chegou a neve. bolas!

e lá chegou a neve a viseu. era inevitável, com o frio que se faz sentir por estas bandas desde terça-feira. se eu estou contente? que raio de pergunta. é óbvio que não. a neve era engraçada e bem vinda quando era puto e não conduzia, nem me preocupava com carros, isso era para os adultos. agora a neve tem outro significado para mim. felizmente, chegou apenas hoje, no final da semana, o que quer dizer que hoje vou entrar em casa e só volto a sair de lá na segunda-feira de manhã. andei a semana toda assustado com a perspectiva da geada, do gelo e da neve, porque tenho que levar os meus filhos à escola de manhã e é sempre complicado conduzir naquelas situações. em dezembro, quando se fartou de gear e as estradas pareciam uma pista de patinagem artística, lá fui eu a 20 km/h, muito cuidadosamente (até as formigas me ultrapassavam). esta semana, embora com muito mais frio, até tivemos sorte, não tem havido muita geada de manhã. agora, com a neve, as coisas já se tornam mais complicadas, mas eu vou estar quentinho em casa, com os meus filhos e a minha mulher, com a lareira acessa e mais 345 aquecedores a óleo. depois de andar a semana inteira a ouvir as informações da meteorologia, que indicavam primeiro que as temperaturas negativas seriam até sexta-feira (hoje), depois já se prolongavam até sábado, até domingo, e hoje já ouvi dizer inclusivamente que seriam até terça-feira da semana que vem, vou agora "desligar" um pouco a minha central de preocupação, que está constantemente ligada, e aproveitar bem estes dois dias caseirinhos. já fui alugar uns filmes, já nos abastecemos para o fim de semana e estamos preparados para passar o fim de semana todo em pijama. só me vou começar a preocupar verdadeiramente com o tempo no domingo à noite, indo à janela da sala, de meia em meia hora, como tenho feito esta semana, olhar a rua para ver se há geada. tomara que na segunda-feira de manhã a temperatura já esteja um pouco mais elevada, para afastar de vez este espectro do "frio glaciar", com as reportagens dos sem-abrigo, dos planos de contingência das câmaras municipais e dos bombeiros a baterem de porta em porta a informar os munícipes dos cuidados a ter.