sexta-feira, maio 30, 2008

compilação musical de abril

abril foi um mês intensamente marcado por duas bandas, death cab for cutie e velveteen, não sendo de estranhar a presença de várias músicas dos discos "narrow stairs" e "home waters" (respectivamente) na compilação deste mês. a acompanhá-las alinhei alguns "clássicos", retirados do baú das minhas músicas preferidas de sempre, que ultimamente tenho visitado com alguma frequência. desde logo dois temas inesquecíveis dos anos 80: "save a prayer", dos duran duran, e "purple rain", de prince. é a nostalgia a bater novamente à porta. de repente, e muito recentemente, até pareceu que estava a ouvir estas duas músicas pela primeira vez... faço muitas vezes umas sessões de música dos anos 80 no trabalho. sabe muito bem recordar as baladas (um bocado pirosas, eu sei, mas são as músicas a que agrafei as memórias dessa época) dos cutting crew, tanita tikaram, a-ha, all about eve, everything but the girl, duran duran, classix nouveaux, level 42, etc.. bem, adiante, estamos em 2008 e actualmente o boy george até se veste como uma pessoa normal e o george michael já não usa calções brancos apertadinhos. aqui fica a compilação deste mês:

1. transatlanticism - death cab for cutie
2. mysteries of love - antony and the johnsons
3. from a late night train - the blue nile
4. firework special - velveteen
5. bleed a river deep - ed harcourt
6. talking bird - death cab for cutie
7. your new twin size bed - velveteen
8. i came here to hear the music - bonnie prince billy
9. grapevine fires - death cab for cutie
10. an all over night - velveteen
11. all my love - american music club
12. saved - mark eitzel
13. reason why - rachel yamagata
14. save a prayer - duran duran
15. purple rain - prince

em estágio para o verão de 2009

pois é, o mês está a acabar. domingo já estaremos em junho e eu continuo sem cumprir nenhuma das minhas resoluções de ano novo. por esta altura eu já deveria ser confundido na rua com o george clooney. ou, no mínimo, com o rogério samora. mas tal não aconteceu ainda. quando muito vêm ter comigo com um daqueles cartazes em romeno e a esticar a mãe. como tenho que me preparar para a eventualidade de vir a cumprir tal resolução, costumo autografar tanto o cartaz como a mão. só para praticar. é claro que ouço uns impropérios, mas como são em romeno nem ligo.
a força de vontade é uma coisa tramada, assim como o apetite. uma pessoa bem tenta controlar-se à mesa, mas já por mais do que uma vez tive que mandar os miúdos para casa da vizinha durante 45 minutos (obviamente, estou a brincar. quais 45 minutos, qual carapuça! uma hora e meia, no mínimo dos mínimos).
o exercício físico é essencial, bem sei. quem é que não quer ser saudável? bem, está bem, a amy winehouse não conta. jogo futebol uma vez por semana, às quartas-feiras. escusado será dizer que nos dois dias seguintes a minha locomoção é idêntica à do dr. house, porque o meu joelho esquerdo há muito se recusou a pactuar com estas minhas aventuras desportivas. sensivelmente desde 1979... no ano passado cumpri à regra um programa previamente estabelecido pelo meu cérebro, que consistia essencialmente em ir correr para o fontelo. logo por azar, este ano aquele espaço foi invadido pela selecção nacional de futebol. recuso-me a ir porque não quero ser confundido com um desses fanáticos seguidores da equipa das quinas, que fazem tudo para aparecer à frente das câmaras televisivas, e a ser revistado pela polícia de dez em dez minutos. onde raio é que um tipo de calções, t'shirt, sapatilhas e meias poderá esconder uma arma? ok, não respondam. correr à beira da estrada é perigoso, os ginásios são caros e a lista de desculpas ainda poderia ser muito mais extensa. a questão é que toda a gente se está a preparar para a praia, a trabalhar o corpo para exibir no verão, a queimar aquelas teimosas gordurinhas amealhadas durante o inverno. é preciso não fazer má figura quando se veste o mínimo de roupa possível. eu devo ter sido um dos primeiros a desistir. o tempo chuvoso e inadequado para esta altura do ano também me ajudou muito a tomar essa decisão. como devo apanhar umas 34 constipações por ano, desconfio que se andasse a correr à chuva durante duas horas apanhava uma broncopneumonia fulminante ou, ainda pior, uma rinite aguda.
ter mais atenção na alimentação também não é solução. tudo bem, eu como o peixinho, a pescada, a raia, o salmão, a saladinha de tomate, mas duas horas depois já tenho tanta fome que sou praticamente obrigado a empanturrar-me de comida politicamente incorrecta. e eu não sou exemplo para ninguém em termos alimentares, por mim comeria pizza todos os dias. tenho o apetite de um miúdo de 9 anos (e ele até mora no meu bairro. tenho que lho devolver). intercalado com frango, panados e pataniscas de bacalhau (estão a ver, é peixe. eu faço um esforço). uma alimentação riquíssima, como diria homer simpson.
resignado ao facto de não vir a deslumbrar ninguém na praia este ano, nem mesmo as romenas de cartaz ilegível nas mãos, acho que vou apostar tudo no verão de 2009. esperem por mim...

terça-feira, maio 27, 2008

inadmissível...


isto sim, é uma notícia interessante:
- um senhor de idade, habitante de póvoa dão (na foto), uma aldeia recuperada para turismo rural, a 8 km de viseu, não reconheceu o seleccionador nacional luis filipe scolari. é preciso, de uma vez por todas, acabar com a ignorância nos meios rurais, para que não aconteçam mais situações vergonhosas como esta. antigamente, toda a gente conhecia salazar, a amália, o eusébio e a nossa senhora de fátima (e esta última raramente vinha à província). hoje em dia, já ninguém reconhece as grandes figuras do actual regime democrático. scolari é um dos nossos, tal como deco e pepe. podem ter nomes esquisitos, mas o bosingwa e o makukula também são portugueses e ninguém goza com os nomes deles. scolari tentou agredir um sérvio para proteger um jogador português, quase trabalha de graça pelo amor ao nosso país, mandou descansar mais cedo jogadores como figo, rui costa, fernando couto, vitor baía, joão vieira pinto e sá pinto, porque viu claramente que eles estavam cansados, os coitaditos. não convocou maniche, mas, para compensar, convocou o irmão dele; não convocou tiago, que raramente jogou esta época, mas, para compensar, convocou deco e petit, que raramente jogaram esta época. se querem mais provas do real valor deste nosso seleccionador, atentem apenas no simples facto de ele ter recebido uma mensagem do presidente brasileiro lula da silva das mãos desse enorme vulto da nossa cultura que é roberto leal. e mais: o filho de roberto leal, que está cada vez mais parecido com o toy, também lhe foi dar uma palavra de incentivo. querem mais? é preciso mais do que isto? caramba, o filho de roberto leal... eu acho que é suficiente. agora, o homem vai passear, no seu dia de folga, e não é reconhecido por uma aldeia inteira? sim, está certo que a referida aldeia só tem dois habitantes, mas pelo menos 50% da aldeia deveria reconhecer scolari. este infeliz acontecimento vem ensombrar a grandiosa imagem que os vários canais televisivos nacionais têm levado ao resto do país. idosos a jogar às cartas e a beber vinho tinto, pessoas a correr desalmadamente para ficarem na primeira fila no concerto de tony carreira, pastelarias que criam réplicas em pão de scolari e cristiano ronaldo, casas de noivas que estampam fotografias dos jogadores da selecção nos vestidos, multidões à chuva junto do hotel montebelo só para verem passar o autocarro da selecção. uma pessoa sente-se orgulhosa, caramba...
desta forma, seria necessário castigar de forma exemplar o habitante masculino de póvoa dão (os outros 50% da população assumem a imagem da sua esposa). em vez de ir deitar de comer aos animais, de semear e adubar as suas terras, de apanhar couves para as refeições e de plantar as videiras, tudo tarefas menores e ultrapassadas, sobretudo quando se pode perfeitamente mandar vir uma pizza por telefone, o tal senhor devia estar à frente do televisor o dia todo, a ver programas culturais superiores como o "fátima", com a sua importantíssima rubrica chamada "tertúlia cor-de-rosa", que é indispensável para se saber tudo o que se passa na vida dos famosos, o "portugal no coração", o "você na tv", com esse monstro sagrado da televisão chamado manuel luís goucha, o "fama show", esse fascinante cruzamento entre um desfile de moda e um bordel, o "só visto", etc.. iam ver como daqui a uns poucos meses o senhor até seria capaz de reconhecer o patinha antão.

passenger seat - death cab for cutie

Passenger Seat - Death Cab For Cutie

foi com esta música dos death cab for cutie, do disco "transatlanticism", de 2003, que acabou hoje o episódio de "californication".

domingo, maio 25, 2008

sexta à noite

tudo isto aconteceu em poucas horas:
comprei a revista "GQ", curioso para ler as crónicas de dois dos maiores vultos da literatura nacional moderna: miguel sousa tavares e miguel esteves cardoso. o facto de vir a diana chaves na capa, neste caso, é mesmo secundário, porque embirro solenemente com a rapariga, assim como embirro com merches e matadinhos, etc.. ao fim de jantar, sentei-me e comecei a ler a crónica de MST. habituado a ler os textos do escritor, em jornais e revistas, sei perfeitamente que o homem escreve muito bem, vende milhares de livros e, acima de tudo, não dá erros ortográficos. posto isto, importa questionar que raio de jornalistas tem a revista na sua redacção para o referido texto vir cheio de "gralhas". então na página 28 é um fartote: "obcessão", "cabeçeira", "justiçeira". são muitos erros para um texto tão pequeno. terá sido algum redactor benfiquista ou sportinguista? um amigo de vasco pulido valente? um não fumador?
minutos depois:
passo os olhos pelo debate entre os candidatos à liderança do psd. a moderadora é manuela moura guedes (a betty grafstein do jornalismo nacional). sempre com o seu ar arrogante e postura altiva, colocando todos os seus entrevistados ao nível do tino de rans, a jornalista usou e abusou, num debate não muito longo, da seguinte pergunta: "como é que é?". acharia moura guedes que estava a falar com os filhos? - "constança e lourenço, o quarto está todo desarrumado. como é que é?". é que, num debate com alguma importância para o país, no qual se esclareceriam algumas dúvidas sobre qual o melhor candidato para defrontar josé sócrates no próximo ano nas legislativas, confrontar os candidatos assim, desta forma tão infantil e amadora, chega a roçar o ridículo. - "passos coelho, a questão laboral, como é que é?"; - "santana lopes, a redução de impostos, como é que é?"; - "patinha antão, quem é você e o que faz aqui?" (esta sim, era uma pergunta que ela poderia ter feito).
mais tarde, na mesma noite:
estava no computador e a minha mulher fazia um zapping pelos canais. parou no canal 1. estava a dar o "sexta à noite", com o cabotino do josé carlos malato. já aqui escrevi o que achava dele e do seu programa (medíocre demais). mas ontem, em poucos minutos, porque felizmente a minha mulher também não gosto do tipo, conseguiu enervar-me solenemente com mais alguns pormenores da sua infinita ignorância e falta de aptidão para apresentar um talk show. a convidada era elisabete jacinto. ela senta-se e começa por dizer que está na plateia uma claque da sua terra natal, o montijo. diz logo o malato: - "ai tu és do montijo?". o pobre do homem continua a não recolher qualquer tipo de informação sobre as pessoas que convida para o seu programa. logo a seguir, pede três (três, meu deus) salvas de palmas para a mãe da elisabete jacinto que estava na plateia: quando a convidada refere a sua presença; quando a vai buscar à plateia e quando ela se senta ao lado da filha. um bocadinho mais tarde, a gota de água: no seguimento da conversa com a convidada, malato diz isto: - "ah pois, tu eras psicóloga". elisabete jacinto diz, meio acabrunhada: - "não, era professora de geografia". brilhante! tinha decidido deixar de ver esta autêntica aberração televisiva depois da segunda emissão. ontem, depois de mais estas pérolas e de verificar que o homem apresenta o programa da mesma forma leviana e que continua a preparar as entrevistas (ou conversas, ou lá o que é) em cima do joelho, sem procurar saber alguma coisa mais para além do nome dos convidados, decidi que não volto mais a ligar a televisão às sextas-feiras à noite. é muito arriscado. manuela moura guedes e josé carlos malato na mesma noite? nunca mais...

ford kuga



ninguém precisa de um rim? uma perna (a esquerda, de preferência)? um braço (o esquerdo, de preferência)? um nariz (o esquerdo, de preferência)?
posso também fazer limpezas ao domicílio, passar a ferro, aspirar e estender a roupa; dou explicações de geografia, história e filosofia; estou disposto a dar cinco litros de sangue; construção civil? pode ser, não há problema, posso trabalhar com os olhos fechados para não ter vertigens; posso paginar as listas de compras familiares, redigir trabalhos de casa e testamentos...
QUALQUER COISA!!!
só sei que preciso juntar uns 40 mil euritos para comprar um ford kuga. foi amor à primeira vista. e quem me conhece sabe que eu não dou muita importância a carros, o assunto raramente vem à baila no meu quotidiano. não ligo muito a motores, consumos, binário, etc.. mas, caramba, o raio do carro é mesmo bonito, não é?
quanto é que o concessionário me dará pelo meu ford fiesta de 1998? só tem dez anos... e pelo frigorífico cá de casa? está bem jeitoso ainda. e ainda podem ficar com o recheio. pronto, se juntar ao negócio a máquina de costura e a de lavar louça, a torradeira, o grelhador e a arca congeladora deve ficar ela por ela. ou talvez não... é isso, pensando melhor, para ficar verdadeiramente bem negociado ainda tinham que me oferecer as jantes de liga leve de 17 polegadas.
tudo seria bem mais fácil, e eu ficaria com a cozinha muito mais bem equipada, se os tipos do euromilhões acertassem nos meus números. nabos...

mediatismos

até à passada sexta-feira era a selecção portuguesa que estava a estagiar em viseu.
desde esse dia, parece que é apenas cristiano ronaldo que está a estagiar em viseu...

sexta-feira, maio 23, 2008

vida em "pause"

hoje é o meu última dia de férias, numa semana atípica para estes lados. o raio da selecção "entupiu" a cidade de curiosos e uma pessoa não pode sequer pensar em ir tomar café ou ir cortar o cabelo, porque são coisas para demorar umas horas valentes. de maneiras que tenho ficado por casa, sozinho, porque a esposa trabalha e os miúdos têm escola. coloquei os meus dvds em ordem, vi temporadas inteiras do "friends" (pela décima vez), gravei cassetes (sim, eu sei que devo ser a única pessoa no mundo que ainda grava cassetes), cozinhei algumas vezes, fiz uma coisa fantástica que é ir dormir depois de tomar o pequeno almoço, joguei playstation (fifa 2008, sempre!), postei nos meus blogs, respondi a mails, passei bons bocados ao telefone com um amigo distante, arrumei a casa, fui despejar o lixo umas dez vezes, vi televisão (basicamente as notícias - sic notícias ou rtpn), fartei-me de ver directos da minha cidade em que só entrevistam pessoas de idade, até parecendo que não há jovens em viseu, de me fartar de rir sempre que o nuno luz da sic abre a boca. enfim, boa vida.
parece é que a minha vida está em "pause". é engraçado que quando se está a trabalhar só se pensa em férias e depois, em férias, pensa-se no regresso ao trabalho. é toda uma rotina diária diferente: o café a meio da manhã, o almoço, ler os jornais, o café depois de almoço, ir buscar os miúdos, chegar a casa depois de um dia de trabalho, trocar relatos do dia com a esposa, estar com os filhos, preparar o jantar, etc..
de férias, sozinhos, temos tempo para fazer tudo o que queremos, mas desde que esse "tudo" seja em casa. sair de casa é sempre complicado, porque todas as pessoas que conhecemos estão a trabalhar. por isso, depois do descanso (e de alguma pasmaceira também), estou ansioso por carregar no "play".

bleed a river deep - ed harcourt

Bleed A River Deep - Ed Harcourt

quarta-feira, maio 21, 2008

o primeiro treino

pormenores do treino de hoje da selecção nacional no estádio do fontelo, em viseu:
17h00 - os jogadores entram no relvado para iniciarem o treino;
17h05 - nas bancadas grita-se o nome de cristiano ronaldo e de tony carreira;
17h20 - scolari manda murtosa ao balneário buscar nuno gomes e miguel veloso, que ainda se estavam a pentear no balneário;
17h22 - bosingwa tenta explicar ao médico da selecção que sente dores na perna direita, mas o médico não o entende. alertado para o problema, scolari manda chamar eusébio para traduzir, mas o "pantera negra" recusa-se e entrar no campo sem uma toalha branca no braço direito;
17h25 - makukula tenta entrar discretamente no treino, à espera que ninguém desse conta, de forma a ainda poder integrar o lote dos convocados para o europeu. apesar de este estar disfarçado de rui barros, scolari dá conta da presença do avançado benfiquista. no entanto, em vez de o expulsar do terreno, contrata-o como tradutor de bosingwa;
17h30 - scolari manda murtosa ao balneário chamar joão moutinho; cinco minutos depois, descobre que moutinho já estava em campo, mas não se via;
17h32 - nas bancadas grita-se o nome de cristiano ronaldo e de luciana abreu;
17h35 - jorge ribeiro, ainda incrédulo, questiona pela vigésima vez scolari se é mesmo verdade que foi convocado para o europeu; atrás dele, na mesma fila e com a mesma pergunta, estavam rui patrício e hélder postiga;
17h40 - petit tem uma entrada dura sobre deco;
17h41 - petit tem uma entrada dura sobre fernando meira, que está a jogar na sua equipa;
17h42 - petit tem uma entrada dura sobre murtosa, árbitro da peladinha;
17h43 - nas bancadas grita-se o nome de cristiano ronaldo e de minervino pietra;
17h45 - scolari coloca rui patrício numa das balizas; dez minutos depois verifica-se uma invulgar falta de bolas no treino. rui patrício vira-se para trás e coloca em jogo uma das trinta bolas que estavam na sua baliza;
17h50 - hélder postiga apalpa miguel veloso;
17h51 - miguel veloso diz que não é desses;
17h52 - os jogadores da equipa de quaresma sentam-se a jogar às cartas depois de lhe passarem a bola; quaresma finta fernando meira dez vezes e fica isolado frente a ricardo. depois de driblar o guarda redes do bétis e de ficar com a baliza aberta para fazer golo, quaresma decide voltar para trás e fintar fernando meira mais dez vezes;
17h53 - os jogadores da equipa de quaresma levantam-se e voltam ao treino;
17h55 - deco cai numa disputa de bola com raúl meireles;
18h10 - deco levanta-se;
18h11 - nas bancadas grita-se o nome de cristiano ronaldo e de gregório freixo;
18h12 - scolari diz a nuno gomes para ser mais agressivo na frente de ataque;
18h13 - nuno gomes chama nomes a bruno alves;
18h14 - bruno alves responde com uma cotovelada;
18h15 - petit tem uma entrada dura sobre bruno alves;
18h16 - hélder postiga pede a scolari para sair mais cedo do treino;
18h20 - makukula volta a esgueirar-se para dentro do terreno de jogo;
18h21 - scolari manda petit fazer uma entrada dura sobre makukula;
18h23 - nas bancadas grita-se o nome de cristiano ronaldo e de purovic;
18h25 - miguel veloso recebe um passe de deco;
18h35 - miguel veloso decide-se, finalmente, por um passe longo para quaresma;
18h40 - ricardo tem uma saída em falso e hugo almeida faz golo; ricardo culpa ambos os centrais, a equipa médica, as suas luvas, a claque "mancha negra" do académico de viseu e o executivo municipal de viseu;
18h42 - hélder postiga apalpa jorge ribeiro;
18h43 - scolari chama quim para substituir ricardo numa das balizas; quim larga os tubos de cola e entra no terreno de jogo;
18h45 - a peladinha acaba; scolari manda os jogadores correr à volta do campo;
18h46 - nuno gomes marca finalmente um golo;
18h50 - hélder postiga continua a tentar marcar;
18h52 - bosingwa, já de muletas e com o braço direito ao peito, continua a tentar explicar ao departamento médico que não está em condições para treinar; scolari manda-o fazer 30 flexões;
18h55 - nas bancadas grita-se o nome de cristiano ronaldo e de rodrigo tiuí;
19h00 - acaba o treino;
19h05 - hélder postiga marca finalmente um golo e corre para os braços de makukula;
19h08 - os jogadores agradecem os aplausos do público, que grita agora o nome de karel poborsky e charisteas, e regressam aos balneários; ao sair do relvado, petit tem uma entrada dura sobre fernando ruas. questionado pela imprensa sobre tal facto, ruas disse que isso para ele eram "pinantes", o mesmo termo que utilizou quando quantificou as verbas dispendidas pela sua edilidade com o estágio da selecção;
19h40 - as luzes do estádio são desligadas;
19h41 - murtosa vai ao relvado buscar hélder postiga, que ainda estava a festejar o seu golo com makukula.

sábado, maio 17, 2008

"once"


se algum dia forem questionados sobre o verdadeiro significado da palavra "amizade", sugiram o visionamento do filme "once". ali, ela surge de forma desinteressada, cresce numa base de reciprocidade de consideração e respeito, de apoio e incentivo, de pequenos actos diários que parecem insignificantes mas que lentamente vão cimentando uma relação, criando laços eternos materializados em forma de música. uma das frases do poster do filme é "how often do you find the right person?". a pessoa certa pode aparecer, é verdade, mas por vezes surge com alguns anos de atraso, quando já estão estabelecidas relações com outras "right persons" que conhecemos anteriormente. ou que em tempos consideramos "right persons"... neste caso, tanto glen hansard como marketa irglova sabem perfeitamente que encontraram a pessoa certa, pela paixão de ambos pela música, pela sua composição, arranjos e letras, e porque, basicamente, gostam de estar um com o outro. isso é evidente ao longo dos 80 minutos de "once". é essa a base e o ponto de partida do filme. por isso é que, no final, quando era suposto ficarmos a saber como se iria desenvolver a carreira musical de glen hansard, depois de ter conseguido alugar um estúdio para gravar as suas canções, o filme... acaba. o fulcro do filme não era esse, esta não é uma história de hollywood sobre um "zé ninguém" que canta na rua no início do filme e que, no final, tem o mundo inteiro aos seus pés. "once" não é um conto de fadas, é um filme credível, simples e cru, sem artifícios, que custou apenas 100 mil dólares, foi gravado em 17 dias em dublin e acabou por render 18 milhões em todo o mundo e vencer o óscar de melhor música original na última edição dos óscares ("falling slowly").
as músicas de "once" são o terceiro protagonista do filme. elas revelam mais carácter, emoção e história do que qualquer diálogo das comédias românticas actuais. ele canta sobre a relação falhada com a ex-namorada; ela canta sobre a ausência do marido, de quem tem uma filha. vão carpindo as suas mágoas enquanto desenvolvem uma relação estritamente platónica, com exactas medidas de doçura e amargura. no final, fica provado que, por vezes, uma música consegue expressar melhor e mais depressa os nossos sentimentos do que qualquer outra forma.

sexta-feira, maio 16, 2008

an all over night - velveteen



neste momento, a música é um enorme rochedo a que me agarro cada vez com mais força para não ser levado pelas ondas da depressão. o céu tem estado sempre carregado de nuvens, cada vez mais escuras e ameaçadoras; do sol nem um pequeno vislumbre. apenas a minha revolta tem servido de escudo às investidas das marés, impelindo-me ao mesmo tempo para uma batalha que eu sei que não consigo vencer. a única forma de eu a dominar e controlar é ouvindo música, para apaziguar uma emergente sede de confronto. as músicas que tenho colocado, cada uma delas à sua maneira, têm servido de "medicação", tomada umas dez vezes por hora, para tentar debelar este meu estado de espírito. enquanto as ouço, viajo para um mundo virtual e hedonista, onde tudo é esquecido. nem que seja por cinco minutos...

"i will possess your heart" no letterman



actuação no programa "late show with david letterman", no passado dia 13 de maio, dos death cab for cutie, com "i will possess your heart, o primeiro single do álbum "narrow stairs". o registo do baixo de nick harmer é notável.
"that's it, no more calls, we have a winner"

"transatlanticism"



vídeo não oficial de "transatlanticism", dos death cab for cutie. realmente, as verdadeiras palavras, aquelas que são escritas ou ditas com lágrimas nos olhos, são as que nos ficam gravadas na mente e entranhadas na pele para sempre. nunca mais se esquecem, assim como as pessoas que as disseram.
"i need you so much closer"!...

quarta-feira, maio 14, 2008

terça-feira, maio 13, 2008

vicky cristina barcelona



primeiro trailer do novo filme de woody allen, "vicky cristina barcelona", com penelope cruz, javier bardem e scarlett johansson, que tem estreia prevista apenas para setembro de 2008.

grandes jornalistas

"queremos que portugal continue a formar grandes talentos. o aumento de estrangeiros nas camadas jovens quase triplicou nas últimas duas temporadas e é necessário modificar esta situação. por isso, não vamos poupar esforços nem dinheiro" - gilberto madaíl, ontem em viseu, aquando do anúncio dos 23 jogadores convocados por scolari para o euro 2008.

com a sala repleta de jornalistas, ninguém foi capaz de questionar madaíl sobre a presença de pepe e deco no lote dos jogadores seleccionados para o europeu. tonel e maniche não são portugueses? ou nunes e tiago? ou sereno e manuel fernandes?

segunda-feira, maio 12, 2008

resignações

estou cada vez mais convencido de que estou neste mundo apenas para ver, não me interessando minimamente participar. na minha juventude saltei todas as etapas que a maioria considerava fulcrais: baile de finalistas, praxes, latadas, queimas... ao invés, entrei cedo no mercado de trabalho porque queria definir rapidamente o meu futuro. é o que dá crescer num corpo que sempre aparentou ter cinco ou seis anos a mais do que os verdadeiros. no liceu, quando comparavam a minha envergadura física com a dos meus restantes colegas, não faltavam pessoas a pensar que eu precisava de três anos para passar um ano de escolaridade. quando jogava futebol federado acontecia o mesmo "drama": quando era iniciado, diziam que havia aldrabice porque eu parecia juvenil; quando cheguei a juvenil, fartava-me de ouvir bocas do público (geralmente quando jogava fora de casa), acusando-me de já ser júnior. finalmente, ao chegar a júnior, pude descansar um pouco, mas havia sempre um "esperto" qualquer a chamar-me de sénior, provavelmente por causa da minha barba (que cresce desmesuradamente desde os meus 13 anos). assim, todas estas pequenas incidências (com grande impacto no meu crescimento) fizeram com que eu desejasse chegar o mais rapidamente possível ao mundo dos adultos. agora que aqui estou, que já dei umas voltas para ver o ambiente e meti conversa com dois ou três espécimes, apetece-me pagar a conta, meter-me no carro e voltar ao ano de 1988 (não faço a mínima ideia de qual será a melhor estrada para isso, vou tentar ir por ermesinde, virando à direita em esposende, atravessando o douro em amarante e cortando à esquerda em carrazeda de ansiães). sim, confesso que sinto a falta de alguma loucura, de alguma irreverência, de alguma extravagância juvenil. e porquê? pode parecer estúpido agora, mas na altura não queria defraudar aquelas pessoas que já viam em mim, um puto de 14/15 anos, um adulto, e tentei ser o mais "atinadinho" possível, sem desvios comportamentais ou psicológicos. quando se cresce num meio pequeno, onde toda a gente se conhece, é complicado cometer um pequeno devaneio que seja sem se ficar imediatamente conotado ou rotulado. mesmo assim, foi nessa miserável terra que tive oportunidade de experimentar um "cheirinho" das três profissões que, desde cedo, queria seguir: fui futebolista durante seis anos, tendo chegado, no penúltimo ano, à selecção distrital sub-17 de viseu, como defesa-central (a minha altura tinha que servir para alguma coisa); actuei ao vivo, como músico (escrito assim até parece algo de especial, mas já de seguida vão ficar a saber que... nem por isso), como elemento da escola de música "lira", interpretando, no órgão, a famosa canção popular francesa do século XVIII "au clair de la lune"; e fiz teatro amador durante quatro anos, chegando a acumular, na mesma peça ("o saco das nozes"), dois papéis (marido violento e padre). recordo com particular saudade os ensaios, as actuações, o friozinho que corria pela espinha quando se aproximava a altura de entrar em palco, o alívio enorme quando acabava uma sessão, as diabólicas cócegas que os bigodes postiços causavam, a roupa desconfortável e os sapatos apertados, a férrea resistência a qualquer boca que viesse da assistência para nos fazer rir, as cábulas escondidas no cenário para não falharmos uma deixa, os improvisos, as "brancas", as pancadinhas de moliére e... os aplausos, que felizmente eram sempre muitos. bons tempos! dos melhores, certamente, que passei naquela miserável terra.
quando mudei para outra terra, senti-me revigorado, pronto para recomeçar a construir um outro eu, uma nova identidade. fiz amigos, criei novas rotinas e cresci bastante em termos psicológicos, sociais e intelectuais. rapidamente me entrosei, me senti em casa. no meu primeiro ano de liceu em viseu, 10º ano de escolaridade, vivia mesmo no centro da cidade. apetecia-me sempre andar na rua, passear pela rua formosa, cheirar as tílias do rossio e a relva molhada do parque aquilino ribeiro (por onde passava todos os dias para ir às aulas), calcorrear a rua direita e a zona histórica... foi um gigantesco "banho" de viseu, um novo baptismo espiritual, que me fez cair de amores por esta cidade para o resto da vida.
três anos depois, deu-se a despedida. coimbra chamou por mim. ainda lhe dei o benefício da dúvida durante uns meses, mas a minha cidade de eleição já tinha sido encontrada. senti-me desamparado em coimbra, não fui capaz de absorver a cidade da mesma forma. sabia que me estava a enganar a mim mesmo ao prolongar aquele martírio, mas não queria desapontar os meus pais, especialmente a minha mãe, grande admiradora do fado de coimbra, das tunas e das serenatas. mas algum tempo depois o barco bateu no icebergue (excelente analogia! diria mais: brilhante!). desabafei com os meus pais, dei-lhes um grande desgosto e uma desilusão que jamais esqueceram (a minha mãe suspira sempre que vê uma tuna na televisão) e voltei. adeus latadas, queimas, bebedeiras de caixão à cova, concertos do quim barreiros, sexo desenfreado sem obrigações morais, "directas" a estudar, pequenos-almoços às cinco da tarde, mais concertos do quim barreiros, mais sexo desenfreado sem obrigações morais e sem telefonema obrigatório no dia seguinte, preservativos de todas as cores, lingerie comestível, cogumelos esquisitos, "o bacalhau quer alho" em altos berros, sexo desenfreado com gémeas polacas do erasmus, colecção de garrafas vazias de absinto na cozinha, pilha de roupa suja na marquise, cama por fazer há quatro meses, quim barreiros novamente e, para acabar, sexo desenfreado no banco traseiro de um renault 5 laureate gtl com a equipa feminina de voleibol do castêlo da maia. perdi tudo isto, sem que alguma vez possa recuperar seja o que for (bem, talvez o quim barreiros). será que quem passou por isto tudo atribui alguma importância a estes anos das suas vidas? creio que sim, pelo menos a acreditar em alguns meus amigos. entraram na vida adulta mais aliviados, mais leves, em clara descompressão. esgotaram totalmente o plafond de "loucuras permitidas" que lhe foi atribuído aquando da entrada na universidade e encararam, de forma positiva, a vida laboral, com memórias e incidências suficientes para centenas de coffee-breaks nas empresas onde trabalham. as minhas histórias, quando muito, dariam para uma pausa para um cigarro no parque de estacionamento. nem sequer para um charuto davam. mas já estou completamente resignado, acreditem. por estes dias, depois de intensa introspecção e alguma terapia, só ainda não consegui tirar da cabeça as gémeas polacas do programa erasmus...

domingo, maio 11, 2008

"home waters"



"For an underground/up-and-coming band, it's a wonderful thing when someone mistags your album for one of a band that is in heavy rotation in the USA or around the whole world. The band Velveteen(not to be confused with the American band, Velvet Teen), were the recent blessed recipients of such a wonderful mishap when someone falsely uploaded their album as Death Cab For Cutie's Narrow Stairs album. Lucky for them, their album, Home Waters, is wonderful from start to finish. Though you'll find no Ben Gibbard songwriting(well, almost), nor will you hear Chris Walla production/guitar work. But, like I said, that is nothing to fret over. The first piece of proof of that is the second track, first full song of the album, "After The K.M. Tapes." I can't tell you who K.M. is, or if it stands for a particular object, but it doesn't diminish the awesomeness of this song. With subtitle Shoegazing influences, Indie Rock singing, and Sunny Day Real Estate(one of DCFC's influenced) styled songwriting. The melancholy vibe from "The Drummer Goes Berserk," is hard to miss. With the keyboard keys chiming along like a morbid bedtime melody, you're treated with the steady flow of a drum machine instead of an actual drummer losing his marbles during recording. True to Indie fashion, the title leaves you wondering what exactly does it have to do with the song(could the drummer have spazzed out prior to recording forcing them to use the drum machine in his place?). No matter the reason, the all the sounds are in perfect marriage with the almost-emo tone the singer. On "The Getaway," it's not hard to see the comparison between Velv & Death Cab. Sounding like something missing from between the Transatlanticism and Plans period of DCFC, Velveteen hits all the right notes at exactly the right time. If Zach Braff is listening to them, then you can expect them to be featured on whatever new movie he has in the works. "Come `Round Here No More" has to be one of the most peculiar songs on the album. As the band brings up an obstructing wall of sound while the singer keeps softly belting out lyrics as if he's oblivious to the noise that's drowning him out in every sense. On "Interlude: The DJ Affair," a moderate listener of Death Cab would have to double check(maybe even triple), to make sure that Carsten Schrauff didn't magically turn into Ben Gibbard in the middle of the album. "Firework Special" brings the bass-heavy side of Indie music. With fast alternatng picking, you get the feeling that the guitar is sparkling like a crystal instrument in the back ground(Think Nick Zinner's playing for Yeah Yeah Yeah's song "Maps"). Filling up with intensity during the climax, Schrauff sings in a distorted microphone that makes him sound like he's standing six feet behind the band and yelling in hopes that the mic will pick up his voice. A very dynamic effect for such a beautifully driven song. With aggressive bridge performances and a runaway train drum track, "The Big Lay Off" offers more than your typical moaning and groaning. The song is more in line with a coming to terms, revelation, or even an epiphanic moment that has finally made itself known. Tying everything up is "Epilogue: Night Swimming." Another similar album cut to one that sounds like it could be featured on an album by the band that they were intentionally mislabeled as. With what sounds like a spaceship running idle in the background, they play the piano and strum their guitars in near perfect unison. Followed by nothing but the sound of this Solar Aquatic noise lulling you into the end of an album that was lucky enough to be well deserving of the unintentional attention that they have received. Is this album going to change the world? No. But, it's still an astonishing piece of musicmanship that most acts can't seem to muster up in this day and age".
-Scotio (opinionhated.wordpress.com)

concordo com tudo o que foi escrito nesta crítica ao disco "home waters" dos velveteen, aqui. incluindo as gritantes semelhanças sonoras com os death cab for cutie.

velveteen


"MTJ!: Recentemente, um blogueiro chamado ‘Charlatantric’ divulgou o seu último álbum – Home Waters – na internet, como se fosse o ‘Narrow Stairs’, CD do Death Cab For Cutie que está para ser lançado no mês que vem. Qual foi sua participação – se tiveram alguma – nessa pegadinha de 1 º de Abril?
Velveteen:
Bem, isso tem sido muito estranho. Meu telefone tocou e era a MTV New York. Acredite, isso não acontece com bandas indie alemãs com muita freqüência. Eles nos perguntaram sobre essa brincadeira e tudo mais. Eu falei com o resto da banda e Tommy, nosso baterista, lembrou ter contato com o Charlatantric. Porém, nós não vemos tanta semelhança assim entre nós e o Death Cab For Cutie, nós apenas vemos o comentário como um elogio. E nós nos acostumamos com isso desde quanto toda a imprensa alemã também passou a achar minha voz semelhante à de Ben Gibbard. Então, nesse caso, nossa participação foi passiva, a glória é de Charlatantric. Achamos o DCFC uma ótima banda americana, mas a única conexão que existe entre nós foi criada por esse blogueiro. Espero que ninguém tenha levado isso muito a sério. Todos aqueles que caíram na brincadeira vão comprar o Narrow Stairs de qualquer jeito, já que, presumivelmente, será um ótimo álbum."

(texto retirado do site movethatjukebox.wordpress)

pois, eu fui um daqueles que caiu na brincadeira. o disco que eu pensava ser "narrow stairs", dos death cab for cutie, era "home waters", do grupo indie alemão velveteen (na foto). o primeiro single do novo disco dos death cab for cutie, "i will possess your heart", constava do alinhamento, tal como o verdadeiro nome das músicas, mas, na realidade, tudo não passou de uma brincadeira de 1 de abril (cada vez mais odeio este dia). assim, todos os posts ultimamente colocados neste blogue relacionados com as músicas do disco "narrow stairs" foram retirados, bem como a minha avaliação do citado álbum. apenas ficou o vídeo do primeiro single a ser extraído do novo disco dos death cab for cutie, "i will possess your heart". como único aspecto positivo desta infeliz ideia do tal "charlatantric" ficou a descoberta dos velveteen e do seu magnífico disco (o terceiro da banda, numa carreira de 12 anos) "home waters", um trabalho de grande qualidade, pelo qual continuo, ainda, inebriado. prometo colocar novamente as músicas que tirei agora, mas com os nomes correctos, da banda e das faixas. já agora, e apenas como informação adicional, as músicas que tinha colocado, com os nomes "pity and fear", "your new twin size bed", "no sunlight" e "you can do better than me", chamam-se efectivamente, e pela mesma ordem, "firework special", "drink up girls", "the drummer goes berserk" e "kids home". quanto aos death cab for cutie, ao verdadeiro disco, as expectativas continuam altas e espero ter o disco nas mãos durante a próxima semana.

quinta-feira, maio 08, 2008

jonathan lipnicki


o actor é jonathan lipnicki, nascido a 22 de outubro de 1990. estreou-se no cinema com apenas seis anos, no filme "jerry maguire" (1996), interpretando o papel de ray boyd, filho de renée zellweger. a maior parte das suas cenas no filme, e as mais engraçadas por sinal, foram com tom cruise (não muito mais alto do que ele). três anos depois, lipnicki entraria em "stuart little", onde tinha como "pais" geena davis e hugh laurie. o sucesso do filme garantiu-lhe o papel de george little na sequela, "stuart little 2", em 2002. actualmente com 17 anos, o actor prepara-se para rodar o filme "for the love of jade", do realizador mike yurinko. do elenco fazem ainda parte lance henriksen e michael c. williams.

p.s. - a bola de berlim e o sumol de ananás já vão a caminho, caro pedro.

quem é este actor?


o "nuvens da alma" oferece um sumol de ananás e uma bola de berlim a quem acertar no nome deste actor. a foto é actual. o miúdo está crescidinho já.
pista: quase "roubou" um filme a uma mega estrela de hollywood na sua estreia cinematográfica, em 1996.

quarta-feira, maio 07, 2008

800 posts


oito centenas de posts... mas a estrada a percorrer ainda é muito longa para conseguir efectivamente chegar a algum lado.

terça-feira, maio 06, 2008

"desculpe, não temos vagas"

sim, esta treta de fazer posts só com vídeos do you tube tinha que acabar. senti que vos devia algumas palavras, como "frigorífico", "estendal" e "capacete". a minha vida continua a ser a mesma sucessão de quintas-feiras, sem que nada de particularmente interessante ou especial me aconteça. continuo a cumprimentar as pessoas e a ficar com a sensação de que elas não respondem aos meus "bons dias" e "boas tardes" (já nem digo "boas noites" porque já não saio à noite desde que foi proclamada a república), continuo com a impressão de que sou sempre mal atendido nos cafés e restaurantes onde entro pela primeira vez (por isso tento sempre frequentar os mesmos sítios em viseu - pastelaria lobo e restaurante hilário), continuo a chegar e a sair sempre a horas ao trabalho, embora por vezes o patronato merecesse que eu entrasse às 15h e saísse às 15h30, e continuo à espera que algo de bom me aconteça, todos os dias. acho que toda a gente parte para um novo dia com esse pensamento na cabeça. "e se hoje surgisse uma proposta de emprego aliciante?", "será que me vão pagar hoje?", "conseguirei arranjar estacionamento hoje no centro histórico à hora de almoço?". no fim do dia, antes de preparar mentalmente o dia seguinte (o que não é muito difícil), faz-se o balanço e, se não tiver acontecido nada de relevante, arrumamos as memórias das últimas 24 horas no fundo do cérebro, ao lado do cubo mágico, da bota botilde e do spectrum zx, e ansiamos rapidamente pelo próximo dia. é claro que o meu objectivo nunca foi conhecer uma pessoa nova por dia, embora reconheça que é um excelente objectivo, sobretudo para quem trabalha atrás de um balcão numa repartição pública, mas se calhar, e colocando o dedo na ferida, fazia-me bem conhecer pessoas novas, sobretudo daquele tipo de pessoas que não me irrita automaticamente quando se mexe ou abre a boca. acreditem, já conheci muitas dessas. não me interpretem mal, o problema não são as pessoas que conheço, as que já fazem parte do meu pequeno círculo de amizades, essas são interessantes o suficiente. infelizmente, é muito reduzido o tempo que passo com elas, criando-se um fosso temporal enorme que condiciona e faz estremecer a mais sólida das amizades. quando reencontramos um amigo deste género, ao fim de algum tempo, perde-se sempre uma hora a actualizar as informações, o ambiente é quase sempre de constrangimento, porque nunca sabemos se alguma coisa mudou, se o nosso comportamento é o ideal, se devemos ou não fazer uma graçola fácil quando esse amigo nos está a contar algo desagradável que lhe aconteceu, etc.. gasta-se algum tempo a encontrar o ponto em que tinha ficado o nosso encontro anterior. e geralmente quando isso acontece, a outra pessoa tem que ir embora. segue-se uma inevitável frustração, seguida da previsível resignação. não há mesmo nada a fazer. só aceitar as evidências.
em termos de novos conhecimentos, todavia, também não peço muito, não quero conhecer um astronauta, um prémio nobel ou um cientista, contentar-me-ia com alguém que soubesse, pelo menos, qual é a capital da turquia e da austrália, quem é o vocalista dos radiohead, o realizador de "when harry met sally" e a formação inicial do sporting na final da taça de portugal na época 1994/1995. pronto, nesta última estava a brincar. vou alterá-la para o nome dos 24 jogadores da selecção de el salvador no mundial 82, realizado na espanha.
o meu problema é que as pessoas interessantes parecem já estar ocupadas... com as outras pessoas interessantes. mesmo que tentasse, eu nunca conseguiria entrar. lembro-me sempre da famosa citação de groucho marx, que dizia que não gostaria de pertencer a um clube que o aceitasse como membro...

indiana jones 4 - novo trailer



cá está o novíssimo trailer de "indiana jones and the kingdom of the crystal skull", com estreia mundial marcada para o dia 22 de maio. e a expectativa aumenta...

"friends" bloopers

"friends": a melhor cena do ross



a melhor cena cómica, para mim, do ross (david schwimmer) na série "friends".

mais steven wright...

sexta-feira, maio 02, 2008

i will possess your heart - death cab for cutie



o primeiro single e vídeo do disco "narrow stairs" dos death cab for cutie.

10 melhores sitcoms de sempre

o site "gone hollywood" elaborou uma lista com aquelas que considera serem as 10 melhores sitcoms de sempre da televisão norte-americana. da lista, apenas nunca vi as séries "i love lucy" e "the mary tyler moore show". da "roseanne" nunca gostei muito, apesar de admirar bastante o john goodman. do "cheers" e do "m.a.s.h." foi adepto incondicional durante uns tempos. via religiosamente o "cheers" quando começou a ser transmitida na rtp; por sua vez, "descobri" a série "m.a.s.h." na saudosa sic comédia, há uns anos, e fiquei rendido à dupla alan alda / wayne rogers. "simpsons", "friends" e "seinfeld", obviamente, também constariam da minha lista das 10 melhores sitcoms de sempre. assim, de repente, lembro-me de algumas séries que poderiam igualmente constar dessa minha suposta lista: "mad about you", "spin city", "everybody loves raymond", "frasier", "curb your enthusiasm", "arrested development", "the office", etc..
esta é a lista do site "gone hollywood":

10. friends (de 1994 a 2004)
9. i love lucy (de 1951 a 1957)
8. roseanne (de 1988 a 1997)
7. the cosby show (de 1984 a 1992)
6. m.a.s.h. (de 1972 a 1983)
5. cheers (de 1982 a 1993)
4. the mary tyler moore show (de 1970 a 1977)
3. all in the family (de 1971 a 1979)
2. seinfeld (de 1990 a 1998)
1. the simpsons (desde 1989) - "the longest-running comedy on tv holds that record for a reason — it is, quite simply, the best sitcom in history. the animated classic has spent 19 seasons mocking and celebrating pop culture, and giving us tv’s most beloved family and most delightfully ornery 10-year-old, bartholomew j. simpson".

quinta-feira, maio 01, 2008

a melhor música portuguesa de todos os tempos



acabei de ver, na rtp1, pedro barroso a cantar esta música no espectáculo "vozes de abril", evento comemorativo dos 34 anos do 25 de abril. fiquei todo arrepiado, porque esta para mim é a melhor música portuguesa de todos os tempos, com uma letra poderosamente romântica e poética. e pedro barroso cantou-a com alma, com nostalgia, a sua expressão deixou-me estarrecido, com uma teimosa lágrima no canto do olho, que caiu quando o coliseu lhe prestou uma estrondosa salva de palmas no final da música.
o vídeo foi o melhor que consegui no you tube, para o caso não interessa muito. interessa é sentir a música e absorver a letra.

Menina Dos Olhos De Água
Pedro Barroso
Composição: Pedro Barroso

Menina em teu peito sinto o tejo
E vontades marinheiras de aproar
Menina em teus lábios sinto fontes
De água doce que corre sem parar
Menina em teus olhos vejo espelhos
E em teus cabelos nuvens de encantar
E em teu corpo inteiro sinto feno
Rijo e tenro que nem sei explicar
Se houver alguém que não goste
Não gaste, deixe ficar
Que eu só por mim quero te tanto
Que não vai haver menina para sobrar
Aprendi nos 'esteiros' com soeiro
E aprendi na 'fanga' com redol
Tenho no rio grande o mundo inteiro
E sinto o mundo inteiro no teu colo
Aprendi a amar a madrugada
Que desponta em mim quando sorris
És um rio cheio de água lavada
E dás rumo à fragata que escolhi
Se houver alguém que não goste
Não gaste, deixe ficar
Que eu só por mim quero te tanto
Que não vai haver menina para sobrar