desde os meus vinte e poucos anos que, por alturas do meu aniversário, tenho por hábito gravar uma colectânea com as músicas que mais ouço nessa altura. vários nomes têm passado por essas colectâneas (david sylvian, american music club, red house painters, cranes, grandaddy, flaming lips, beck, etc), e as cassetes (antigamente) e os cd's que gravei ainda os costumo ouvir, resultando como uma espécie de máquina do tempo musical, que me faz regressar nostalgicamente uns anos atrás.
este ano não será excepção. e nem podia ser, já que 2006 tem sido um ano fantástico em termos de descobertas musicais. a questão é escolher 20 músicas num universo de 300. no ano passado o maior número de músicas pertenceu aos antony and the johnsons, the czars, blonde redhead e american music club (foi, aliás, o ano do regresso dos amc, depois de 10 anos). este ano o número de bandas que ouvi subiu consideravelmente, de todos os quadrantes. foi difícil a selecção final.
aqui fica então a composição da colectânea dos 34:
1. machine gun - slowdive
2. my sun is setting over her magic - marjorie fair
3. bleed a river deep - ed harcourt
4. all your tears - mojave 3
5. the end and the beginning - devics
6. alison - slowdive
7. reason why - rachel yamagata
8. fall - editors
9. bermuda highway - my morning jacket
10. in a manner of speaking - nouvelle vague
11. someone must get hurt - she wants revenge
12. salty seas - devics
13. let's go out tonight - the blue nile
14. stare - marjorie fair
15. knot comes loose - my morning jacket
16. she loves me, she loves me not - she wants revenge
17. here she comes - slowdive
18. camera - editors
19. kentucky woman - sun kil moon
20. from a late night train - the blue nile
quinta-feira, agosto 31, 2006
quarta-feira, agosto 30, 2006
48 horas
sexta-feira, 25 de agosto:
já sabia que não ia dormir nada. a ansiedade que antecede uma viagem deixa-me assim, inquieto, impaciente. como era de esperar, acordo antes do despertador tocar. o ritual é o mesmo de sempre: banho, barba, dentes, roll on, nivea, perfume. a amargura apertada da despedida já estava entranhada há muito, desde que ficou definido este fim de semana. mesmo assim, e como também era de esperar, custou muito.
cheguei a nelas, comprei o bilhete e esperei ainda 20 minutos. a viagem correu muito bem, sem se dar pelo tempo. tive oportunidade de ir a ouvir musica, graças à minha doce companheira de blog, a cláudia, que me emprestou o discman. ouvi slowdive. duas horas de excelente música.
11h30. cheguei a santarém. o ricardo também tinha acabado de chegar de lisboa. informo-o da referência feita ao blog dele na revista FHM. reconhecimento merecido, diga-se. depois de uma rápida consulta ao mapa, decidimos avançar pela A13, rumo ao sul. rapidamente chegamos ao local onde decidimos almoçar: santiago do cacém. isto porque me lembrava de ter almoçado, em 1997, num restaurante muito bom chamado "taska toska", onde tinha comido uma das melhores pizzas que já tinha provado. desta vez, nove anos depois, já não fiquei com a mesma impressão. foi aqui também que começamos a tomar consciência de que, de lisboa para baixo, não havia restaurante algum que tivesse sagres bohemia. qual será o motivo? stock reduzido? falta de divulgação? mas caramba, é "apenas" a melhor cerveja nacional.
seguimos para o algarve, para o hotel montechoro. já tinhamos feito a reserva quinze dias antes mas estávamos ambos receosos que houvesse algum contratempo. felizmente não houve. antes pelo contrário. deram-nos um quarto, com duas camas, mais uma ampla sala, com sofás, com outro roupeiro, outra televisão. enfim, um luxo. era o único quarto daquele piso com duas portas, o que, para uma pessoa neurótica como eu, foi terrível, porque tinha sempre que verificar se as duas portas estavam realmente fechadas, em vez de verificar apenas uma.
malas arrumadas, fato de banho vestido, impunha-se uma praia. a escolhida foi santa eulália. dentro de água é impossível fugir àquele recorrente pensamento, que me ocorre sempre que vou ao algarve: as praias aqui de cima são uma merda, quandop comparadas com as do algarve, onde se pode estar, de facto, dentro de água. antes de voltar ao hotel, ainda fomos à praia de olhos d'água, paragem obrigatória, pela nostalgia que acarreta. tinhamos lá estado várias vezes em 1994 e no ano passado também por lá passamos.
o jantar foi num restaurante chamado "lavrador", onde comemos bem e bebemos melhor, um quinta de cabriz, do dão. saímos de lá bem animados, já com o propósito de irmos ao libertos bar. tinhamos lá estado no ano passado e levámos de lá a melhor das impressões, por vários motivos. este ano não foi diferente. bom ambiente, música ao vivo, caras bonitas (em alguns casos, muito bonitas mesmo, como foi o caso de uma das barmaids, a fernanda, brasileira, linda de morrer!). só saímos de lá quando fechou, pelas 04h00. nem sentimos o tempo a passar. o ricardo ainda estava um pouco preocupado com o resultado do fc porto - u. leiria, porque não vimos o jogo. infelizmente, o fc porto ganhou, mas nem isso conseguiu estragar-me a noite.
sábado, 26 de agosto:
depois de dormirmos cerca de 4 horas, descemos para o pequeno almoço. decidimos nessa altura ir "descobrir" uma praia recomendada pela revista visão: praia da marinha, perto de lagoa. lá chegados, depois de algumas voltas provocadas pela falta de sinalização, descemos os 121 degraus que nos levavam à praia, para chegarmos imediatamente à conclusão de que não dava para ir à água, dada a excessiva quantidade de rochas existentes. 121 degraus a subir custou muito mais, ainda por cima sem termos tomado ainda café, ou melhor, um café decente, não aquele do pequeno almoço do hotel. paramos, por isso, no primeiro tasco que encontramos pelo caminho, na direcção de armação de pêra, que era a praia mais próxima. apesar de estar a abarrotar de gente, até gostamos de armação de pêra, onde também tinhamos estado em 1994, acampados por sinal. o almoço, logo depois, já estava delineado há muito: o famoso frango da guia. voltamos em seguida para albufeira, onde encetamos uma procura por um cyber cafe ou um espaço internet. encontramos um perto do mac donalds e do kentucky fried chicken, onde estivemos ainda algum tempo. ainda antes de irmos para a praia, passamos pelo modelo, para comprar bebidas caffe latte, machiato e cappucinno, um vício recente de ambos.
voltamos então à praia de santa eulália. o ricardo apanhou um escaldão e ficou pior do que estragado. era suposto ainda irmos à praia da falésia mas acabamos por não ir. despedimo-nos, assim, das praias do algarve. mas valeu a pena, vale sempre a pena, nem que sejam apenas umas horas que lá se passam.
a decisão sobre o local para jantar foi morosa. queríamos um sítio específico: barato, com televisão na sport tv (para vermos o sporting) e numa esplanada. depois de vermos dezenas de ementas e de analisarmos o ambiente de vários restaurantes, decidimo-nos por um, curiosamente o que ficava mais perto do libertos bar. ficamos sentados quase 3 horas, vimos o jogo todo, o sporting ganhou (e ainda bem, senão estava tudo estragado!). não tinham bohemia também os sacanas, a comida era razoável, o empregado que nos atendeu é que era do piorio.
por volta das 23h30 lá fomos para o inevitável libertos bar. em princípio para ficarmos apenas até às 2h00, porque no dia seguinte tinhamos a viagem para lisboa e precisávamos dormir umas horas mais do que na noite anterior (mas sabíamos nós o que aí vinha...). como o ambiente ainda estava melhor do que na noite anterior, ficamos novamente até fechar. voltamos a despedir-nos do libertos com uma agradável sensação, a mesma do ano passado. passam-se ali bons momentos, nem se dá conta do tempo a passar. voltaremos, sem dúvida, no próximo ano.
domingo, 27 de agosto:
no regresso ao hotel, falamos sobre o que fariamos no dia seguinte, o dia do regresso. praia estava fora de questão, a piscina do hotel também. além disso, as saudades, que já tinham começado a apertar durante a tarde, eram por esta altura ainda maiores. dessa forma, quando chegamos ao hotel, por volta das 05h00, pedimos acesso à internet, para consultar os horários dos comboios. havia uma enorme disparidade entre os dois intercidades para nelas, onde eu tinha deixado o carro na sexta-feira. um deles partia de lisboa às 12h05 e o outro às 19h30. começamos então a ver que o comboio das 12h05 era o mais apetecível, porque me permitia chegar a casa por volta das 16h00, em vez das 23h00, se apanhasse o das 19h30. mas para apanharmos o comboio das 12h30 teríamos que sair do algarve às 08h00. como nenhum de nós tinha sono e entre dormir duas ou três horas ou não dormir de todo, preferimos... não dormir de todo. subimos ao quarto, arrumamos tudo e saímos do hotel às 06h00. foi uma luta para manter os olhos abertos durante a viagem. o ricardo aguentou estoicamente a conduzir, cheio de sono e morto de cansaço, tal como eu. paramos em quase todas as estações de serviço: almodovar, onde tomamos o primeiro café e comemos qualquer coisa; grândola, compramos pastilhas e o jornal a bola; e alcácer do sal, onde foi impossível resistir mais e acabamos por dormir duas horas no carro. depois disso, tomamos novamente café e comemos mais alguma coisa. chegamos a lisboa cedo, tendo tempo suficiente para comprar o bilhete, comprar algo para os nossos filhos, comprar uma revista que na capa tinha uma tipa que tinhamos visto na noite anterior no libertos bar (a revista chama-se fitness; ela é personal trainer de fitness e chama-se sónia viola), comprar algo para comer durante a viagem e, sobretudo, sentarmo-nos numa esplanada a avaliar o que tinhamos vivido nas ultimas 48 horas. a principal conclusão foi: temos que repetir no próximo ano.
o reencontro lá em casa foi gratificante. vinha cheio de saudades e foi bom constatar que também eles tiveram saudades minhas. é sempre bom regressar.
já sabia que não ia dormir nada. a ansiedade que antecede uma viagem deixa-me assim, inquieto, impaciente. como era de esperar, acordo antes do despertador tocar. o ritual é o mesmo de sempre: banho, barba, dentes, roll on, nivea, perfume. a amargura apertada da despedida já estava entranhada há muito, desde que ficou definido este fim de semana. mesmo assim, e como também era de esperar, custou muito.
cheguei a nelas, comprei o bilhete e esperei ainda 20 minutos. a viagem correu muito bem, sem se dar pelo tempo. tive oportunidade de ir a ouvir musica, graças à minha doce companheira de blog, a cláudia, que me emprestou o discman. ouvi slowdive. duas horas de excelente música.
11h30. cheguei a santarém. o ricardo também tinha acabado de chegar de lisboa. informo-o da referência feita ao blog dele na revista FHM. reconhecimento merecido, diga-se. depois de uma rápida consulta ao mapa, decidimos avançar pela A13, rumo ao sul. rapidamente chegamos ao local onde decidimos almoçar: santiago do cacém. isto porque me lembrava de ter almoçado, em 1997, num restaurante muito bom chamado "taska toska", onde tinha comido uma das melhores pizzas que já tinha provado. desta vez, nove anos depois, já não fiquei com a mesma impressão. foi aqui também que começamos a tomar consciência de que, de lisboa para baixo, não havia restaurante algum que tivesse sagres bohemia. qual será o motivo? stock reduzido? falta de divulgação? mas caramba, é "apenas" a melhor cerveja nacional.
seguimos para o algarve, para o hotel montechoro. já tinhamos feito a reserva quinze dias antes mas estávamos ambos receosos que houvesse algum contratempo. felizmente não houve. antes pelo contrário. deram-nos um quarto, com duas camas, mais uma ampla sala, com sofás, com outro roupeiro, outra televisão. enfim, um luxo. era o único quarto daquele piso com duas portas, o que, para uma pessoa neurótica como eu, foi terrível, porque tinha sempre que verificar se as duas portas estavam realmente fechadas, em vez de verificar apenas uma.
malas arrumadas, fato de banho vestido, impunha-se uma praia. a escolhida foi santa eulália. dentro de água é impossível fugir àquele recorrente pensamento, que me ocorre sempre que vou ao algarve: as praias aqui de cima são uma merda, quandop comparadas com as do algarve, onde se pode estar, de facto, dentro de água. antes de voltar ao hotel, ainda fomos à praia de olhos d'água, paragem obrigatória, pela nostalgia que acarreta. tinhamos lá estado várias vezes em 1994 e no ano passado também por lá passamos.
o jantar foi num restaurante chamado "lavrador", onde comemos bem e bebemos melhor, um quinta de cabriz, do dão. saímos de lá bem animados, já com o propósito de irmos ao libertos bar. tinhamos lá estado no ano passado e levámos de lá a melhor das impressões, por vários motivos. este ano não foi diferente. bom ambiente, música ao vivo, caras bonitas (em alguns casos, muito bonitas mesmo, como foi o caso de uma das barmaids, a fernanda, brasileira, linda de morrer!). só saímos de lá quando fechou, pelas 04h00. nem sentimos o tempo a passar. o ricardo ainda estava um pouco preocupado com o resultado do fc porto - u. leiria, porque não vimos o jogo. infelizmente, o fc porto ganhou, mas nem isso conseguiu estragar-me a noite.
sábado, 26 de agosto:
depois de dormirmos cerca de 4 horas, descemos para o pequeno almoço. decidimos nessa altura ir "descobrir" uma praia recomendada pela revista visão: praia da marinha, perto de lagoa. lá chegados, depois de algumas voltas provocadas pela falta de sinalização, descemos os 121 degraus que nos levavam à praia, para chegarmos imediatamente à conclusão de que não dava para ir à água, dada a excessiva quantidade de rochas existentes. 121 degraus a subir custou muito mais, ainda por cima sem termos tomado ainda café, ou melhor, um café decente, não aquele do pequeno almoço do hotel. paramos, por isso, no primeiro tasco que encontramos pelo caminho, na direcção de armação de pêra, que era a praia mais próxima. apesar de estar a abarrotar de gente, até gostamos de armação de pêra, onde também tinhamos estado em 1994, acampados por sinal. o almoço, logo depois, já estava delineado há muito: o famoso frango da guia. voltamos em seguida para albufeira, onde encetamos uma procura por um cyber cafe ou um espaço internet. encontramos um perto do mac donalds e do kentucky fried chicken, onde estivemos ainda algum tempo. ainda antes de irmos para a praia, passamos pelo modelo, para comprar bebidas caffe latte, machiato e cappucinno, um vício recente de ambos.
voltamos então à praia de santa eulália. o ricardo apanhou um escaldão e ficou pior do que estragado. era suposto ainda irmos à praia da falésia mas acabamos por não ir. despedimo-nos, assim, das praias do algarve. mas valeu a pena, vale sempre a pena, nem que sejam apenas umas horas que lá se passam.
a decisão sobre o local para jantar foi morosa. queríamos um sítio específico: barato, com televisão na sport tv (para vermos o sporting) e numa esplanada. depois de vermos dezenas de ementas e de analisarmos o ambiente de vários restaurantes, decidimo-nos por um, curiosamente o que ficava mais perto do libertos bar. ficamos sentados quase 3 horas, vimos o jogo todo, o sporting ganhou (e ainda bem, senão estava tudo estragado!). não tinham bohemia também os sacanas, a comida era razoável, o empregado que nos atendeu é que era do piorio.
por volta das 23h30 lá fomos para o inevitável libertos bar. em princípio para ficarmos apenas até às 2h00, porque no dia seguinte tinhamos a viagem para lisboa e precisávamos dormir umas horas mais do que na noite anterior (mas sabíamos nós o que aí vinha...). como o ambiente ainda estava melhor do que na noite anterior, ficamos novamente até fechar. voltamos a despedir-nos do libertos com uma agradável sensação, a mesma do ano passado. passam-se ali bons momentos, nem se dá conta do tempo a passar. voltaremos, sem dúvida, no próximo ano.
domingo, 27 de agosto:
no regresso ao hotel, falamos sobre o que fariamos no dia seguinte, o dia do regresso. praia estava fora de questão, a piscina do hotel também. além disso, as saudades, que já tinham começado a apertar durante a tarde, eram por esta altura ainda maiores. dessa forma, quando chegamos ao hotel, por volta das 05h00, pedimos acesso à internet, para consultar os horários dos comboios. havia uma enorme disparidade entre os dois intercidades para nelas, onde eu tinha deixado o carro na sexta-feira. um deles partia de lisboa às 12h05 e o outro às 19h30. começamos então a ver que o comboio das 12h05 era o mais apetecível, porque me permitia chegar a casa por volta das 16h00, em vez das 23h00, se apanhasse o das 19h30. mas para apanharmos o comboio das 12h30 teríamos que sair do algarve às 08h00. como nenhum de nós tinha sono e entre dormir duas ou três horas ou não dormir de todo, preferimos... não dormir de todo. subimos ao quarto, arrumamos tudo e saímos do hotel às 06h00. foi uma luta para manter os olhos abertos durante a viagem. o ricardo aguentou estoicamente a conduzir, cheio de sono e morto de cansaço, tal como eu. paramos em quase todas as estações de serviço: almodovar, onde tomamos o primeiro café e comemos qualquer coisa; grândola, compramos pastilhas e o jornal a bola; e alcácer do sal, onde foi impossível resistir mais e acabamos por dormir duas horas no carro. depois disso, tomamos novamente café e comemos mais alguma coisa. chegamos a lisboa cedo, tendo tempo suficiente para comprar o bilhete, comprar algo para os nossos filhos, comprar uma revista que na capa tinha uma tipa que tinhamos visto na noite anterior no libertos bar (a revista chama-se fitness; ela é personal trainer de fitness e chama-se sónia viola), comprar algo para comer durante a viagem e, sobretudo, sentarmo-nos numa esplanada a avaliar o que tinhamos vivido nas ultimas 48 horas. a principal conclusão foi: temos que repetir no próximo ano.
o reencontro lá em casa foi gratificante. vinha cheio de saudades e foi bom constatar que também eles tiveram saudades minhas. é sempre bom regressar.
sábado, agosto 26, 2006
algarve 2006
quando finalmente consigo a oportunidade de passar alguns dias, com um amigo, no algarve, com praia, sol, piscina, etc., dias esses muito desejados e ansiados ao longo do ano, sinto-me apenas metade do que realmente sou. lembro-me sempre daquela música de antónio variações, onde ele diz "estou bem onde eu não estou, porque eu só quero ir onde eu não vou". a verdade é que, depois de 362 dias junto da minha família, mulher e filhos, tenho 3 dias para, como dizer, me divertir, ir à praia e levar apenas um toalha, e não a catrefada de coisas que implica uma ida à praia com os filhos, chegar ao hotel e espetar com a roupa toda no chão, deitar-me a que horas quiser, beber e comer sem restrições (apenas as económicas, claro), escolher uma praia diferente todos os dias, mais caipirinhas, liberto's bar (onde, só a título de informação, trabalham as mulheres mais giras do algarve) e outros bares do género, etc..
muito bem, tenho isso tudo. mas... caramba... sinto-me vazio. faltam-me os outros 362 dias.
falta-me o riso da minha filha, a sua tagarelice, que ninguém entende, a sua constante boa disposição.
falta-me o ar de deslumbramento do meu filho ao ver o mar, a praia, a sua inquietude própria da idade, a sua capacidade para ficar uma tarde inteira na água.
falta-me a astúcia, a inteligência, a capacidade de organização e o sorriso da minha mulher, e, sobretudo, aquela sensação de estar a partilhar com ela tudo isto, olhando embevecidos para os nossos filhos, trocando ternuras cúmplices e "sorvendo" este estado de espírito próprio de férias, de calma, de tranquilidade. ela merecia também isto, esta pausa, estes 3 dias.
também sei que o meu companheiro de viagem sente isto. custa-nos estar na praia e ver crianças a brincar porque nos lembramos sempre das nossas. mas estamos a divertir-nos, a encher o peito de energia para voltarmos para eles dispostos a dar-lhes ainda mais amor e atenção nos próximos 362 dias. ser pai é isto. ter saudades. sempre!
até amanhã.
muito bem, tenho isso tudo. mas... caramba... sinto-me vazio. faltam-me os outros 362 dias.
falta-me o riso da minha filha, a sua tagarelice, que ninguém entende, a sua constante boa disposição.
falta-me o ar de deslumbramento do meu filho ao ver o mar, a praia, a sua inquietude própria da idade, a sua capacidade para ficar uma tarde inteira na água.
falta-me a astúcia, a inteligência, a capacidade de organização e o sorriso da minha mulher, e, sobretudo, aquela sensação de estar a partilhar com ela tudo isto, olhando embevecidos para os nossos filhos, trocando ternuras cúmplices e "sorvendo" este estado de espírito próprio de férias, de calma, de tranquilidade. ela merecia também isto, esta pausa, estes 3 dias.
também sei que o meu companheiro de viagem sente isto. custa-nos estar na praia e ver crianças a brincar porque nos lembramos sempre das nossas. mas estamos a divertir-nos, a encher o peito de energia para voltarmos para eles dispostos a dar-lhes ainda mais amor e atenção nos próximos 362 dias. ser pai é isto. ter saudades. sempre!
até amanhã.
sexta-feira, agosto 18, 2006
dragão axadrezado
a época futebolística interna começa dentro de uma semana. as equipas têm vindo a preparar-se desde o início de julho, delineando sistemas de jogo, tácticas, formações defensivas e ofensivas, no sentido de se apresentarem já bastante rotinadas e mecanizadas na primeira jornada.
o campeão nacional em título, de repente, ficou sem equipa técnica, que se demitiu, deixando a direcção portista em apuros, à procura de um nome para substituir co adriaanse. havia vários treinadores sem clube, nacionais e estrangeiros. falou-se de eriksson, camacho, carlos queiroz, claudio ranieri... pinto da costa escolheu... um treinador que já estava empregado, contratado, e que estava a iniciar uma nova etapa da sua longa carreira no boavista, depois de três boas temporadas no sporting de braga. este para mim é o primeiro acto censurável nesta história toda. o segundo é o facto de o pouco simpático e carrancudo treinador do boavista ter ficado tão embevecido com o suposto convite portista que se marimbou para os atletas que tinha vindo a treinar há mês e meio, para a direcção e seus associados, rescindindo com o boavista e viajando 6 kms para ir assinar pelo fc porto. o terceiro acto censurável foi o comportamento das duas direcções: convencida de que tinha excelentes relações com a direcção do boavista, o fc porto partiu para a contratação do treinador jesualdo ferreira sem falar primeiro com o ex-vocalista dos ban, joão loureiro; este negava sempre tudo na comunicação social, dizendo que o técnico ia ficar no boavista, que era tudo inventado, etc., etc.. a direcção do fc porto manteve-se sempre em silêncio, à espera do que dava toda aquela confusão, por si criada, com a "abordagem" a jesualdo ferreira. é uma história do género um homem solteiro fazer uma proposta de casamento a uma mulher recém casada. a mulher olha para o lado, vê que o outro tipo é muito melhor que o tipo com quem casou e... aceita, divorciando-se em seguida.
eu acho que, com esta verdadeira OPA (oferta pública de aquisição) a jesualdo ferreira, treinador razoável, mediano, medroso (ao jeito de josé peseiro, mas em fumador e com cara de poucos amigos), o fc porto assegurou certamente uma derrota no campeonato que agora vai começar. quando for ao bessa, a equipa da casa vai encher-se de brio e profissionalismo e vai demonstrar a jesualdo ferreira que não merecia a traição que o técnico lhe fez. e os adeptos boavisteiros também não lhe vão perdoar a desfeita. se eu fosse adepto do boavista, festejaria cada golo marcado por qualquer equipa a uma equipa treinada pelo jesualdo ferreira até ao fim dos meus dias, ou dos dele, o que chegar primeiro.
o campeão nacional em título, de repente, ficou sem equipa técnica, que se demitiu, deixando a direcção portista em apuros, à procura de um nome para substituir co adriaanse. havia vários treinadores sem clube, nacionais e estrangeiros. falou-se de eriksson, camacho, carlos queiroz, claudio ranieri... pinto da costa escolheu... um treinador que já estava empregado, contratado, e que estava a iniciar uma nova etapa da sua longa carreira no boavista, depois de três boas temporadas no sporting de braga. este para mim é o primeiro acto censurável nesta história toda. o segundo é o facto de o pouco simpático e carrancudo treinador do boavista ter ficado tão embevecido com o suposto convite portista que se marimbou para os atletas que tinha vindo a treinar há mês e meio, para a direcção e seus associados, rescindindo com o boavista e viajando 6 kms para ir assinar pelo fc porto. o terceiro acto censurável foi o comportamento das duas direcções: convencida de que tinha excelentes relações com a direcção do boavista, o fc porto partiu para a contratação do treinador jesualdo ferreira sem falar primeiro com o ex-vocalista dos ban, joão loureiro; este negava sempre tudo na comunicação social, dizendo que o técnico ia ficar no boavista, que era tudo inventado, etc., etc.. a direcção do fc porto manteve-se sempre em silêncio, à espera do que dava toda aquela confusão, por si criada, com a "abordagem" a jesualdo ferreira. é uma história do género um homem solteiro fazer uma proposta de casamento a uma mulher recém casada. a mulher olha para o lado, vê que o outro tipo é muito melhor que o tipo com quem casou e... aceita, divorciando-se em seguida.
eu acho que, com esta verdadeira OPA (oferta pública de aquisição) a jesualdo ferreira, treinador razoável, mediano, medroso (ao jeito de josé peseiro, mas em fumador e com cara de poucos amigos), o fc porto assegurou certamente uma derrota no campeonato que agora vai começar. quando for ao bessa, a equipa da casa vai encher-se de brio e profissionalismo e vai demonstrar a jesualdo ferreira que não merecia a traição que o técnico lhe fez. e os adeptos boavisteiros também não lhe vão perdoar a desfeita. se eu fosse adepto do boavista, festejaria cada golo marcado por qualquer equipa a uma equipa treinada pelo jesualdo ferreira até ao fim dos meus dias, ou dos dele, o que chegar primeiro.