quarta-feira, julho 05, 2006

ideias para manifestações

ideias para futuras manifestações do proletariado nacional:
- levar cartazes exprimindo o que se pretende (muitas vezes não se entende o que é que o pessoal está a reivindicar. as palavras "cuspidas" para um megafone nem sempre se percebem, confundindo-se muitas vezes com um vendedor da feira semanal que quer despachar os pares de meias que tem para vender);
- tentar ostentar uma cara preocupada e consciente do que está ali a fazer, em vez de andar constantemente, e todo sorridente, à procura de uma câmara televisiva para se colocar à frente dela, para aparecer na televisão, acto que é, ainda hoje, ao fim de meia centena de anos, o objectivo de muita gente;
- reivindicar, gritar, berrar, atirar pedras, qualquer coisa que não seja estar em pé, num grupo de pessoas, de braços cruzados, a olhar não sei para onde, a mexer no telemóvel (como qualquer pessoa deslocada e desconfortável), à espera não sei de quê e o camandro;
- não levar piquenique, garrafões de vinho, melões, geladeiras, salpicões, etc, porque senão vai parecer antes um convívio, tipo aquelas excursões da paróquia;
- tentar perceber e entender os propósitos da manifestação, o que se reivindica, o que se pretende, o que se quer alterar, porque se corre sempre o risco de ser "apanhado" por um repórter, num directo, a colocar-nos questões "difíceis" como: "então o senhor concorda com esta manifestação?"; "há quantos anos trabalhava nesta empresa?"; "e agora, vai para o desemprego, não é?"; "e já agora, não lhe parece que este tipo de manifestações faz lembrar um pouco o enorme apoio que o povo nacional tem dado à selecção nacional? até onde pensa que a nossa selecção vai chegar?".

sugestões para algumas pretensões a apresentar:
- baixar os impostos
- subir os impostos
- proibição de comer melancia a todos aqueles que não tenham consigo pelo menos 15 guardanapos.

outros métodos de desobediência civil:
- parar à frente da câmara municipal e entoar a palavra "pudim" até que as nossas exigências sejam satisfeitas;
- engarrafar o trânsito levando um rebanho de carneiros para a zona comercial;
- telefonar diariamente aos membros do executivo camarário e cantar "afinal havia outra";
- disfarçar-se de alcachofra e beliscar as pessoas ao passar.

3 comentários:

  1. Olá Isaac... Tomei a liberdade de me lembrar de outros métodos de desobediência civil:

    - entoar cânticos de Natal em pleno Julho, o mais próximo possível do local/objecto de manisfestação;
    - imitar (tipo como quando faziamos quando eramos pequenos) toda e qualquer pessoa que se aproxime da manisfestação sem pretender integrá-la: os jornalistas, o Emplastro, o Chico Fotografo, o Rafael do Tasco, os polícias do corpo de intervenção e por aí fora. Não há nada que irrite mais...

    - Fazer rastas no cabelo (se hpouver tempo) e tocar jambé durante 24 horas non-stop no local da manisfestação.

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