segunda-feira, setembro 15, 2008

"dan in real life"


para quem leu o post anterior, fica a informação de que este filme nem sequer constava das minhas opções para ontem. e porquê? porque o tinha alugado duas horas antes e tinha outros filmes à frente na lista para ver, nomeadamente o citado "we own the night". pois bem, o post de ontem terminou quando eu fui ver o último episódio de "never better", essa deliciosa série da bbc que, infelizmente, só durou seis episódios. o derradeiro episódio deixou-me ontem com um enorme sorriso estampado na face. muito boa a série!
como o sono não dava qualquer sinal de querer aparecer, abalancei-me decidido para o "we own the night". vi, finalmente, o filme todo e, apesar de não me encher as medidas, longe disso, fiquei com uma certeza inabalável: o joaquin phoenix é efectivamente um grande actor.
levantei-me do sofá, olhei para as horas (02:40) e, apesar de ainda não ter sono nenhum, decidi ir para a cama. voltas e mais voltas e... nada, o sono não queria nada comigo. voltei à sala e peguei no "dan in real life", que eu estava a guardar para hoje, porque tinha grandes expectativas em relação ao filme e não queria "gastá-lo" num visionamento às 3 da manhã com fortes probabilidades de adormecimento. voltei para o quarto, coloquei o filme no dvd, compus as almofadas e... bem... deliciei-me completamente. embora correndo o risco de dizer isto ainda sobre o efeito inebriante e o entusiasmo causado pelo filme, há muito tempo que não via um filme tão bom, com todos os condimentos nas devidas proporções. no filme, dan burns (o sempre brilhante steve carell) é um colunista/escritor viúvo, que vive com as suas três filhas. pai dedicado e extremamente preocupado com tudo o que possa fazer estremecer a segurança das suas filhas, o que lhe provoca algumas crises familiares em casa, dan vive no seu pequeno mundo, dando conselhos sobre as relações pais/filhos no jornal local, negligenciando a sua própria vida social e sentimental. a sua relação com as filhas é o preâmbulo da história. segue-se a interacção com o resto da família, no encontro anual em casa dos pais, em rhode island, com os irmãos, os sobrinhos, os cunhados, etc.. aqui vemos um dan introvertido, solitário (é o único adulto que não tem par romântico) e, de certo modo, desenquadrado. o terceiro e último foco do filme é a sua ligação com juliette binoche (que encaixa na perfeição neste papel e neste filme). dan conhece-a numa livraria, quando se faz passar por empregado e a convence a levar uma dezena de livros. a conversa flui naturalmente e cria-se uma evidente cumplicidade entre ambos. o tempo passa a voar (não é sempre assim quando estamos a ter uma conversa interessante com alguém estimulante?) e, depois de receber uma chamada telefónica, marie (binoche) diz que tem que ir embora. dan pede-lhe o contacto, porque não quer ser "um dos daqueles tipos que fica a vida inteira a pensar no que poderia ter acontecido, deixando escapar uma oportunidade única na vida". relutantemente, e apesar de lhe dizer que está nos primeiros meses de uma relação com outra pessoa, marie dá-lhe o contacto. ainda nas nuvens por ter descoberto finalmente uma mulher que o faz levitar, dan chega a casa dos pais e é imediatamente "interrogado" por causa do seu ar de felicidade, acabando por confessar que tinha acabado de conhecer alguém especial. mitch (dane cook), um dos seus irmãos, aproveita o momento para lhe apresentar a sua nova namorada, que é... marie. o resto do filme não vou revelar, como é óbvio, porque é absolutamente indispensável ver "dan in real life". pelo elenco, com interpretações assombrosas de carell e binoche, pelos diálogos (as cenas familiares são hilariantes e, por vezes, também comoventes), pela fotografia (aquela casa com vista para a baía faz inveja a qualquer joe berardo) e, sobretudo, pelo aconchego emocional que garante no final. recomendo vivamente!

6 comentários:

  1. é "dane" cook que se escreve.

    a.

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  2. tem toda a razão do mundo caro anonimo. vou corrigir. obrigado. my mistake

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  3. Estás a ver como os anónimos podem dar tanto jeitinho?!

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  4. é verdade, não me posso queixar. em 15.240 nomes de actores ou músicos que coloco no blogue, lá surge um erro de vez em quando (neste caso por distração, eu sabia que o actor se chamava dane cook mas de tanto falar no dan burns, o protagonista, esqueci-me do "e" no final e ficou também dan), mas há sempre alguém atento que faz questão de apontar o erro. é como ter o meu próprio revisor de textos.

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  5. aluguei esse na semana passada e adorei!!!!
    o we own the night também é bom

    bjs e desculpa a ausência...

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  6. ora essa, cara tulipa, vens quando quiseres, a porta está sempre aberta.

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