por vezes, gosto de desafiar a morte e decido comer peixe. a sensação é a mesma de ter uma arma apontada à cabeça: descontrole emocional, nervos à flor da pele e a preparação psicológica para morrer em cinco minutos, se for caso disso. depois de muito bem separadas as espinhas - são 50 minutos da minha vida que nunca irei recuperar - analiso cada garfada com a perícia de um relojoeiro. afinal, tod...
o o cuidado é pouco quando se tem uma arma apontada à cabeça (só assim é que "decido" comer peixe). no fundo, tudo reside no facto de termos coragem ou não para ripostar, para lutar pela vida. ou se, pelo facto de ripostarmos e lutarmos pela vida, não acabamos por apressar ainda mais as coisas e ainda chegamos ao céu antes de servirem o jantar. só espero que não seja peixe...
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