quarta-feira, janeiro 31, 2007

quando o céu toca a terra


um estado de espírito contemplativo e abúlico percorria cada veia gelada dele. o frio fazia com que apertasse vezes sem conta o casaco contra o peito, enquanto que o cachecol esvoaçava ao ritmo do vento, bailando com as árvores. era este o único som que se ouvia naquele fim de tarde. sentado no solitário banco de madeira virado para o rio, apreciava as formas das nuvens à medida que elas se aproximavam. era um momento perfeito de paz interior, provocada pelas imagens que contemplava. a chuva não tardaria para cumprir o seu desígnio, mas ele permanecia estático, sem pressa, sem compromissos. nada poderia estragar aquela quietude, aquela inércia própria da meditação profunda. o seu cérebro estava agora mais transparente do que nunca, debitando poemas e romances, colocando tudo em perspectiva, em ordem, arrumando ideias, armazenando memórias, guardando momentos. sim, naquela tarde, revigorou-se-lhe a alma. estava agora pronto para o resto da sua vida, depois de ter enfrentado o seu passado...


A Song For The Angels

the echo to your yell
the ripple to your dive
the currents under your wave

electricity flows through me
i send it out to you
we were charged
with the founding poles
of a million years
a million years
before us
have trembled in their fears

never saw you
never heard you
but i knew that you where there
everywhere
i could feel you all around me

i know that i am just a grain of sand
meeting water at the land
we could make our castles here
and sweep them all away

i know that i am just a drop of water
frozen into ice on the stormy earth
who gave us birth
over and over in cycles
lovely cycles

never saw you
never heard you
but i knew that you were there
everywhere
i could feel you all around me

never saw you
never heard you
but i knew that you were there
everywhere
i could feel you all around me

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