quinta-feira, novembro 29, 2007
prendas de natal
preparo-me para passar uma tarde verdadeiramente terrível: a gastar dinheiro. aproxima-se o natal, as listas de prendas aumentam de dia para dia. tenho a impressão de que se guardasse as compras de natal para uma altura muito mais próxima do dia 25 de dezembro a lista de prendas seria ainda maior. todos os anos, em meados de novembro, é proferida a seguinte frase em minha casa: "este ano não vão haver prendas para ninguém, isto está muito mal". a seguir a esta frase vem quase sempre esta outra: "bem, pronto, pelo menos para as crianças tem que haver". ou seja, começamos a ceder imediatamente. depois das crianças, que são muitas, vem sempre a família mais chegada: os pais, os irmãos, os cunhados. portanto, das zero prendas iniciais já estamos, por esta altura, em cerca de 20. depois, os colegas de trabalho. "se eles me oferecerem alguma coisa, vou-me sentir mal se não lhes der também uma prenda". e a lista aumenta. depois, são os filhos dos colegas de trabalho. "é só uma prendita, a marcineide (nome fictício) também deu uma prenda ao nosso fagundes (outro nome fictício)". muito bem, aceita-se e compreende-se. só que a lista já vai em trinta e tal nomes. e será essa a minha missão para hoje à tarde. tentar encontrar prendas baratinhas, mas não muito reles, para esta gente toda (excepto as crianças, porque essas merecem prendas de outro quilate. enfim, merecem tudo!). se levar em linha de conta os comentários da minha filha quando passam anúncios de brinquedos na televisão, terei que lhe comprar 238 prendas, porque ela diz, quase sempre, "quero este", "quero uma destas", "quero este carro"... já o meu filho é mais selectivo, mas selectivo do género "upa, upa", brinquedos carotes e tal. mas o natal é deles e para eles, por isso, temos que perder o amor ao subsídio de natal e alinhar no espírito natalício, que cada vez mais se distingue pelo seu desenfreado cariz comercial. mas não me vou esquecer de dizer isto, hoje à tarde, à minha mulher: "olha, ainda bem que este ano não ia haver prendas para ninguém..."
A minha família é muito grande, a lista normalmente contém mais de 50 nomes... o ano passado surgiu uma ideia que resultou muito bem! Faz-se um sorteio, em que cada adulto oferece uma única prenda à pessoa que lhe calhou. Quanto às crianças, recebem várias prendas, cada um dá o que achar que quer (e pode) dar, não há restrições. Assim, em evz de recebermos uma catrafada de quinquilharia que não serve para nada, e de andarmos feitos baratas tontas nas lojinhas mais baratinhas, recebemos uma única prenda, mas ao menos é útil. Na família fazemos assim. Em relação aos amigos, enfim, não arranjamos ainda nenhuma forma de fugir...
ResponderEliminarsofremos todos do mesmo mal nesta altura do ano....
ResponderEliminarsnif snif
beijocas