sick of it, sick of it all

qual será a força cósmica, divina ou malévola que faz com que eu fique sempre doente nos dias seguintes a uma festa qualquer, seja de aniversário, natal, páscoa, etc.?... lá volto eu ao mesmo ritual: lenços de papel às centenas, fungar sem parar, olhos a destilar, nariz a pingar (isto parece uma letra dos gnr). desta vez nem uma "bomba" de cetirizina me valeu, apesar de ter passado pelo dia de hoje como um zombie, tal a "pedra" de sono, moleza e, basicamente, falta de vontade de viver que aquilo dá. então em termos de reflexos... acho que nem um caracol conseguiria apanhar, se tal oportunidade, estranha, convenhamos, se proporcionasse. para que raio quereria eu apanhar um caracol não faço a mínima ideia, mas é apenas para vocês terem uma ideia. hoje o dia passou em câmara lenta. foram para cima de cinquenta os meus olhares fixos e hipnóticos para o relógio da parede, num deles até chego a jurar que o ponteiro dos segundos andou para trás, cerca de cem as vezes em que agarrei a minha cabeça com as mãos (o que vale é que o meu cabelo nem com ventos ciclónicos se despenteia) e para cima de duzentos os momentos em que estive perto de adormecer, bastava para tanto fechar os olhos durante 3 segundos. é que, para além do citado cetirizina, ainda tomei a minha dose diária de lexotan e inderal. portanto, hoje seria um bom dia para ser apanhado numa situação de assalto a um banco. se fosse feito refém, seria o refém mais bem comportado do mundo. provavelmente, nem me aperceberia do que se estava a passar. se fosse entrevistado, no final, queixar-me-ia apenas do tempo que fiquei à espera na fila para depositar um cheque.
ficar doente é tramado. parece que queremos andar a uma determinada velocidade e a nossa "máquina" não consegue engatar a segunda sequer. e amanhã, ainda por cima, vai ser uma cópia do dia de hoje. já tomei a cetirizina, a "bomba", e vou começar novamente o dia com o meu cocktail diário para tipos stressados: inderal e lexotan. talvez amanhã haja algum assalto a um banco...