar, a definir e a agir em conformidade. é também para isto que um blogue serve.

por tudo isto, não deixo, claro, de sentir um orgulho enorme destas nuvens da alma, deste projeto que é um bocado de mim, daquilo que fui, estão aqui muitos momentos deliciosos da minha paternidade, e daquilo que sou hoje, um homem muito bem aconchegado sentimentalmente e convicto do caminho que quer trilhar. é e será sempre um documento para memória futura, para os meus filhos virem recordar as patetices e as idiossincrasias do pai, recordar situações do seu crescimento ao meu lado e, acima de tudo, esboçar um sorriso sempre que o fizerem.

são 18 anos! ergo o meu copo e brindo com todos aqueles que estiveram, estão e estarão comigo nesta aventura blogosférica! a todos, o meu muito obrigado!

terça-feira, novembro 28, 2023

oito dezoitos de novembro


é como costumas dizer: de vez em quando, precisamos sair da cidade que nos acolhe e partir à descoberta de outras vistas e de elementos para apreender, saciando a curiosidade e a vontade de conhecer cada vez mais lugares juntos.

há dias, pensámos efetivamente nisso, em colocar um pin nos locais do país onde já estivemos juntos. certamente que iríamos gastar muitos desses pins, porque já estivemos, na zona norte e centro, em muitos locais. falta-nos o sul, mas lá chegaremos.

numa rápida massagem à memória, coloco aqui os exemplos de cascais, ponte da barca, paredes de coura, caritel, arcos de valdevez, vila real, espinho, porto, leça da palmeira, guarda, penafiel, chaves, mirandela, torre de moncorvo, aveiro, esmoriz, tomar, quiaios, figueira da foz, tábua, figueiró dos vinhos, ílhavo, bombarral, foz do arelho, são martinho do porto, lisboa, salir do porto, coimbra, proença a nova, oleiros, castelo branco, cantanhede, santa maria da feira, fátima, santarém, lamego, mealhada, gouveia, praia de mira, peso da régua, sortelha, vagueira, são joão da pesqueira, sabugal, penedono, belmonte, pinhel, vila nova de gaia, marinha grande e tantos, tantos outros.

covilhã foi o destino que escolhemos para assinalarmos o nosso oitavo aniversário. foi mais uma cidade para descobrirmos juntos, da forma como gostamos de fazer: caminhando, pesquisando referências gastronómicas endógenas, seleccionando os melhores restaurantes e sítios a visitar, registando sempre tudo fotograficamente.

foi assim que fizemos no fim de semana de 17, 18 e 19 de novembro. a "escapadinha" estava planeada há algum tempo e a ansiedade há muito se tinha instalado. ficaram-nos referências inesquecíveis, como todas aquelas que fomos acumulando ao longo destes oito anos, como o café do montiel, a cherovia (pastinaca sativa), o museu da covilhã, o guitarrista de uma nota só, o casaco verde musgo, o café montanha e o empregado de mesa do alkimya, os restaurantes onde comemos no dia 18 (g-treze e o referido alkimya), as neblinas matinais, os panachés e o tipo de manga curta às nove da manhã de domingo, em novembro, em plena serra da estrela...

o dia 18 tinha de ser especial, por ser o nosso dia, aquele em que despertámos para uma segunda oportunidade de sermos felizes, a data que nos baralhou as prioridades e abanou as nossas mais sólidas fundações. afinal, sempre teríamos uma segunda vida; afinal, ainda éramos capazes de amar, para, depois, chegarmos rapidamente à conclusão de que nunca tínhamos amado assim...

estar contigo continua a ser a melhor forma de estar! seja onde for...

terça-feira, setembro 26, 2023

seis dias no paraíso



































 

de 20 a 25 de setembro.

20 setembro. 11h00. arranque de viseu. mira. almoço. salgáboca. 15h30. foz do arelho.

lagoa de óbidos. o momento inesquecível! o incontornável champanhe ao jantar.

21 setembro. chuva matinal. caminhada de casa à praia da foz do arelho, passadiços de nadia schilling e regresso a casa. 8 km. almoço e jantar em casa. sporting na tv. vitória (só poderia ser, contigo ao meu lado).

22 setembro. caminhada de casa até à lagoa de óbidos, com passagem pelo nosso spot especial. 8 km. partida para bombarral ao fim do almoço. visita ao jardim oriental bacalhôa buddha eden. deslumbre total. comprámos, no final, duas garrafas do vinho casal mendes sangria, outro deslumbre.

23 setembro. manhã consagrada (uma das palavras das férias!) à leitura, na praia da foz do arelho. visita ao novo talho. rolo de carne. almoço regado com monte velho tinto (definitivamente, o nosso vinho! não há volta a dar). tarde caseira. jantar fora, no restaurante távola lagoa (paixão imediata!). excelente atendimento, comida, localização e um cão para recordar o resto da vida, o misha! o cão, que conhecemos mal entramos na esplanada do restaurante, visitou, amiúde, as mesas que tinham clientes, utilizando sempre a mesma "táctica": chegava-se perto da mesa, olhava ambos os clientes e não fazia mais nada, esperava simplesmente por algo. fez isso na nossa mesa uma vez; da segunda vez, olhou fixamente a ana durante meio minuto. até que, enchendo-se de coragem, foi colocar a sua cabeça no seu colo. comovida, a ana ficou com lágrimas nos olhos, enquanto toda a gente olhava para aquela cena com grande ternura. o misha não fez isso com mais ninguém, nem antes, nem depois!). no fnal do lauto jantar, onde provámos camarão com molho de manga, demos uma longa caminhada pela marginal, onde ouvimos os tentadores sons do baile do inatel e ficámos "agarrados" a uma música muito antiga do paco bandeira, que era entoada no momento da nossa saída do restaurante. obviamente, obstinados como somos, não descansámos enquanto não fomos pesquisar a música, a letra, o ano de edição, tudo, até decorarmos o raio da letra. tratava-se de "a chula da livração", editada em 1978. andámos com a música na cabeça até ao final das férias. arrisco-me mesmo a dizer que ainda aqui anda...).

24 setembro. nova caminhada, desta vez nos passadiços entre salir do porto e são martinho do porto. 7 km. calor intenso. ida inesperada à água, por volta do meio-dia, em pleno outono. a ana, incrédula, repetiu a data umas 1763 vezes. não era para menos... tarde em casa, a recuperar.

25 setembro. dia da saída da casa da foz. arrumações das 9 às 10h00. despedida da lagoa de óbidos e partida rumo a óbidos, outro local encantador. descoberta de uma livraria absolutamente notável na capela de s. tiago. fotografias, visita ao castelo, à outra famosa livraria local e procura de um restaurante para almoçar. repetimos o lounge, onde reconhecemos o empregado de há 4 anos. almoço magnífico, visita a uma loja obidense para comprar chocolates de óbidos e conhecer as meias chulé, provar umas avelãs. beber uma famosa ginja de óbidos em óbidos e metermo-nos à estrada em direcção a casa. pelo caminho, passagem por montemor-o-velho, para visitar o castelo. estava encerrado, por ser segunda-feira, mas tirámos fotos na mesma e seguimos caminho para casa. chegámos a viseu às 18h30, já com um enorme nó na garganta a adivinhar a despedida.


balanço, perguntam vocês? apenas um: não poderia ter sido mais harmonioso! foi a lua de mel perfeita, em todos os aspectos! um hino à nossa relação! um compromisso firmado num dos nossos locais preferidos, a certeza definitiva de tudo aquilo que queremos e a convergência cristalizada do rumo a seguir enquanto casal apaixonado e ciente de que o futuro será sempre pleno de céus azuis! é o futuro que sempre quisemos, desde o primeiro dia, aquele dia em que nos conhecemos e em que tudo mudou! essa mudança está, agora, mais perto de se concretizar! vamos trabalhar, ambos, nesse sentido, porque não há mais nada que a gente queira tanto como isto: ficarmos juntos! sempre!