segunda-feira, novembro 29, 2010
leslie nielsen (1926-2010)
leslie nielsen faleceu ontem, aos 84 anos. o seu desaparecimento não apagará da minha memória as centenas de gargalhadas que me proporcionou com a trilogia "naked gun", a série "police squad" e vários filmes non-sense, como "airplane", "dracula: dead and loving it" e "spy hard", entre outros.
domingo, novembro 28, 2010
sporting - fc porto
não sei o que ainda me move quando vejo jogos do sporting. depois de, há quinze dias, ter praticamente jurado que não via mais nenhum jogo do clube, de tão frustrado que fiquei a seguir à derrota em alvalade frente ao vitória de guimarães, hoje, qual peregrino, lá fui cheio de ilusões ver a recepção do sporting ao fc porto. começo por dizer que fiquei de alguma forma espantado com a exibição da equipa de paulo sérgio na primeira parte. inicialmente, desconfiei um pouco daquele meio-campo, com andré santos, maniche e pedro mendes, e da sua articulação perante o muito mais rotinado meio-campo portista, com fernando, joão moutinho e belluschi. para minha surpresa, resultou, porque o fc porto não conseguiu, na primeira parte, fazer as habituais transições atacantes, nem pelo meio, nem pelas alas, onde hulk e varela esbarravam na defensiva leonina. no entanto, o lance de falcao, isolado frente a rui patrício, aos 10 minutos, poderia ter alterado, e de que forma, o sentido do jogo na primeira parte. o sporting apareceu a fazer pressão alta, com todas as suas unidades muito concentradas e disponíveis para defender. evaldo e joão pereira estiveram bem a travar hulk e varela. carriço e polga controlaram falcao (excepto no referido lance aos 10m). o meio-campo "carburava" bem, com pedro mendes a ocupar os espaços com mestria e inteligência, bem secundado pelo aguerrido andré santos (um elemento cada vez mais imprescindível no meio campo leonino) e por um maniche empenhado (pelo menos na primeira parte; na segunda fez apenas "caça às pernas" - moutinho que o diga!). valdés, cada vez mais a "estrela da companhia", apoiou sempre os homens mais avançados: postiga (muito rematador) e liedson (ainda e sempre, para mim, o melhor jogador do clube). o momento alto dos primeiros 45m, para além do golo, um pouco fortuito, diga-se, foi o estrondoso remate à barra de pedro mendes. seria um golo fantástico, de um jogador a que este adjectivo encaixa na perfeição. não foi golo nessa situação, foi-o numa outra, muito caricata. rui patrício coloca a bola em jogo, num remate forte, e esta, depois de sobrevoar rolando e de fugir a maicon, acaba nos pés de valdés, que, isolado frente a helton, não desperdiçou. até ao intervalo, postiga ainda poderia ter marcado, de cabeça, naquele que seria um castigo demasiado severo para o fc porto.
a segunda parte... foi totalmente diferente. o fc porto foi muito mais incisivo e começou os segundos 45 minutos a "empurrar" o sporting para trás, notando-se desde logo a muito maior disponibilidade física dos portistas, em virtude do enorme esforço leonino, na referida pressão alta, durante a primeira parte. o meio-campo do sporting começou, então, a vacilar. maniche passou a ser claramente uma unidade a menos, pouco preocupado em jogar futebol e mais interessado em procurar quezílias com os jogadores adversários. custa a crer que, depois da famigerada expulsão contra o vitória de guimarães, que muitos consideraram ter sido fulcral para a perda dos três pontos (o sporting vencia por 2-0 quando maniche foi expulso e acabou o jogo com uma derrota por 2-3), um dos jogadores mais experientes e mais internacional do clube incorra neste tipo de comportamente, jogo após jogo, sem que se questione sequer a sua titularidade. hoje só por muita sorte não voltou a ser expulso, depois de uma entrada sobre moutinho. no banco, paulo sérgio, impávido, assistia ao maior domínio do fc porto, cada vez mais perto do empate, sem conseguir vislumbrar o que toda a gente estava a ver: a "falência" do meio-campo do sporting e o consequente recuo da defesa. mesmo assim, não mexeu na equipa (paulo sérgio sempre revelou uma incapacidade gritante para "ler" o jogo, portanto, fez o mesmo que costuma fazer, ou seja, nada). ficou, portanto, a assistir ao mais do que natural golo do fc porto, por falcao. se repararem bem no lance do golo, evaldo, em vez de marcar hulk, vai, juntamente com andré santos, se não estou em erro, fazer pressão a moutinho, deixando o brasileiro sozinho nas costas. moutinho faz um passe fácil para hulk, que entra na área sozinho, forçando carriço a sair da sua posição para corrigir evaldo. quando hulk centra, apenas polga e joão pereira estão no seu lugar. mesmo assim, deixaram falcao sozinho. para mim, e parece incrível que se esteja sempre a bater na mesma tecla, sem que a direcção faça algo para mudar este estado de coisas, polga já não tem lugar na equipa há duas épocas. por muito que insistam, polga compromete sempre, treme mais do que qualquer outro jogador, mesmo os mais inexperientes, como andré santos. este ano contratou-se torsiglieri e veio nuno andré coelho. no entanto, joga polga ao lado de carriço. confesso que não entendo...
para piorar ainda mais a situação, poucos minutos depois do golo de falcao, valdés lesionou-se, deixando liedson e postiga sem "abono de família". não havendo, no "banco", nem izmailov, nem matias fernandez, nem diogo salomão, nem tales de souza (alguém sabe quem ele é?), entrou djaló. aos 68 minutos, o sporting recebeu uma "benesse dos deuses", com a expulsão de maicon, num lance onde ficou, mais uma vez, bem evidente a raça e a entrega de liedson, que nunca desiste de um lance. a 22 minutos do fim, aqui estava uma boa oportunidade para paulo sérgio "ler" correctamente o jogo, até porque villas-boas se viu obrigado a tirar falcao para equilibrar o sector defensivo com otamendi. como já tinha tirado, antes, varela, para meter guarin, o fc porto tinha apenas hulk na frente nos últimos 22 minutos do jogo. mesmo assim, obrigado a vencer o jogo, para encurtar para dez (10!!) os pontos que o separam do líder, paulo sérgio manteve o quarteto defensivo e os dois médios mais defensivos (andré santos e pedro mendes). ou seja, seis jogadores (sete, com o guarda-redes) defensivos em campo, a jogar com mais uma unidade. optou por tirar maniche e introduzir vukcevic, que deve ter metido na cabeça antes de entrar que não iria passar a bola a ninguém, tal o excesso de individualismo que exibiu.
o sporting bem tentou "furar" a estratégia de recurso montada por villas-boas, mas faltava uma unidade desequilibradora (diogo salomão?), capaz de romper pelas alas. o que se viu nos últimos minutos foi uma concentração de jogadores verdes e brancos no miolo do terreno, situação que ficou ainda mais insustentável com a entrada de saleiro. juro que quando vi entrar saleiro me apeteceu levantar e não ver o resto do jogo. paulo sérgio deve ter olhado para o banco, onde estavam tiago, torsiglieri, nuno andré coelho e saleiro, e imaginou que o iriam crucificar se não metesse os avançados todos. desta forma, o ataque leonino parecia uma espécie de "mac drive", com os avançados a fazerem fila à frente da baliza de helton: postiga, liedson, saleiro, mais djaló e vukcevic, sempre a derivarem para o centro do terreno. nas alas, era um deserto. joão pereira não subiu, evaldo também não, e o principal municiador do ataque era... rui patrício, que procurava sempre colocar a bola na frente do ataque quando a recuperava, tentando apanhar desprevenida a defesa do fc porto. os últimos minutos do jogo foram, portanto, um enorme bocejo. paulo sérgio bem poderia ter tentado ligar a manuel machado, para este lhe ensinar como se joga contra equipas com dez unidades.
o sporting foi inconsequente, inofensivo e impotente para alterar a fatalidade do seu destino, muito por culpa do seu treinador, que preferiu introduzir mais uma unidade na frente de ataque, para atrapalhar, basicamente, do que colocar alguém, como zapater, que pudesse levar mais jogo aos avançados. mas, lá está, é a tradicional táctica saloia dos treinadores medíocres, como é paulo sérgio: quando se querem ganhar jogos, metem-se avançados. até apetece dizer que paulo sérgio começou logo a perder pontos quando fez a convocatória, ao deixar diogo salomão de fora. preferiu levar para o banco dois centrais (??), três avançados e apenas um jogador de meio campo (que não jogou).
com este resultado, o sporting manteve os 13 pontos de atraso em relação ao fc porto (e ainda terá que ir ao dragão...). o campeonato, se é que havia ainda alguma ilusão, acabou aqui em termos de título. resta a luta pelo segundo lugar, que não se adivinha muito fácil. se o benfica vencer em aveiro (onde o sporting perdeu dois pontos), aumenta para cinco os pontos de vantagem sobre os leões. e ainda há o vitória de guimarães, o nacional e o sp. braga. vendo bem as coisas, o segundo lugar talvez seja um objectivo demasiado alto...
a segunda parte... foi totalmente diferente. o fc porto foi muito mais incisivo e começou os segundos 45 minutos a "empurrar" o sporting para trás, notando-se desde logo a muito maior disponibilidade física dos portistas, em virtude do enorme esforço leonino, na referida pressão alta, durante a primeira parte. o meio-campo do sporting começou, então, a vacilar. maniche passou a ser claramente uma unidade a menos, pouco preocupado em jogar futebol e mais interessado em procurar quezílias com os jogadores adversários. custa a crer que, depois da famigerada expulsão contra o vitória de guimarães, que muitos consideraram ter sido fulcral para a perda dos três pontos (o sporting vencia por 2-0 quando maniche foi expulso e acabou o jogo com uma derrota por 2-3), um dos jogadores mais experientes e mais internacional do clube incorra neste tipo de comportamente, jogo após jogo, sem que se questione sequer a sua titularidade. hoje só por muita sorte não voltou a ser expulso, depois de uma entrada sobre moutinho. no banco, paulo sérgio, impávido, assistia ao maior domínio do fc porto, cada vez mais perto do empate, sem conseguir vislumbrar o que toda a gente estava a ver: a "falência" do meio-campo do sporting e o consequente recuo da defesa. mesmo assim, não mexeu na equipa (paulo sérgio sempre revelou uma incapacidade gritante para "ler" o jogo, portanto, fez o mesmo que costuma fazer, ou seja, nada). ficou, portanto, a assistir ao mais do que natural golo do fc porto, por falcao. se repararem bem no lance do golo, evaldo, em vez de marcar hulk, vai, juntamente com andré santos, se não estou em erro, fazer pressão a moutinho, deixando o brasileiro sozinho nas costas. moutinho faz um passe fácil para hulk, que entra na área sozinho, forçando carriço a sair da sua posição para corrigir evaldo. quando hulk centra, apenas polga e joão pereira estão no seu lugar. mesmo assim, deixaram falcao sozinho. para mim, e parece incrível que se esteja sempre a bater na mesma tecla, sem que a direcção faça algo para mudar este estado de coisas, polga já não tem lugar na equipa há duas épocas. por muito que insistam, polga compromete sempre, treme mais do que qualquer outro jogador, mesmo os mais inexperientes, como andré santos. este ano contratou-se torsiglieri e veio nuno andré coelho. no entanto, joga polga ao lado de carriço. confesso que não entendo...
para piorar ainda mais a situação, poucos minutos depois do golo de falcao, valdés lesionou-se, deixando liedson e postiga sem "abono de família". não havendo, no "banco", nem izmailov, nem matias fernandez, nem diogo salomão, nem tales de souza (alguém sabe quem ele é?), entrou djaló. aos 68 minutos, o sporting recebeu uma "benesse dos deuses", com a expulsão de maicon, num lance onde ficou, mais uma vez, bem evidente a raça e a entrega de liedson, que nunca desiste de um lance. a 22 minutos do fim, aqui estava uma boa oportunidade para paulo sérgio "ler" correctamente o jogo, até porque villas-boas se viu obrigado a tirar falcao para equilibrar o sector defensivo com otamendi. como já tinha tirado, antes, varela, para meter guarin, o fc porto tinha apenas hulk na frente nos últimos 22 minutos do jogo. mesmo assim, obrigado a vencer o jogo, para encurtar para dez (10!!) os pontos que o separam do líder, paulo sérgio manteve o quarteto defensivo e os dois médios mais defensivos (andré santos e pedro mendes). ou seja, seis jogadores (sete, com o guarda-redes) defensivos em campo, a jogar com mais uma unidade. optou por tirar maniche e introduzir vukcevic, que deve ter metido na cabeça antes de entrar que não iria passar a bola a ninguém, tal o excesso de individualismo que exibiu.
o sporting bem tentou "furar" a estratégia de recurso montada por villas-boas, mas faltava uma unidade desequilibradora (diogo salomão?), capaz de romper pelas alas. o que se viu nos últimos minutos foi uma concentração de jogadores verdes e brancos no miolo do terreno, situação que ficou ainda mais insustentável com a entrada de saleiro. juro que quando vi entrar saleiro me apeteceu levantar e não ver o resto do jogo. paulo sérgio deve ter olhado para o banco, onde estavam tiago, torsiglieri, nuno andré coelho e saleiro, e imaginou que o iriam crucificar se não metesse os avançados todos. desta forma, o ataque leonino parecia uma espécie de "mac drive", com os avançados a fazerem fila à frente da baliza de helton: postiga, liedson, saleiro, mais djaló e vukcevic, sempre a derivarem para o centro do terreno. nas alas, era um deserto. joão pereira não subiu, evaldo também não, e o principal municiador do ataque era... rui patrício, que procurava sempre colocar a bola na frente do ataque quando a recuperava, tentando apanhar desprevenida a defesa do fc porto. os últimos minutos do jogo foram, portanto, um enorme bocejo. paulo sérgio bem poderia ter tentado ligar a manuel machado, para este lhe ensinar como se joga contra equipas com dez unidades.
o sporting foi inconsequente, inofensivo e impotente para alterar a fatalidade do seu destino, muito por culpa do seu treinador, que preferiu introduzir mais uma unidade na frente de ataque, para atrapalhar, basicamente, do que colocar alguém, como zapater, que pudesse levar mais jogo aos avançados. mas, lá está, é a tradicional táctica saloia dos treinadores medíocres, como é paulo sérgio: quando se querem ganhar jogos, metem-se avançados. até apetece dizer que paulo sérgio começou logo a perder pontos quando fez a convocatória, ao deixar diogo salomão de fora. preferiu levar para o banco dois centrais (??), três avançados e apenas um jogador de meio campo (que não jogou).
com este resultado, o sporting manteve os 13 pontos de atraso em relação ao fc porto (e ainda terá que ir ao dragão...). o campeonato, se é que havia ainda alguma ilusão, acabou aqui em termos de título. resta a luta pelo segundo lugar, que não se adivinha muito fácil. se o benfica vencer em aveiro (onde o sporting perdeu dois pontos), aumenta para cinco os pontos de vantagem sobre os leões. e ainda há o vitória de guimarães, o nacional e o sp. braga. vendo bem as coisas, o segundo lugar talvez seja um objectivo demasiado alto...
sexta-feira, novembro 19, 2010
compilação musical de novembro
quando a nostalgia nos surpreende, sabe bem olhar para trás e recordar as sensações que várias músicas proporcionavam, como se fossemos atrás do passado e o quiséssemos revisitar. nos últimos 20 anos, e deixando já os longínquos anos 80 para trás, já devidamente homenageados neste blogue, foram certamente muitos os nomes de bandas, cantores e cantoras que aprendi a gostar, que mudaram muito a minha forma de encarar e sentir a música, de dar mais valor às letras e à "mensagem" que se quer passar. nos anos 90 tenho que destacar meia dezena de bandas, que ainda aprecio actualmente, que me ajudaram a fazer essa transição entre os sintetizadores dos anos 80 e a nova década, mais profunda a todos os níveis. falo dos cocteau twins, dos the cure, red house painters, american music club e david sylvian. estes nomes abriram-me as portas para todo um novo espectro musical, de que ainda hoje colho os frutos.
em jeito de homenagem aos últimos 20 anos, a duas décadas de música, aqui deixo, na colectânea musical de novembro, 20 músicas, umas mais antigas do que outras, mas que ainda carregam um elevado grau de nostalgia, cada uma delas com o seu momento agrafado.
1. lazy calm - cocteau twins
2. last harbor - american music club
3. some kind of fool - david sylvian
4. from a late night train - the blue nile
5. to be the one - idaho
6. trust - the cure
7. far away . cranes
8. holes - mercury rev
9. svo hljott - sigur ros
10. castaways - shearwater
11. spain - blonde redhead
12. song for a blue guitar - red house painters
13. saved - mark eitzel
14. this love affair - rufus wainwright
15. bird gerhl - antony and the johnsons
16. autumn - the czars
17. send in the clowns - mark kozelek
18. listen - lambchop
19. caramel - john grant
20. i came to hear the music - bonnie prince billy
em jeito de homenagem aos últimos 20 anos, a duas décadas de música, aqui deixo, na colectânea musical de novembro, 20 músicas, umas mais antigas do que outras, mas que ainda carregam um elevado grau de nostalgia, cada uma delas com o seu momento agrafado.
1. lazy calm - cocteau twins
2. last harbor - american music club
3. some kind of fool - david sylvian
4. from a late night train - the blue nile
5. to be the one - idaho
6. trust - the cure
7. far away . cranes
8. holes - mercury rev
9. svo hljott - sigur ros
10. castaways - shearwater
11. spain - blonde redhead
12. song for a blue guitar - red house painters
13. saved - mark eitzel
14. this love affair - rufus wainwright
15. bird gerhl - antony and the johnsons
16. autumn - the czars
17. send in the clowns - mark kozelek
18. listen - lambchop
19. caramel - john grant
20. i came to hear the music - bonnie prince billy
sexta-feira, novembro 12, 2010
pechinchas
terça-feira, novembro 02, 2010
baladas dos anos 80
três colectâneas de baladas dos anos 80, banda sonora dos meus primeiros desgostos amorosos. o número de músicas não corresponde ao número de desgostos, como é óbvio. se correspondesse estaria hoje a escrever este post num convento ou seminário. a minha adolescência/juventude não foi assim tão má quanto isso no aspecto sentimental. os tais desgostos amorosos prendiam-se mais, isso sim, com as separações forçadas e as distâncias quase insuportáveis. nessas alturas, em que a saudade apertava, "abrigava-me" em músicas como estas:
A
1. it´s over - level 42 (grande música! nunca cansa)
2. save a prayer - duran duran (o verdadeiro clássico)
3. hunting high and low - a-ha (adorava o teledisco também)
4. sweetest smile - black (o taciturno black)
5. windswept - bryan ferry (o senhor "suave")
6. i've been in love before - cutting crew (música marcante)
7. love bites - def leppard (faz-me lembrar os bailes do liceu)
8. where did your heart go - wham (boa pergunta)
9. lover why - century (é verdade, até esta xaropada cá está)
10. red lights - curiosity killed the cat (grande banda esta)
11. there's never a forever thing - a-ha (palavras certeiras)
12. who wants to live forever - queen (música épica)
13. carrie - europe (sim, parece mentira mas também cá está)
14. holding back the years - simply red (muito romântica)
15. working hour - tears for fears (fabulosa música)
16. for all these years - tanita tikaram (que saudades da tanita)
B
1. martha's harbour - all about eve (para embalar)
2. the power of love - frankie goes to hollywood (envolvente)
3. broadcast - cutting crew (sabe sempre bem ouvi-la)
4. sahara - cutting crew (esta vinha a seguir à anterior)
5. hands to heaven - breathe (baladinha típica)
6. drive - the cars (hum... paulina porizkova)
7. eyes without a face - billy idol (mas nunca gostei do cantor)
8. girlfriend - julia fordham (por onde andas tu julia?)
9. up where we belong - joe cocker/jennifer warnes (olha, um dueto!)
10. take my breath away - berlin (quem não se lembra do top gun?)
11. never say goodbye - bon jovi (triste, sim, mas verdade)
12. careless whisper - george michael (esta era quase obrigatória)
13. one more try - george michael (ninguém fazia baladas como ele)
14. fragile - sting (devo ter ouvido esta músicas umas 750 vezes)
15. every breath you take - the police (clássico intemporal)
16. in a lifetime - clannad/bono (excelente conjugação de vozes)
C
1. against all odds - phil collins (outro baladeiro incurável)
2. broken wings - mr. mister (penetrante)
3. with or without you - u2 (outro clássico)
4. just around the corner - cock robin (indispensável)
5. i don't want to talk about it - everything about the girl (marcante)
6. slave to love - bryan ferry (ninguém fazia baladas como ele 2)
7. purple rain - prince (outra música com rótulo de 'clássico')
8. more than this - roxy music (excelente música)
9. stay on these roads - a-ha (marcou uma fase da minha vida)
10. avalon - roxy music ("toma lá um empréstimo"...)
11. a matter of feeling - duran duran ('love's already history to you')
12. true - spandau ballet (mas detestava a banda)
13. dancing with tears in my eyes - ultravox (comovente)
14. heaven - bryan adams (baladinha típica dos anos 80)
15. forever young - alphaville (por onde andarão estes tipos?)
16. a question of lust - depeche mode (saudades dos sintetizadores)
confesso que não estava à espera de colocar tantas músicas, mas neste caso as músicas foram como as cerejas. atrás de uma, vem sempre outra. mas soube muito bem recordar todas estas músicas. cada uma delas tem a sua história agrafada. e sei bem que, nos próximos dias, ainda me vou lembrar de mais umas quantas.
adenda: era inevitável. já me lembrei de mais uma: "eyes of ice", dos scarlet party. como pude esquecer-me desta música?
A
1. it´s over - level 42 (grande música! nunca cansa)
2. save a prayer - duran duran (o verdadeiro clássico)
3. hunting high and low - a-ha (adorava o teledisco também)
4. sweetest smile - black (o taciturno black)
5. windswept - bryan ferry (o senhor "suave")
6. i've been in love before - cutting crew (música marcante)
7. love bites - def leppard (faz-me lembrar os bailes do liceu)
8. where did your heart go - wham (boa pergunta)
9. lover why - century (é verdade, até esta xaropada cá está)
10. red lights - curiosity killed the cat (grande banda esta)
11. there's never a forever thing - a-ha (palavras certeiras)
12. who wants to live forever - queen (música épica)
13. carrie - europe (sim, parece mentira mas também cá está)
14. holding back the years - simply red (muito romântica)
15. working hour - tears for fears (fabulosa música)
16. for all these years - tanita tikaram (que saudades da tanita)
B
1. martha's harbour - all about eve (para embalar)
2. the power of love - frankie goes to hollywood (envolvente)
3. broadcast - cutting crew (sabe sempre bem ouvi-la)
4. sahara - cutting crew (esta vinha a seguir à anterior)
5. hands to heaven - breathe (baladinha típica)
6. drive - the cars (hum... paulina porizkova)
7. eyes without a face - billy idol (mas nunca gostei do cantor)
8. girlfriend - julia fordham (por onde andas tu julia?)
9. up where we belong - joe cocker/jennifer warnes (olha, um dueto!)
10. take my breath away - berlin (quem não se lembra do top gun?)
11. never say goodbye - bon jovi (triste, sim, mas verdade)
12. careless whisper - george michael (esta era quase obrigatória)
13. one more try - george michael (ninguém fazia baladas como ele)
14. fragile - sting (devo ter ouvido esta músicas umas 750 vezes)
15. every breath you take - the police (clássico intemporal)
16. in a lifetime - clannad/bono (excelente conjugação de vozes)
C
1. against all odds - phil collins (outro baladeiro incurável)
2. broken wings - mr. mister (penetrante)
3. with or without you - u2 (outro clássico)
4. just around the corner - cock robin (indispensável)
5. i don't want to talk about it - everything about the girl (marcante)
6. slave to love - bryan ferry (ninguém fazia baladas como ele 2)
7. purple rain - prince (outra música com rótulo de 'clássico')
8. more than this - roxy music (excelente música)
9. stay on these roads - a-ha (marcou uma fase da minha vida)
10. avalon - roxy music ("toma lá um empréstimo"...)
11. a matter of feeling - duran duran ('love's already history to you')
12. true - spandau ballet (mas detestava a banda)
13. dancing with tears in my eyes - ultravox (comovente)
14. heaven - bryan adams (baladinha típica dos anos 80)
15. forever young - alphaville (por onde andarão estes tipos?)
16. a question of lust - depeche mode (saudades dos sintetizadores)
confesso que não estava à espera de colocar tantas músicas, mas neste caso as músicas foram como as cerejas. atrás de uma, vem sempre outra. mas soube muito bem recordar todas estas músicas. cada uma delas tem a sua história agrafada. e sei bem que, nos próximos dias, ainda me vou lembrar de mais umas quantas.
adenda: era inevitável. já me lembrei de mais uma: "eyes of ice", dos scarlet party. como pude esquecer-me desta música?
sozinho em casa
acontece poucas vezes, mas de vez em quando chego primeiro a casa, vindo do trabalho. quando lá chego deparo com uma casa silenciosa e desarrumada (quase sempre, catano para os miúdos!). sei que o resto da família chegará em dez, quinze minutos, por isso não posso fazer nada que demore muito tempo, porque vou ter que a cancelar quando eles chegarem (e com isto estou a referir-me à playstation). é então que se dá aquele fenómeno natural de não se saber o que fazer. muitas vezes, as coisas que fazemos quando estamos sozinhos em casa não são necessariamente egoístas, são apenas estúpidas. mas só nos apercebemos disso quando as vemos bem evidentes noutra pessoa. na verdade, tudo o que fazemos quando estamos sozinhos parece parvo. acções sem nenhuma lógica, simplesmente dez minutos de actividade ao acaso, sem entusiasmo e totalmente ineficazes.
pouso o correio, permaneço quieto, abro o frigorífico, olho para as prateleiras à procura não sei bem de quê, cheiro o leite, volto a pô-lo no frigorífico, volto para a sala, olho fixamente uma cadeira, vejo se tenho mensagens no telefone, ligo a televisão, faço zapping durante 2 minutos, vou à janela, olho fixamente a rua durante 3 minutos, desligo a televisão, ponho música, vou novamente ao frigorífico, não há nada que me apeteça comer de lá, pego numa banana, como metade, pego numa revista, leio meia dúzia de linhas, vou novamente à janela... enfim, pareço perdido na minha própria casa.
quando se vive sozinho isto acaba por ser normal. quando se vive acompanhado é... estranho. e então começamos a anunciar tudo o que vamos fazer.
- "vou ver televisão para a sala"
- "quanto tempo?"
- "quinze segundos. depois tenho que estar à janela, vou olhar fixamente a casa do outro lado da rua por um bocadinho".
- "por quanto tempo?"
- "não mais de dez segundos, porque tenho de comer meia banana e fixar o olhar numa cadeira. e já estou atrasado".
pouso o correio, permaneço quieto, abro o frigorífico, olho para as prateleiras à procura não sei bem de quê, cheiro o leite, volto a pô-lo no frigorífico, volto para a sala, olho fixamente uma cadeira, vejo se tenho mensagens no telefone, ligo a televisão, faço zapping durante 2 minutos, vou à janela, olho fixamente a rua durante 3 minutos, desligo a televisão, ponho música, vou novamente ao frigorífico, não há nada que me apeteça comer de lá, pego numa banana, como metade, pego numa revista, leio meia dúzia de linhas, vou novamente à janela... enfim, pareço perdido na minha própria casa.
quando se vive sozinho isto acaba por ser normal. quando se vive acompanhado é... estranho. e então começamos a anunciar tudo o que vamos fazer.
- "vou ver televisão para a sala"
- "quanto tempo?"
- "quinze segundos. depois tenho que estar à janela, vou olhar fixamente a casa do outro lado da rua por um bocadinho".
- "por quanto tempo?"
- "não mais de dez segundos, porque tenho de comer meia banana e fixar o olhar numa cadeira. e já estou atrasado".
segunda-feira, novembro 01, 2010
missing islands - shearwater
Effortless gulls in the wake
silver and white on the bow
as the island is broken away
from the world
Bandages pulled from the eyes
the violent surging of life
in the bloodstream of heaven and earth
falls away
Stars on the boundary line
bloom and recede in the day
and the airfield is over the waves
"the golden archipelago", dos shearwater, continua a servir de banda sonora dos meus cinzentos dias. esta pequena mas maravilhosa peça musical lembra "it's getting late in the evening", uma das minhas músicas preferidas dos talk talk.
god made me - shearwater
My brother stands at the end of the line
my children at the breaking wall
a cloud is opening over the earth
the palms a dark and waving wall
and we call back to the old familiar life
please hide me
My father climbs to the top of the rail
his head above the roaring world
his body burning
his eyes on the waves
and a god below the waterline
And the grim towers along the barrier line
in the cold light of a wakening star
unchain me
Though the last shower of fire wheels in the air
I am life breathed in the radiant lie
god made me