quinta-feira, junho 01, 2023

1 de junho


apenas para reforçar o quanto adorei acompanhar o crescimento destas duas crianças, desde a primeira hora das suas vidas.

deixo aqui dois de muitos episódios, que felizmente plasmei aqui neste blogue, para memória futura, dessa experiência enriquecedora que fez de mim uma pessoa melhor.


é natural

cá em casa, é frequente os meus filhos queixarem-se de alguma coisa. ou é do facto de as pilhas de determinado brinquedo estarem gastas e este não funcionar correctamente, ou porque não conseguem estudar devidamente porque a irmã está a fazer barulho (normalmente a cantar, porque ela, acreditem, está sempre a cantar cá em casa, parece um mp3 ambulante, com mais de 200 músicas, de todas os estilos musicais. a que "passa" mais vezes actualmente é a música do novo anúncio do actimel, que ela decorou imediatamente), ou porque querem mudar do disney channel para o panda, ou vice-versa, ou porque ele quer jogar playstation e ela quer ver um filme, ou ainda quando se aleijam. a todas estas queixas eu costumo reagir com um espontâneo e tranquilizador "é natural". isto já aconteceu tantas vezes que, hoje, a minha filha, ao vestir-se (porque ela quer ser grande à força e já se quer vestir sozinha, tal como quer escolher a roupa, ajudar na cozinha - já consegue fazer ovos mexidos - e arrumar a casa), magoou-se no cotovelo. acto contínuo, virou-se para mim e disse: - "pai, dói-me aqui" (apontando para o cotovelo). eu virei-me para ver o que se passava e, antes que eu tivesse tempo de dizer fosse o que fosse, ela saiu-se com esta "pérola": "mas é natural, não é?".
fiquei sem palavras...


puff, esferovite por todo o lado


"certamente uma das situações mais trágico-cómicas que assisti na vida: os meus filhos sempre quiseram ter um puf. hoje fez-se a vontade aos dois. chegados a casa, foi cada um para o seu quarto com o seu puf, ambos eufóricos (vá-se lá perceber porquê...). cerca de 2 minutos depois, ouve-se um estrondo vindo do quarto do meu filho. fui dar com ele no meio de um enorme manto de esferovite, que se alastrou pelo quarto todo, com o ar mais incrédulo que alguma vez ostentou. o puf durou 2 minutos... a limpeza do quarto durou 45... o desgosto do meu filho ainda continua (apesar de o puf já estar novamente cozido)... mas aquela imagem que encontrei quando cheguei ao quarto depois do estrondo é para o resto da vida".

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