terça-feira, junho 29, 2010

o adeus português

só peço que este jogo tenha servido para acabarem de vez com as comparações entre lionel messi e cristiano ronaldo. vemos a argentina jogar e lá está messi, sempre em jogo, a jogar e a fazer jogar, a defender, a pressionar, a rematar, a servir os companheiros... por outro lado, cristiano ronaldo sai deste mundial sem fazer uma única finta. ou seja, nunca desequilibrou, no um-para-um, nunca procurou ajudar a equipa a defender, foi desastrado, inconsequente e pouco mais que inofensivo. o seu comportamento em campo hoje, sobretudo na segunda parte, em que mais parecia um menino mimado a quem ninguém passava a bola como deve ser, fazendo birras por tudo e por nada (aquele remate à baliza, a um minuto do fim, com colegas a quem passar a bola, que saiu tortíssimo, foi bem a imagem do madeirense neste mundial), e fora do campo, na zona de entrevistas no final do jogo, respondendo à pergunta "que explicações tem para esta derrota?" com um "perguntem ao carlos queiroz", ele que é, imagine-se, o capitão da selecção nacional, foi simplesmente deplorável. já vi cristiano ronaldo realizar boas exibições, sobretudo no manchester united, onde havia "mão de ferro" e não há lugar para vedetas, mas ao serviço da selecção nacional juro que nunca o vi fazer nada de especial. se o seu ego é demasiado grande para jogar pela selecção portuguesa, que se naturalize espanhol ou inglês e desapareça, porque o rapaz parece que joga sempre contrariado, parece que está a fazer um valente frete. enfim...

claro que portugal, hoje, não perdeu o jogo frente à espanha por causa de cristiano ronaldo. começou a perder o jogo logo pelo "onze" escolhido por queiroz. custa a crer que, com dois defesas direitos de raiz convocados, o seleccionador tenha que recorrer a um defesa central para ocupar esse lugar. depois, o lugar de trinco, que pedro mendes estava a desempenhar na perfeição, foi atribuído a pepe, um jogador claramente sem ritmo, que vem de uma paragem de seis meses. a titularidade de simão, outro que raramente joga alguma coisa pela selecção, já dou de barato, porque realmente não havia mais ninguém para o lugar dele (danny é ainda pior). a preferência por hugo almeida em vez de liedson compreende-se apenas pela perspectiva do melhor jogo aéreo do primeiro. mesmo assim, entendo que liedson seria uma opção muito mais válida.

durante o jogo, na primeira parte a defesa esteve, de facto, à altura, tirando ricardo costa que deixou rematar villa e torres sem oposição. valeu, na circunstância, eduardo, tal como no resto do jogo. pepe, meireles e tiago defendiam cada vez mais perto da grande área portuguesa, mas foram eficazes. falhou... o resto. as saídas para o ataque nunca resultaram. simão era apenas figura de corpo presente, cristiano ronaldo nunca conseguiu fazer uma transição, perdendo bolas atrás de bolas. a nível ofensivo, o único que ainda fez algo de realce foi fábio coentrão, com duas ou três boas iniciativas pelo seu flanco. numa delas, tiago tinha tudo para fazer golo, sem oposição, se bem que ainda fora da área, mas rematou à figura de casillas.

na segunda parte... foi o massacre. portugal foi zero, simplesmente zero. se eduardo não tivesse realizado mais uma grande exibição (já tinha sido o melhor frente ao brasil), a selecção nacional sairia vergada a uma pesada derrota, próxima dos números que infligimos à coreia do norte. quanto às substituições operadas, um completo desastre. primeiro, retirou hugo almeida, o ponta de lança, para meter danny, colocando cristiano ronaldo no meio. logo a seguir, a espanha marcou, num lance em que eduardo só foi batido à segunda. ah, e note-se que o "defesa" que estava a marcar david villa era simão. onde estava ricardo costa? pois...
a perder, queiroz retira pepe, claramente esgotado, e em vez de colocar deco, passando meireles para trinco, atribuindo mais imaginação e magia ao meio campo nacional, numa tentativa de ligar, finalmente, os sectores mais adiantados da equipa, introduziu pedro mendes. ou seja, fez apenas uma mera troca de jogadores. isto a vinte e poucos minutos do final da partida. depois, entendendo que tinha cometido um erro quando tirou hugo almeida, privando a selecção de ponta de lança, colocou liedson em campo, tirando simão (finalmente!). só que, quando se pensava que o trio de ataque teria danny na esquerda, ronaldo na direita e liedson ao meio, queiroz inovou, deixando ronaldo no centro, optando por encostar liedson à direita. uma medida que tem tanto de inovadora como de estúpida. o ataque, no papel, estava, de facto, lá, com três jogadores, só que os dois homens imediatamente atrás destes estavam em "frangalhos". meireles (pouco habituado a jogar os 90 minutos) e tiago já não tinham nem pernas nem clarividência para transportar jogo até aos avançados. o terceiro elemento do meio campo, pedro mendes, parece que entrou para aguentar o 1-0 espanhol. e deco no banco de suplentes... a assistir.
não espantou que, na segunda parte, portugal não tenha criado uma única situação de golo (se esquecermos aquela tabela no joelho de puyol que ia fazendo um chapéu perfeito a casillas). ricardo costa, que andava "pegado" com villa, acabou por mandar uma cotovelada em capdevilla. errou por pouco, portanto. este tinha mais cinco letras na camisola. por momentos, pensei que portugal ia ter uma despedida "à mundial 2002", com mais cartões vermelhos à mistura, mas lá se aguentaram.

em suma, resultado justo (talvez peque por escasso - grande eduardo!) e uma eliminação "sem espinhas". desta vez nem há casos de arbitragem, nem penalties, nem golos mal anulados, etc.. portugal perdeu porque é nitidamente inferior a esta espanha. aliás, a diferença é tão grande, a nível futebolístico, que não se compreende como é que no ranking da fifa nós estamos imediatamente a seguir aos espanhóis, que estão em segundo lugar.
realce-se, porém, o bom mundial de jogadores com ricardo carvalho, fábio coentrão, bruno alves, tiago, meireles, pedro mendes e, acima de todos, eduardo. lamenta-se a despedida de deco da selecção, claramente castigado depois das suas declarações no final do jogo frente à costa do marfim, num adeus sem glória, ele que participou nas grandes conquistas da selecção na era scolari. esperava-se que liedson tivesse muito mais oportunidades, sobretudo depois da sua naturalização à pressa, que ainda deu para ajudar a levar portugal ao mundial, mas, pelos vistos, não foi suficiente para jogar... nesse mesmo mundial. por explicar ficam todos os minutos que simão e danny jogaram a mais neste mundial 2010.

já aqui tinha dito que carlos queiroz não é, de forma alguma, a pessoa indicada para o lugar de seleccionador nacional. antes do jogo, ouvimo-lo dizer, várias vezes, que este jogo seria de tudo ou nada, que portugal ia dar tudo, etc., etc., e depois, na prática, foi o que se viu. o homem não arrisca nada, parece que ficou de tal forma "queimado" com aqueles 3-6 do benfica em alvalade, com a famosa substituição de paulo torres por pacheco ao intervalo, abrindo uma autêntica auto-estrada no corredor direito do ataque encarnado, perdendo aí as hipóteses de ser campeão nacional pelo sporting. caramba, um outro treinador, fosse manuel josé, manuel cajuda, fernando santos ou até jaime pacheco, a perder por 1-0, a vinte minutos do fim, com duas substituições para fazer, tirava ricardo costa e pepe e metia deco e liedson, tentava, ao menos, alguma coisa. o que queiroz fez foi resignar-se logo a seguir ao golo espanhol (que ainda não sei, porque ainda não vi uma repetição clara do lance, se não foi obtido em fora de jogo), trocando jogador por jogador, mantendo a estrutura. ora, era precisamente isso que a espanha queria, porque dessa forma teve sempre bola, para poder trocar a seu bel-prazer, como tão bem o meio campo espanhol sabe fazer. dizer, no final do jogo, que portugal jogou muito bem e que os jogadores foram bravos é uma pura imbecilidade. portugal não existiu, pura e simplesmente, na segunda parte. e a quem competia fazer alguma coisa para evitar tudo isto? isso mesmo, a carlos queiroz. mas este não deve ter tido nenhum "feeling" para mudar o rumo dos acontecimentos.

1 euro e 99 cêntimos


passei grande parte da minha juventude a gravar filmes. o processo era simples: juntar dois vídeos, ligá-los através de um cabo e enquanto um deles passava o filme, o outro gravava-o. foi desta forma, mais os filmes gravados da televisão e as compras directas, que cheguei a ultrapassar o meio milhar de filmes, que ainda hoje possuo, embora estejam por estes dias a ocupar cerca de 25% do meu sótão. com a chegada do dvd, as cassetes vhs tornaram-se obsoletas e, naturalmente, como apreciador de cinema, encetei uma nova colecção de filmes. o processo acabou por ser idêntico à transição dos discos de vinil para os cds.
em pouco mais de sete anos, os filmes em dvd já ultrapassaram os vhs, conseguindo em muitos casos encontrar a versão em dvd de um filme que já tinha em vhs. normalmente, estas "raridades", em especial filmes dos anos 80, encontram-se em promoções que os hipermercados costumam fazer. ontem, num dos frequentes périplos por um hipermercado da cidade, por sinal até com uma missão bastante específica, comprar um quilo de carne picada, aproveitei o tempo que tinha para "queimar" para ir visitar a área dos dvds. foi lá que encontrei, pela módica quantia de 1 euro e 99 cêntimos, os seis filmes que coloquei no topo deste post. cinco deles já os tinha em vhs, apenas não tinha o mais recente "hot fuzz", que nuno markl tanto elogiou e que estou com bastante expectativa para ver.
"the secret of my success", com michael j. fox, creio mesmo que foi o primeiro filme que vi em vídeo, em minha casa, depois de tanto massacrar os meus pais para comprarem o electrodoméstico. e caramba, é um filme com michael j. fox, bastava isso para comprar o filme.
"field of dreams" foi um filme que me deixou estarrecido quando o vi pela primeira vez. o final é um daqueles em que se torna extremamente difícil não verter uma lagrimazita.
"the breakfast club", escrito e realizado por john hughes, é um filme "padrão" dos anos 80. creio que deve ter marcado todas as pessoas da minha idade que o viram nessa década. por isso, era um filme obrigatório na minha dvdteca.
mais recentes, "mystery men" e "bowfinger" são duas comédias com elencos fantásticos. o primeiro, sobre uma equipa de super-heróis totalmente inadaptados e inconsequentes, conta com as interpretações de ben stiller, william h. macy, janeane garofalo, geoffrey rush, lena olin, eddie izzard, hank azaria, claire forlani, tom waits, greg kinnear e wes studi. é uma comédia muito próxima dos terrenos do non-sense e, acima de tudo, muito bem interpretada. quanto a "bowfinger", como admirador há largos anos de steve martin, que também escreveu o argumento, sou um pouco suspeito para falar sobre o filme, que tem momentos hilariantes. para além de martin, no elenco de "bowfinger" aparecem ainda nomes como eddie murphy, heather graham, christine baranski, terence stamp e robert downey jr..
várias horas de prazer cinematográfico por apenas 11,94. compensa...

sexta-feira, junho 25, 2010

novo disco dos blonde redhead em setembro


setembro marcará o regresso dos blonde redhead, depois do sublime "23", de 2007. o novo disco, intitulado "penny sparkle", tem como tema de abertura a música "here sometimes", que pode ser ouvida no post anterior. este disco será o terceiro da banda para a editora 4AD.
kazu makino, vocalista da banda, fala assim de "penny sparkle":
“I can't say what Penny Sparkle is about just yet. I remember talking to Ed (from 4AD) one day and telling him that I had a vision that I was traveling to far away places to complete it. (Then) I landed in snowy slippery Stockholm..... and here. I fell in love with the music like falling for someone you've known for a long time. It was dreamy and sometimes was very stormy. At times I felt like a shepherd who was trying to herd five stallions into a yard (unsuccessfully). I felt like I was a link to everyone. I remained still and the others were constantly moving around it. I am not sure what Penny Sparkle is but I hope I offered to them as much as they offered me. I know that we have never made a record this way and if I could go back in time, I would do it exactly the same way again.”

entretanto, a banda já anunciou algumas datas de concertos na europa, sendo que, para já, portugal fica de fora. assim, em setembro, logo a seguir ao lançamento do disco, os blonde redhead estarão na suiça (dia 15), frança (16), bélgica (18), holanda (19), dinamarca (21), noruega (22), suécia (23), finlândia (24) e inglaterra (29).

"sorrow" - the national



Sorrow found me when I was young,
Sorrow waited, sorrow won.
Sorrow that put me on the pills,
It's in my honey it's in my milk.
It's only about half a heart alone
On the water,
Cover me in rag and bones, sympathy.
Cause I don't wanna get over you.
I don't wanna get over you.

Sorrows my body on the waves
Sorrows a girl inside my cage
Didn't I see sorrow build?
It's in my honey, it's in my milk.
It's only my half of heart alone,
On the water,
Cover me in rag and bones, sympathy.
Cause I don't wanna get over you.
I don't wanna get over you.

It's only my half of heart alone,
On the water,
Cover me in rag and bones, sympathy.

Cause I don't wanna get over you.

I don't wanna get over you.

"bloodbuzz ohio" - the national



Stand up straight at the foot of your love
I lift my shirt up
Stand up straight at the foot of your love
I lift my shirt up

I'll rest my eyes till the fevers outta me
I'll rest my eyes to the rivers in the sea
I'll rest my eyes till the fevers outta me
I'll rest my eyes to the rivers in the sea

I was carried to Ohio in a swarm of bees
I'll never marry but Ohio don't remember me

I still owe money to the money to the money I owe
I never thought about love when I thought about home
I still owe money to the money to the money I owe
The floors are falling out from everybody I know

I'm on a blood buzz
Yes I am
I'm on a blood buzz
I'm on a blood buzz
God I am
I'm on a blood buzz

Lay my head on the hood of your car
I'll take it too far
Lay my head on the hood of your car
I'll take it too far

I'll rest my eyes till the fevers outta me
I'll rest my eyes to the rivers in the sea
I'll rest my eyes till the fevers outta me
I'll rest my eyes to the rivers in the sea

I'm on a blood buzz
Yes I am
I'm on a blood buzz
I'm on a blood buzz
God I am
I'm on a blood buzz

I was carried to Ohio in a swarm of bees
I'll never marry but Ohio don't remember me

I still owe money to the money to the money I owe
I never thought about love when I thought about home
I still owe money to the money to the money I owe
The floors are falling out from everybody I know

I'm on a blood buzz
Yes I am
I'm on a blood buzz
I'm on a blood buzz
God I am
I'm on a blood buzz

"afraid of everyone" - the national



Venom radio and venom television
I'm afraid of everyone, I'm afraid of everyone
They're the young blue bodies
With the old red bodies
I'm afraid of everyone, I'm afraid of everyone
With my kid on my shoulders I try

Not to hurt anybody I like
But I don't have the drugs to sort
I don't have the drugs to sort it out
Sort it out

I'll defend my family with my orange umbrella
I'm afraid of everyone, I'm afraid of everyone
With my shining blue star
Find More lyrics at www.sweetslyrics.com
Spangling tennis shoes on
I'm afraid of everyone, I'm afraid of everyone

With my kid on my shoulders I try
Not to hurt anybody I like

But I don't have the drugs to sort
I don't have the drugs to sort it out
Sort it out
I don't have the drugs to sort it out
Sort it out

Your voice is swallowing my soul, soul, soul

"conversation 16" - the national



I think the kids are in trouble
Do not know what all the troubles are for
Give them ice for their fevers
You're the only thing I ever want anymore
We live on coffee and flowers
Try not to wonder what the weather will be
I figured out what we're missing
I tell you miserable things after you are asleep

Now we'll leave the silver city 'cause all the silver girls
Gave us black dreams
Leave the silver city 'cause all the silver girls
Everything means everything

It's a Hollywood summer
You'll never believe the shitty thoughts I think
Meet our friends out for dinner
When I said what I said I didn't mean anything
We belong in a movie
Try to hold it together 'til our friends are gone
We should swim in a fountain
Do not want to disappoint anyone

Now we'll leave the silver city 'cause all the silver girls
Gave us black dreams
Leave the silver city to all the silver girls
Everything means everything

I was afraid I'd eat your brains
I was afraid I'd eat your brains
'Cause I'm evil
'Cause I'm evil

I'm a confident liar
Have my head in the oven so you know where I'll be
I'll try to be more romantic
I want to believe in everything you believe
I was less than amazing
Do not know what all the troubles are for
Fall asleep in your branches
You're the only thing I ever want anymore

Now we'll leave the silver city 'cause all the silver girls
Gave us black dreams
Leave the silver city to all the silver girls
Everything means everything

I was afraid I'd eat your brains
I was afraid I'd eat your brains
'Cause I'm evil
'Cause I'm evil
'Cause I'm evil

segunda-feira, junho 21, 2010

a frase mágica

uma pessoa tenta ser o melhor pai possível, equilibrando sempre a balança na questão do "ceder pouco / ceder muito", dizendo "não" quando tem que ser e "sim" quando realmente se pode dizer "sim", tendo sempre em conta o comportamento dos filhos. ora, em relação ao meu filho mais velho, chegada esta altura do ano, a forma mais rápida de o fazer feliz e de o colocar aos saltos, é proferir uma simples frase. depois de onze anos e alguns meses, chego à conclusão de que as palavras que o meu filho mais gosta de ouvir da minha boca não são aquelas coisas lamechas como "gosto muito de ti" e "estou muito orgulhoso de ti", ou mais materialistas como "claro que podes comprar todos os jogos de playstation que quiseres". a frase "mágica", para a sua entrada no reino da felicidade, é esta:
"sim, já fizeste a digestão, podes ir para a água".
basta isto.

domingo, junho 20, 2010

totalmente viciado nisto...


especialmente nos jogos de golfe, basebol e bowling. no caso do golfe foi uma completa surpresa, nunca admirei particularmente a modalidade, mas hoje parecia o tiger woods, embora mais esbranquiçado e com muito menos casos extra-conjugais. o basebol também acabou por ser surpreendente, embora sempre tivesse uma certa curiosidade em bater a bola com o taco. pelo menos nos filmes, quando estão quase a acabar e quando a cena é vista em câmara lenta, os actores acertam sempre. neste caso, mesmo em velocidade normal, devo dizer que fazer um home run é realmente fantástico. ah, e começo a perceber (FINALMENTE!) as regras do jogo. anos e anos a ver filmes americanos, muitos deles com o basebol como pano de fundo, e nunca entendi uma avelã do jogo, só sabia que eles tinham mesmo que acertar na bola com o taco e depois desatarem a correr. quanto ao bowling, é o único dos três que já experimentei na realidade. tanto na wii como nas verdadeiras pistas, é viciante. ainda não joguei a maior parte dos jogos (há alguns com que não engracei, como o ping pong, que adoro jogar a sério, mas que na wii está muito fraquinho), mas, por mim, ficaria já contente com estes três.
por causa da wii releguei hoje os jogos do mundial para segundo plano. mas também quem é que aguenta ficar 90 minutos à frente de um televisor cujo som mais parece o de um enxame? é como misturar um jogo de futebol com um documentário do national geographic sobre as abelhas. não há pachorra. para mais, o mundial tem tido muito pouco interesse. a primeira fase é sempre muito chata, prefiro os jogos a eliminar.

sábado, junho 19, 2010

à espera de um novo rumo


um dia hei-de ter coragem. um dia hei-de ter forças para deixar tudo para trás e encontrar, finalmente, o meu rumo. fique o que ficar para trás. quando alguma coisa tarda em fazer sentido, a encontrar um enquadramento plausível dentro de um cenário racional, lógico e real, será melhor despedirmo-nos e enfrentar de vez o nosso mar de interrogações. a vida é feita de despedidas, de desatar de nós que ajudamos a atar, umas vezes conscientemente, outras de uma forma inconsciente. alguns desses nós tentamos manter e até fazemos tudo para que eles não se desfaçam; mas outros há que, por muito que tentemos, sabemos que se vão desfazer. já tolstoi dizia que "o lugar que ocupamos é menos importante do que aquele para o qual nos dirigimos". apesar de não saber ainda qual o meu destino, sei que o meu barco está mais do que preparado para partir. apenas falta desatar dois ou três nós...

sexta-feira, junho 18, 2010

parks and recreation


gosto!
pode ver-se, todas as sextas-feiras, no canal sony entertainment television, às 21h30.
aliás, as noites de sexta-feira neste canal são um verdadeiro luxo para quem gosta de sitcoms, como eu. às 20h30, "in case of emergency", com jonathan silverman, greg germann, david arquette, kelly hu e lori loughlin; às 21h00, "everybody loves raymond", com ray romano; às 21h30, este "parks and recreation", com amy poehler, rashida jones, aziz ansari e nick offerman; segue-se, às 21h55, "cougar town", com courteney cox, christa miller e busy philipps; antes do "prato forte" da noite, "community", de que já falei várias vezes neste blogue, novo episódio de "everybody loves raymond". é de ficar de barriga cheia...

cougar town


gosto!
passa no canal sony entertainment television, às sextas-feiras, pelas 21h55.

blonde redhead


esta magnífica banda vai lançar ainda este ano um novo disco. para já, podem fazer o download da música "here sometimes" no site oficial dos blonde redhead. a amostra promete um disco tão inspirado e inesquecível como "23".

o que se ouve por cá...


"high violet" - the national
depois de ouvir o disco durante uma semana, chego à conclusão, apesar da minha desconfiança inicial, porque é muito raro uma banda fazer dois discos consecutivos muito bons, de que os the national não enganam. quanto mais ouço, mais gosto e, actualmente, estou naquela fase de encantamento absoluto. se "boxer" era muito bom, este "high violet" não lhe fica atrás.

os restos do sporting...

o plantel do sporting, na época passada, era tão bom, tão bom, que até nos demos ao luxo de mandar o sérvio stojkovic embora e deixar matias fernandez no banco a maior parte da temporada, jogando quase sempre joão moutinho no seu lugar (nem pontapés de livre deixavam o chileno marcar). comprova-se agora no mundial que nenhum deles teria lugar no sporting. rui patrício é muito melhor que o sérvio, que hoje defendeu uma grande penalidade de podolski e assegurou a primeira vitória da sua selecção. a prova disso mesmo é estar na selecção portuguesa... ah, é verdade, não está. estão beto e daniel fernandes (quem??). já o chileno matias fernandez, a jogar na sua posição natural, jogou e fez jogar o chile, realizando uma boa exibição frente às honduras.
obviamente que jogadores assim, deste calibre, nunca seriam titulares no sporting do ano passado...

quinta-feira, junho 17, 2010

rotinas

devo ser o tipo mais rotineiro que existe. apesar de ter essa perfeita noção, sou incapaz de alterar seja o que for da minha rotina. já tomei a decisão de procurar um outro restaurante para almoçar, nos dias de semana, porque já estou um bocado saturado gastronomicamente do local que frequento há 3 anos. tomei essa decisão há... três meses. apesar de ter quatro ou cinco restaurantes na minha lista, como candidatos à tal mudança, ainda não me sinto preparado psicologicamente para uma mudança. e lá vão passando os dias, as semanas, os meses, e eu sempre a comer no mesmo restaurante, cuja ementa raramente varia. esta questão de ter que saber exactamente o que me espera no início de cada dia, o que vou fazer no trabalho, o que vou comer, onde vou tomar café, a que horas vou buscar os meus filhos, etc., faz de mim uma pessoa bestialmente precavida, pontual, organizada e até metódica. apesar disso, se eu fosse outra pessoa e tivesse a oportunidade de "me" conhecer, não deixaria de "me" considerar a pessoa mais entediante do mundo.

get in the picture


de cada vez que o calor "aperta" aumenta a ansiedade. a chuva de verão, aquela chuva que desmaia no alcatrão quente e destila um odor fantástico. tantas memórias, tanta saudade de ser pequeno outra vez, de fazer o que der na real gana, de andar à chuva, pisar as poças de água, chegar encharcado a casa e... bem, a partir daqui já não tenho assim tantas saudades. os ralhetes parece que ainda estão aqui gravados no cérebro. hoje, adulto (faço por isso), não me posso dar ao luxo de dar uma de gene kelly e desatar numa cantoria desenfreada enquanto apanho chuva. em todo o caso, olhando para a foto anexa, dá vontade de me descalçar e pedir à bela donzela de vestido vermelho que espere por mim. eu já aí vou ter...

domingo, junho 13, 2010

é oficial

"I Wanna Go to Marz" by John Grant from Ewan Jones Morris on Vimeo.



finalmente o video oficial de "i wanna go to marz", o primeiro single extraído do magnificamente belo "queen of denmark", de john grant

sexta-feira, junho 11, 2010

novo visual

chuva. pequenas gotas de chuva. passeios à chuva, o cheiro a terra molhada depois de muito tempo sem chover... se há nuvens, há chuva. por estas nuvens da alma faltava, enfim, uns pequenos aguaceiros, a água redentora que lava as memórias dos apeadeiros da vida, que nos revitaliza interiormente. lavemos então a imagem deste espaço, pela terceira vez desde a sua criação. pela primeira vez, temos nuvens e chuva, uma associação natural e, acima de tudo, sem fins lucrativos. de qualquer forma, não é preciso guarda-chuva para nos virem visitar, basta trazerem a alma...

best live act


os midlake venceram a categoria "best live act" da edição de 2010 da "mojo honours list", atribuída para revista mojo. os prémios foram entregues ontem à noite. phil alexander, editor da revista, justificou desta forma a atribuição do prémio aos midlake:

The MOJO Best Live Act (presented by Red Stripe)
Winner: Midlake

PA: "It's a great time for live music and Midlake are a great live band. Their new album, The Courage Of Others, is one of those records that simply grows on you the more you play it but which you never tire of. Live, they are really coming into their own, managing to sound both epic and intimate at the same time - a rare ability. It's that quality that has endeared them so to MOJO readers, who voted them top in this tough category.

os outros vencedores da noite foram os the low anthem, cujo vídeo da música "charlie darwin" podem ver no post anterior, como "breakthrough act"; richard hawley, que venceu na categoria de melhor album, com "truelove's gutter"; a música "fire", dos kasabian, foi eleita a melhor música do ano; o grupo the teardrop explodes recebeu o prémio "inspiration award", pelo seu espírito de inovação e impacto, como embaixadores do movimento psicadélico nos anos 80; os islandeses sigur rós foram contemplados com o "the mojo outstanding contribution to music"; marc almond recebeu, das mãos de antony hegarty (antony and the johnsons), que viajou propositadamente de nova iorque, o prémio "the mojo hero award"; o prémio "the mojo classic album award" foi para o disco "the stone roses", dos the stone roses, à beira da passagem do 20º aniversário do album; aos devo foi entregue o "the mojo merit award".

mundial 2010


o mundial 2010 começa hoje.
à partida, os grandes candidatos, a meu ver, a vencer a competição são: brasil, espanha, argentina, itália, alemanha, holanda e inglaterra.
por quem vou torcer: inglaterra e holanda, com a espanha e argentina logo a seguir.
prefiro torcer, desde o início, por uma selecção que pode efectivamente vencer o mundial. torcer por portugal, que eu acredito que nem vai passar a primeira fase, é uma perda de tempo. ainda por cima agora, sem nani. uma selecção que tem jogadores como ricardo costa, daniel fernandes, ruben amorim, rolando, simão (que não joga nada desde que saiu do benfica...), miguel, tiago (que não dá uma para a caixa desde que saiu do lyon), um semi-lesionado pepe (que não joga há seis meses), já para não falar no seleccionador, que não me parece ser a pessoa mais indicada para ocupar aquele lugar. basta referir que o seu melhor trabalho, depois das conquistas dos sub-21, foi como número 2 do manchester united... ainda por cima, mesmo que cheguemos aos oitavos de final, ficando em segundo lugar no grupo, atrás do brasil, vamos apanhar... a espanha. no máximo, portugal pode aspirar a repetir o que fez no euro 2008, onde foi eliminado, logo a seguir à fase de grupos, pela alemanha.
aprecio, e de que maneira, o futebol rendilhado da espanha, alicerçado num meio campo de luxo: xavi, iniesta, fabregas e xavi alonso. para além disso, a espanha tem uma das melhores duplas de avançados deste mundial: torres e david villa. a selecção espanhola é, pois, sobretudo depois da vitória no euro 2008 e de uma qualificação para o mundial 100% vitoriosa, a principal candidata a vencer o mundial 2010. atrás da espanha surgem os crónicos candidatos, como o brasil, argentina, alemanha e itália. os actuais campeões do mundo não surgem tão fortes como em 2006, mas serão sempre uma equipa a ter em conta, tal como a alemanha, que ficou sem um dos seus melhores jogadores a poucas semanas do mundial, michael ballack. a prestação do brasil vai depender, e muito, daquilo que kaká fizer como construtor de jogo e até como finalizador, porque em termos de pontas de lança a selecção brasileira apresenta-se algo débil, sem um ronaldo, um romário ou um bebeto de outros mundiais. a argentina, quanto a mim, tem um grande "calcanhar de aquiles": o seu seleccionador. maradona parece um cozinheiro que tem à sua frente alguns dos melhores condimentos para fazer uma grande refeição. o problema é que não parece saber muito bem como a preparar. jogadores como messi, milito, mascherano, higuain, tevez, di maria, aguero e maxi rodriguez fazem da selecção argentina uma das mais poderosas do meio campo para a frente, a par da espanha. depois, há os "outsiders", selecções que toda a gente sabe que jogam bem mas que, historicamente, nunca chegam muito longe nas fases finais dos mundiais. neste caso estão inglaterra e holanda. os holandeses têm robben e sneijder, dois jogadores altamente moralizados pela época que agora findou. venceram campeonato e taça e foram à final da liga dos campeões, sorrindo a vitória ao jogador do inter de milão. isto depois de, no início da época, terem sido ambos "corridos" do real madrid. quem ri por último... mas a selecção da holanda tem outras "armas". na frente de ataque, kuyt e van persie, apoiados por robben, sneijder, van der vaart e de jong, podem constituir uma das duplas mais concretizadoras do mundial. o ponto fraco da holanda é o seu sector defensivo, um problema que os ingleses não têm. de facto, mesmo com a perda de rio ferdinand, a selecção de fabio capello apresenta nomes de peso em termos defensivos: glen johnson, john terry, jamie carragher e ashley cole. segue-se um meio campo de luxo, com frank lampard, steven gerrard, gareth barry e joe cole. na frente, wayne rooney e jermain defoe (ou peter crouch). esta inglaterra tem tudo para ser uma grande candidata à vitória no mundial 2010: bons jogadores e um dos melhores treinadores do mundo.
a frança, com sérios problemas de renovação da equipa, depois das saídas dos "monstros sagrados" responsáveis pelas vitórias em 1998 e 2000, não me parece que passe dos oitavos de final. será o mundial de despedida do irascível raymond domenech e espero que saia... pela porta pequena.
quanto às surpresas, desde logo as selecções africanas: costa do marfim, gana, camarões, nigéria e áfrica do sul, esta última com a vantagem psicológica de jogar em casa. numa segunda linha, podem aparecer surpresas como a sérvia e o chile, com a dinamarca e o paraguai numa terceira linha. deixo a quarta linha para o... maradona.
em relação aos grupos e às selecções que se apurarão para os oitavos de final da competição, no grupo A aposto na frança e áfrica do sul; no grupo B, argentina e nigéria; no grupo C, inglaterra e estados unidos; no grupo D, alemanha e sérvia; no grupo E, holanda e dinamarca; no grupo F, itália e paraguai; no grupo G, brasil e costa do marfim (ou portugal, vá); e no grupo H, espanha e chile.

quinta-feira, junho 10, 2010

the best... so far


decididamente, o melhor disco de 2010, até agora. há um mês que o ouço e, sinceramente, já esperava estar um pouco farto das músicas do disco. afinal, não só isso não aconteceu como, ainda por cima, pareço gostar cada vez mais das músicas. o alinhamento do disco é o seguinte:

1. tc and honeybear - 5:06
2. i wanna go to marz - 3:58
3. where dreams go to die - 6:04
4. sigourney weaver - 3:31
5. chicken bones - 3:38
6. silver platter club - 4:10
7. it's easier - 4:38
8. outer space - 3:14
9. jc hates faggots - 3:47
10. caramel - 3:35
11. leopard and lamb - 4:41
12. queen of denmark - 4:48

os midlake, banda que há cerca de mês e meio me conquistou completamente, tiveram grande influência no ressuscitar da carreira de john grant, ex-vocalista dos extintos (e muito bons, por sinal) the czars. em 2006, aquando da digressão europeia dos midlake para promover o disco "the trials of van occupanther", os membros da banda ouviram discos dos the czars, tendo ficado imediatamente deslumbrados com a voz de grant. de regresso aos estados unidos, os midlake viram john grant ao vivo e decidiram convidá-lo para os acompanhar na digressão americana. no final dessa digressão, ficou estabelecido que os midlake iriam produzir e participar num disco a solo de john grant. entretanto, grant, aquando do final dos the czars, mudou-se para nova iorque, para tirar o curso de tradutor certificado de russo (para além de russo, grant fala ainda fluentemente alemão e espanhol), trabalhando como empregado de mesa para pagar o curso, no bar gramercy tavern (informação recolhida na página de facebook do cantor, de quem sou "amigo" naquela rede social). o disco "queen of denmark" foi gravado, em denton, terra natal dos midlake, entre julho de 2008 e julho de 2009, contando com a participação de todos os membros dos midlake. o baterista mckenzie smith, o baixista paul alexander e o guitarrista eric pulido, que produziu o disco juntamente com grant, tocaram em todas as músicas do disco; tim smith, o líder dos midlake, participa nas duas primeiras músicas.
a revista mojo colocou john grant entre os nomeados para "breakthrough act", juntamente com os the low anthem, mumford and sons, florence and the machine e the jim jones revue. os midlake também foram nomeados para estes prémios, na categoria "best live act". os prémios vão ser entregues hoje, dia 10 de junho.
quanto ao disco em si, digamos que a música que mais fica no ouvido, nas primeiras audições, é "where dreams go to die", uma composição alicerçada num potente refrão. depois, vai crescendo a admiração por outras músicas, daquelas que sei perfeitamente que nunca me vou cansar de ouvir, como "i wanna go to marz", "outer space", "caramel" ou "queen of denmark", qual delas a mais pungente. para quem, como eu, conhece o trabalho dos midlake, é muito gratificante ouvir, aqui e ali, a sua distinta marca, seja nos sintetizadores (que são absolutamente arrepiantes em "caramel" e "outer space"), na flauta (em "tc and honeybear" e "i wanna go to marz") ou nos violinos (presentes em várias músicas). é como juntar o melhor de dois mundos. as letras reflectem muito do que têm sido os últimos anos de john grant, depois do final dos the czars, incluindo a fase da contemplação do suicídio. mas há igualmente muito sarcasmo (em "sigourney weaver", "jc hates faggots", "queen of denmark"), em letras irónicas e azedas, relatos de relações falhadas, de arrependimento, dor, medo, esperança, de auto-desprezo e, no final, de auto-descoberta, de redenção. john grant bateu no fundo, e tem perfeita noção disso, mas está consciente de que foi necessário esse passo na sua vida para agora surgir renascido, totalmente livre dos seus fantasmas e pronto para enfrentar o sucesso que sempre mereceu. realmente, por vezes só damos o real valor à luz quando passamos muito tempo no escuro.
"for me, there isn't a word of filler on the album. i've made a very clear statement about where i'm at and who i am as a person, and that's one reason i'm so proud of it, that i was able to articulate it. at least i'm being given a chance to embrace the pain instead of being afraid to move through it" - john grant

"play it again, sam"

"play it again, sam", argumento de woody allen, realização de herbert ross. woody allen, como allan; diane keaton, como linda; tony roberts, como dick.

Allan: That's quite a lovely Jackson Pollock, isn't it?
Museum Girl: Y
es, it is.
Allan: W
hat does it say to you?
Museum Girl: I
t restates the negativeness of the universe. The hideous lonely emptiness of existence. Nothingness. The predicament of Man forced to live in a barren, Godless eternity like a tiny flame flickering in an immense void with nothing but waste, horror and degradation, forming a useless bleak straitjacket in a black absurd cosmos.
Allan: W
hat are you doing Saturday night?
Museum Girl: C
ommitting suicide.
Allan: W
hat about Friday night?

Allan: I can't do it. How does it look? I invite her over and then come on like a sex degenerate. What am I, a rapist?
Bogart: Y
our getting carried away. You think too much. Just do it.
Allan: W
e're platonic friends. I can't spoil that by coming on. She'll slap my face.
Bogart: O
h, I've had my face slapped plenty of times.
Allan: Y
eah, but your glasses don't go flying across the room.

Dick: Allan, you have invested your emotions in a losing stock, it was wiped out, it dropped off the board. Now what do you do Allan? You reinvest. Maybe in a more stable stock. Something with long term growth possibilities.
Allan: W
ho are you going to fix me up with, General Motors?

Linda: Allan, the world is full of eligible women.
Allan: Y
eah, but not like Nancy. She was a lovely thing. I used to lay in bed at night and watch her sleep. Once in a while she would wake up and catch me. She would let out a scream.

Allan: I
wonder if she actually had an orgasm in the two years we were married, or did she fake it that night?

Allan: Isn't that ridiculous? How can it be sexual? We weren't even having relations. Maybe once in a while. She used to watch TV during it. Change channels with the remote control.

Allan: We went to Mexico on our honeymoon. Spent the entire two weeks in bed. I had dysentery.

Bogart:
Don't tell her you don't drink, she'll think you're a boy scout. And don't get nervous. The only bad thing is if she turns out to be a virgin or a cop.
Allan: With my luck, she'll turn out to be both.

Allan: I have a tendency to reject before I get rejected. (cá está uma frase com a qual eu me posso identificar muito facilmente). That way I save time and money.
o filme é de 1972, esse grande ano, em que nasceram pessoas
realmente importantes, como cameron diaz, abel xavier
e mais uma ou outra. desde que o vi pela primeira vez,
e memorizei dezenas de cenas verdadeiramente hilariantes
e bem demonstrativas da comédia "pura e dura" de woody allen,
como acontece em outros filmes, como "inimigo público", "bananas"
ou "nem guerra nem paz", sabia que iria gostar
de "play it again, sam" (em português, "o grande conquistador")
até ao fim dos meus dias.

segunda-feira, junho 07, 2010

"arrested development"


seinfeld. friends. arrested development... por esta ordem.
"arrested development" é uma daquelas séries que, mal caindo no "goto", ficam para o resto da vida. apetece ver, vezes sem conta, os episódios, porque, em cada visualização, descobrimos mais uma piada "escondida", seja lá onde for, num trocadilho (verdadeira especialidade da série), numa cena a desenrolar-se atrás dos intervenientes ou que simplesmente perdemos porque ainda nos estávamos a rir da piada anterior. a cadência humorística da série é tão veloz como usain bolt, servida por nove personagens principais do mais absoluto requinte em termos humorísticos. é difícil, numa série com tantos personagens, todos eles terem efectivamente graça, alguns mais do que outros, é certo, mas aqui acontece isso. jason bateman (michael bluth), will arnett (gob bluth), portia de rossi (lindsay bluth), michael cera (george michael bluth), jeffrey tambor (george bluth sr.), david cross (tobias funke), tony hale (buster bluth), alia shawkat (maeby funke) e jessica walter (lucille bluth) são o núcleo duro de "arrested development", presentes nos 53 episódios da série. mas ainda há henry winkler (o "fonz", de "happy days"), como o advogado mais inepto de sempre, a narração de ron howard (igualmente produtor executivo da série) e as participações especiais de actores como ben stiller (o mágico tony wonder), charlize theron (rita), liza minnelli (lucille austero), judy greer (kitty sanchez), jeff garlin (mort meyers), ed begley jr. (stan sitwell), julia louis-dreyfus (maggie lizer) ou scott baio (que interpreta um advogado chamado "bob loblaw" - tentem dizer rapidamente o nome dele três vezes seguidas. and it gets worst... topem lá este diálogo: tobias funke: so what are your plans for this evening?; bob loblaw: i thought that maybe I would stay in and work on my law blog; tobias funke: ah, yes. The "Bob Loblaw Law Blog". You, sir, are a mouthful").
"arrested development" venceu seis emmy's (incluindo o de melhor série cómica) e um globo de ouro (para melhor actor em série cómica - jason bateman), mas, na prática, teve direito apenas, em virtude das baixas audiências televisivas, a duas séries e meia (a primeira com 22 episódios; a segunda com 18 e a terceira com 13). o sucesso de crítica não foi suficiente para manter a série no ar por mais tempo. no entanto, o produtor e o criador da série, ron howard e mitchell hurwitz, surgem referenciados no site imdb como estando ao leme da versão cinematográfica de "arrested development", bem como o elenco principal. aparentemente, o filme será lançado em 2011. será uma forma de fazer justiça à série e ao excelente naipe de personagens criados por mitchell hurwitz.

sábado, junho 05, 2010

na mesma foto...


três das minhas grandes referências musicais da actualidade: midlake, john grant e jason lytle. não se pode meter estes seis tipos num avião e arranjar-lhes uma sala em portugal para um concerto que, com toda a certeza, seria memorável (pelos menos para mim, claro)?

"community"


caramba, já o disse uma vez. volto a dizê-lo: gosto mesmo muito desta série! sabe bem voltar a rir-me das piadas de chevy chase. a última vez que isso aconteceu foi em 1989. mas há mais, muito mais. o episódio de hoje, o 12º da primeira série, "comparitive religion", foi um dos mais hilariantes até agora. esta é mais uma daquelas series que, mais dia, menos dia, está a figurar na minha estante de dvd's.

"community" passa no canal sony entertainment television, às sextas-feiras, às 22h45.

mojito


prova-se, saboreia-se e... não se descansa até se aprender a fazê-lo em casa. o mais complicado é mesmo encontrar hortelã nos hipermercados. depois de algum aperfeiçoamento nas doses certas de cada condimento, chega-se à conclusão de que a descoberta desta bebida (pelo menos a "minha" descoberta, claro, porque creio que já toda a gente a conhecia menos eu) não poderia ter surgido em melhor altura, precisamente quando o calor começa a apertar. por entre caipirinhas e mojitos, não há depressão que sempre dure, nem ninguém que me ature...

sexta-feira, junho 04, 2010

a história repete-se

quando augusto inácio, na época 2000/2001, saiu do estádio da luz vergado a uma pesada derrota por 3-0 frente ao benfica, orientado na altura por josé mourinho (uma aposta de vale e azevedo), ficou traçado o destino do técnico que levou os leões à conquista do campeonato 18 anos depois. falou-se então que josé mourinho, que na altura era um técnico a prazo, dado que o presidente que apostou nele tinha perdido as eleições para manuel vilarinho, que tinha toni preparado orientar a equipa, tinha caminho aberto para seguir para alvalade, como aposta pessoal de luís duque. lembro-me bem da reacção de beto quando foi questionado sobre essa possibilidade, virando-se para o jornalista e perguntando "você deve estar a brincar"... pois bem, pelos vistos não estava e essa hipótese foi depois confirmada por luís duque. josé mourinho foi então para leiria, de onde "saltou" para o fc porto. e o resto é história...
quase dez anos depois, o sporting despede paulo bento e procura um treinador para o substituir. a primeira opção foi andré villas boas, mas como os dirigentes leoninos são tão bons a negociar como um elefante a andar de bicicleta a contratação acabou por gorar-se. surgiu então carlos carvalhal em alvalade, como terceira ou quarta escolha. em fevereiro, como a carreira do sporting, com carvalhal, estava perto do descalabro, foi noticiado um pré-acordo com o mesmo andré villas boas para este se mudar, finalmente, para alvalade. mas o impensável aconteceu... o sporting venceu, em alvalade, o everton e o fc porto pelo mesmo resultado (3-0) e carvalhal passou de besta a bestial em cinco segundos. falhada pela segunda vez a entrada de andré villas boas em alvalade, esperava-se então que no final da época isso viesse a acontecer. mas a direcção do sporting, sempre brilhante, apressou-se a anunciar, ainda antes do final da época, a anulação do pré-acordo com villas boas, ficando assim com via verde para escolher um técnico para substituir carlos carvalhal. a escolha recaiu então em paulo sérgio, do vitória de guimarães, o tal que falhou, em casa, o acesso à liga europa, quando lhe bastava um empate para o conseguir.
quanto a andré villas boas... conseguiu deixar a académica na liga sagres e foi "aproveitado" pelo fc porto para substituir jesualdo ferreira. isto apesar de "choverem" nomes como paulo bento, domingos paciência, jorge costa e mais uns quantos, mais credenciados, para ocupar o lugar do tricampeão jesualdo.
a um clube como o sporting, especialmente o sporting de hoje, com os dirigentes ineptos que tem a gerir os destinos do clube, já não basta perder sistematicamente jogadores para outros clubes (evaldo é o senhor que se segue...); tem que perder também os treinadores...

cada tiro, cada melro

que excelentes dirigentes o meu clube tem... e que fantástico trabalho têm eles feito, até agora, para construírem uma "equipa que vai dar cartas" (bem, se forem trabalhar todos para um casino...). até agora, a nível de contratações, estamos a ir muito bem, mas muito bem mesmo. temos um jogador novo no plantel, que, aliás, já era nosso, mas estava emprestado ao união de leiria. será que com a entrada de andré santos, mantendo o plantel do ano passado, o sporting "vai dar cartas" (bem, se forem trabalhar para os CTT...)? pois, é que, pelos vistos, a táctica que os dirigentes leoninos têm utilizado não está a dar muitos resultados. vejamos:
falou-se no croata domagoj vida durante uma semana, ele foi para o bayer leverkusen, da alemanha;
falou-se em radosav petrovic durante semanas, chegou-se mesmo a falar que era a primeira contratação do sporting, afinal o clube leonino abandonou as negociações quando chegaram clubes como o valência, racing de santander e zenit;
o guarda-redes juan pablo carrizo foi igualmente colocado na órbita dos leões e as negociações até já estariam mesmo adiantadas; afinal, o guarda-redes vai para o river plate;
diego souza estava nas cogitações dos dirigentes leoninos desde janeiro. no final da época voltou a ser equacionado como reforço do sporting; afinal, soube-se hoje, vai para o catania, de itália;
o defesa-esquerdo evaldo, do sp. braga, há semanas que aparece nos jornais como reforço garantido do sporting, chegando mesmo a falar-se de verbas, número de anos de contrato, jogadores a emprestar ao clube bracarense, etc.; hoje, a imprensa desportiva refere que o fc porto entrou na corrida ao jogador (que até já pertenceu aos dragões). portanto, evaldo no more.
como se isto não bastasse já, hoje ainda surgiu esta notícia.
mas há mais: maniche (este espero realmente que não venha para o sporting) é o que se sabe; hugo viana nunca mais; lazaretti idem; rodriguez é caro; quaresma nem pensar; nuno assis é velho... enfim, uma quantidade de jogadores apontados a alvalade mas que, invariavelmente, vão parar a outros clubes.
e é assim a vida dos dirigentes leoninos, na sua santa ingenuidade e falta de matreirice para poderem vingar no mundo da bola. paulo sérgio prometeu que, para o ano, ia ser campeão. bem, talvez saia a meio da época do sporting e ingresse num clube com mais hipóteses de ser campeão do que o sporting, como a naval ou o paços de ferreira...

quinta-feira, junho 03, 2010

lost


"you can let go now!"...

é isso mesmo. agora podemos, finalmente, "let go". fechou-se um capítulo, ao fim de seis anos.
a última série pretendia esclarecer todas as dúvidas que foram criadas nas anteriores cinco temporadas. é certo que algumas delas tiveram uma resposta à altura; outras ficaram por esclarecer. quem estava à espera de que, no último episódio, surgisse alguma explicação metafísica ou científica para tudo o que aconteceu na ilha, ficou certamente defraudado. aliás, até aposto que havia uma grande franja dos espectadores do último episódio de "lost" que já sabia previamente que ia detestar a conclusão da série, fosse ela qual fosse. outros, a meu ver, entenderam mal o final, pensando que os passageiros do oceanic 815 morreram todos quando o avião caiu na ilha e que tudo o que se passou lá foi uma espécie de "purgatório" por que as personagens tinham que passar. essa teoria foi, logo no decorrer da primeira série, desmentida pelos próprios criadores da série. o purgatório, ou como lhe queiram chamar, apareceu na última série na forma dos "flash sideways", em que as personagens, de regresso a los angeles, seguiam as suas vidas de uma forma normal, embora ligeiramente diferentes da versão que nos havia sido contada, em "flash backs", nas séries anteriores (sawyer e miles são polícias; desmond é o "braço direito" de widmore; jack tem um filho, ben é professor, etc).
a componente religiosa esteve sempre presente ao longo da série, bem como os conceitos de mal e bem, céu e inferno. na última série foi dito que dentro de cada ser humano havia uma balança, que pesava o bem e o mal; cabia a cada um fazer pender essa balança para o lado correcto. várias personagens, depois de muitas peripécias, conseguiram chegar à almejada redenção. o caso mais flagrante acaba por ser o de sayid, que estava presente, com shannon, na última cena da série, na igreja. a meu ver, as personagens que estavam no interior dessa igreja foram aquelas que provaram merecer o céu, aquelas que conseguiram fazer pender as suas balanças para o bem. por isso se entendeu perfeitamente por que ben linus estava no exterior da igreja e não no seu interior. afinal, ele, apesar da sua solicitude na última série, foi durante muito tempo o inimigo número um dos sobreviventes do oceanic 815. mais uma vez, como em muitos momentos da série, ben conseguiu outro grande momento, na sua interpretação plena de contenção e resignação pelo facto de sentir que não merecia estar na igreja, com os outros. mesmo assim, recebeu de locke e hurley a aprovação e a consideração que lhe era devida. já aqui o referi, mas volto a confessar toda a minha admiração por michael emerson, que transformou o seu ben linus numa das personagens mais marcantes, para mim, da história televisiva dos últimos 30 anos.
o último episódio marcou o simbolismo da eterna questão colocada ao longo da série, protagonizada por duas das suas personagens mais marcantes: jack e locke. jack era o homem da ciência e locke o homem de fé. estas duas doutrinas colidiram muitas vezes nas séries anteriores, marcando claramente a separação entre as duas personagens. com a morte de locke (não o "fumo negro"), às mãos de ben, jack sentiu que a sua missão na ilha não estava ainda completa, por isso decidiu voltar para a ilha. na última temporada ele descobre finalmente o que lhe estava reservado: substituir jacob. assistimos então a uma completa transformação de jack, de homem da ciência para homem de fé, homenageando, de certa forma, locke, aquele que foi o primeiro a sentir a ilha como uma dádiva dos céus, sentindo-a como um destino que ele tinha que cumprir e preservar. no final, coube a jack esse papel, impedindo o "fumo negro" de destruir a ilha, com a preciosa ajuda de desmond. o simbolismo da garrafa de vinho que jacob mostrava várias vezes ao irmão foi explicado no último episódio, quando desmond retirou a pedra, libertando o mal, mas tornando o "fumo negro" vulnerável, e jack a voltou a colocar no sítio, depois da morte do irmão de jacob, que, ironicamente, não chegou a sair da ilha, nem mesmo depois de morto, jazendo a poucos metros do mar. a redenção, e ao mesmo tempo transformação, de jack estava consumada, tinha cumprido o seu papel como protector da ilha, delegando depois essa missão na personagem mais consensual da série, hurley. no "flash sideways", o dr. jack shephard encetou outra missão, como forma, talvez, de fazer as pazes com a personagem que mais o confrontou, john locke. aqui, jack mostrou a locke que, para além de ser um homem de ciência, também era, agora, um homem de fé, fazendo tudo para recuperar o seu paciente. a partir daqui, faltava apenas resolver as suas questões com o pai, christian shephard. antes disso, as outras personagens da série reencontram-se no "flash sideways". especialmente comoventes foram os encontros de charlie e claire, juliet e sawyer, sayid e shannon e a cena do bebé de sun e jin. apesar de tudo o que tinham vivido na ilha, as personagens tinham encontrado, finalmente, a sua recompensa. quando christian explica a jack que "there's no time in now", ficamos a saber que aquele mundo, afinal, não existe, tinha sido criado pelos sobreviventes do oceanic 815 para se poderem encontrar. hurley, antes, tinha dito a ben que ele tinha sido um excelente número 2. portanto, apesar da morte de jack, a ilha continuou a ser gerida por hurley e ben, agora já sem o "fumo negro".
o final da série foi muito mais sentimental do que racional. digamos mesmo que foi a tão apregoada vitória da fé sobre a ciência, um duelo tantas vezes travado entre jack e locke, afinal de contas as personagens centrais de toda esta história. para quem seguiu a série durante seis anos, foi humanamente impossível ficar indiferente em várias momentos. mas, mais ainda, quando se vê o final de algo que gostamos a aproximar-se, sentindo o nó na garganta cada vez mais apertado, e sabemos que nos vamos despedir de personagens que nunca mais vamos encontrar, muitas delas bastante marcantes, como ben linus, desmond hume, kate austen, jack shephard, john locke, sawyer, hurley, sun, jin... já pareço o spot promocional da série na "fox". sim, vou ter saudades deles todos.
em suma, gostei do último episódio (podem começar a atirar pedras agora), apelou ao meu lado mais sentimental, ao lado lamechas que há em mim. faço, simplesmente, um reparo aos criadores da série. se a intenção era realmente acabar desta forma a série, creio que houve "palha" a mais, apenas para "esticar" o programa por várias temporadas e confundir os espectadores. em todo o caso, ficaram alguns aspectos por explicar, mas quem sabe se todas as respostas que ficaram agora por dar não serão respondidas daqui a uns tempos, com a mais do que provável versão cinematográfica da série...

a terapia em forma de bola

participar num bom jogo de futebol, uma vez por semana, em que uma pessoa corre do primeiro ao último minuto, sempre à procura da bola, do melhor posicionamento para a receber, da melhor forma de tentar tirar a bola ao adversário, aliado ao espírito competitivo que temos dentro de nós, de querermos vencer acima de tudo, é uma boa forma de passar uma hora "fora deste mundo", em que tudo é esquecido, trabalho, contas para pagar, as notas dos filhos na escola, e só interessa mesmo... jogar futebol. creio que vou jogar futebol até aos 70 anos, nem que, nessa altura, jogue de bengala. é uma excelente terapia, um revigorar de alma, um "reset" fundamental na minha vida. nem que, depois, passe dois ou três dias a queixar-me do joelho e do tornozelo esquerdo, bastante mal tratados ao longo de quase 30 anos a jogar futebol. mas compensa, claro que compensa.