27 de março de 1999; 27 de março de 2005.
durante a nossa existência, procuramos coleccionar datas memoráveis, no sentido de ter cada vez mais motivos para assinalar e para festejar. eu não tive sorte nesta vertente, porque ao invés de ter duas datas, igual ao número de filhos, tenho apenas uma, porque eles fizeram questão de nascer no mesmo dia, com seis anos de diferença. portanto, 27 de março é a minha estreia como pai e, ao mesmo tempo, a despedida. abri e fechei a conta no mesmo dia.
passaram 24 anos desde que assumi o papel de pai. felizmente, tenho uma excelente memória e lembro-me de quase tudo, porque vivi a paternidade com entusiasmo, empenho e compromisso. gostei mesmo muito de os ver crescer, de ouvir as primeiras palavras, de os ver a caminhar pela primeira vez, de os adormecer ao colo com as minhas músicas de fundo.
é um avassalador orgulho ter sido e ser pai deles, todos os dias, e vê-los felizes e saudáveis, porque eles são a minha maior realização pessoal como ser humano e a prova definitiva de que o amor incondicional existe. e é por isso que o meu reconhecimento a ambos, Mariana Lopes e Pedro Lopes, até ao final dos meus dias, nunca será eloquente ou grandioso o suficiente.
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