segunda-feira, fevereiro 12, 2007

sintomas

acordei agitado. a noite parece que me tinha acrescentado quilómetros nas pernas, tinha a garganta seca, as costas dolorosamente moídas e a cabeça ainda tonta por me ter levantado rápido demais. tinha dormido numa espécie de "pára, arranca" típico dos engarrafamentos citadinos. uma hora e meia de sono, meia hora acordado, e assim sucessivamente.
cheguei à casa de banho quase a cambalear, sem firmeza nas pernas. parecia estar a "chocar" alguma coisa, estava quente e com o corpo dorido. a ameaça da gripe pairava agora sobre mim, o único que ainda não tinha apanhado lá em casa. tinha sido a semana inteira e o fim de semana todo assim, a mesma rotina nocturna: biberon, antibiótico, biberon, supositório... e as melhoras continuavam sem se vislumbrar. e é sempre uma sensação tão grande de impotência quando vemos os nossos filhos doentes e não podemos fazer nada. parece que o nosso mundo desaba e só recomeça quando a vida deles voltar também ao normal.
quando saí da casa de banho, para me ir vestir, ouvi a voz da minha filha, deitada com a mãe na nossa cama, onde tem dormido: "o pai ma? one tá?". quando me viu, esboçou um enorme sorriso e abriu os braços para me abraçar. não tinha febre, estava bem disposta.
e, de repente, os meus sintomas foram todos ao ar...

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