segunda-feira, janeiro 21, 2008

"the moguls"


o enredo é, no mínimo, desconcertante: um grupo de "falhados" de uma pequena cidade norte-americana decide juntar dinheiro para fazer um filme pornográfico (o mais inocente, certamente, de toda a indústria pornográfica mundial), envolvendo quase toda a população local. à primeira vista, pode parecer um pouco rebuscado ou inverosímil, mas é apenas o ponto de partida para um filme recheado de excelentes momentos de humor, com excelentes actores a darem corpo a não menos excelentes personagens. o elenco é soberbo: jeff bridges, joe pantoliano, ted danson, patrick fugit, tim blake nelson, william fichtner, isaiah washington, jeanne tripplehorn, lauren graham e glenne headly. as situações recambolescas em que a equipa de produção do filme se envolve são hilariantes, como atesta o facto de toda a gente virar costas quando alguém está a protagonizar as cenas de sexo. as personagens são tão inocentes e ingénuas, especialmente as interpretadas por ted danson, joe pantoliano e william fichtner, que acabam por criar uma natural empatia com o espectador. ted danson já não me fazia rir desde a sitcom "cheers" e neste filme, onde interpreta um gay "ainda no armário", consegue facilmente esse desiderato, especialmente na cena em que é desafiado por fichtner a assumir a sua homossexualidade. por último, a razão que me levou a alugar este filme, numa primeira instância: jeff bridges. a sua personagem, a meio caminho entre o "dude" de "the big lebowski" e jack de "the fisher king", é o coração do filme, tudo gira à sua volta. é ele que tem a ideia do filme pornográfico, que reúne o dinheiro para a sua execução, que delega as competências... é, no fundo, a voz da consciência no meio daquele errante grupo. do actor já não se esperam grandes surpresas: a sua presença é sempre garantia de uma grande interpretação. em "the moguls", jeff bridges é... jeff bridges, em todo o seu esplendor como actor.

1 comentário:

  1. vi o trailer deste filme faz algum tempo, quando pesquisava algo sobre o Patrick Fugit.
    A comparação é válida...mas as referências que Kevin Smith costuma trazer para todos os filmes que faz, é um prato a parte :0)
    já esta na fila de espera :0)

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